Retalhos de uma vida - Livro do autor do blog

http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7 Definir um livro pela resenha é um fato que só é possível quando o livro realmente apresenta um conteúdo impar, instigante, sensível, inteligente, técnico e ao mesmo tempo de fácil entendimento....e Retalhos de uma vida, sem sombra de dúvidas é um livro assim. Parabens, o livro está sendo um sucesso. Ricardo Ribeiro - psicanalista

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Efeitos colaterais ( III )

De acordo com o mencionado nos artigos anteriores, existem fatores que em qualquer situação, seja patológica ou não, fazem sentir-se sempre do mesmo modo, que por isso os devemos atribuir á função do próprio corpo.
Existem outros, circunstanciais, como elementos interiorizados, que passam a fazer parte da organização do sistema psíquico, que se não forem ( re) elaborados, suas condições tendem a permanecer.
Desse modo, podemos perceber que á função imutável biológica, em que o fator proporcionalidade parece ser fundamental, são associados fatores circunstanciais, através de uma vivência diária com o meio exterior, cujo fator primário é proveniente da formação infantil.
No primeiro caso devemos determinar como objetivo a própria função, que está em conformidade com a máquina biológica, sob uma condição natural e biológica.
No segundo, podemos observar que tais elementos circunstanciais são subjetivos, dependendo de fatores culturais e formas de relacionamento, mas que uma vez interiorizados e admitidos, tomam lugar no corpo psíquico.
Podemos considerar então, que o ser humano, na sua forma primária, é um ser animal, e na sua forma secundária, que é evolutiva, ganha formas artificiais que depende do meio em que está inserido.
Tal forma artificial, que passa a constituir um segundo objetivo, porque incorporado, transformando assim o que era subjetivo em objetivo, só apresenta condições de funcionalidade, servindo-se dos princípios, através dos quais, a máquina biológica e psíquica estão organizados.
Assim, podemos perceber que para o psiquismo não importa o conteúdo ideativo adquirido, que se constitui como referência e lei psíquica, dado que é submetido a uma ordem interna funcional.
Desse modo podemos observar as diferenças quanto á forma de pensar e agir, que se diferencia do ser animal.
O fato de, diferenciar-se a postura humana de qualquer outro ser vivo, não confere qualquer qualidade especial, apenas significa a existência de formas evolutivas diferenciadas.
Se assim considerarmos, podemos entender que em qualquer situação, seja patológica ou não, a questão da funcionalidade e da proporcionalidade, como fatores biológicos e psíquicos, obriga a uma determinada postura humana, sem que possamos perceber uma ação direta do indivíduo.
Nos colocamos na ordem do inconsciente.
A proporcionalidade, tanto a podemos observar segundo formas exponenciais, como regressivas, e também como fatores multiplicadores e divisores.
De permeio existe a tendência de encontrar um ponto de encontro entre duas forças, exponenciais e regressivas, nos conferindo a sensação que uma possa ser anulada em favor da outra, o que parece de todo impossível.
Se existisse a anulação de forças, deixaria de existir energia, e isso parece pouco provável.
Na realidade a tendência é para a coexistência, de onde devemos deduzir a existência de parâmetros e não de um ponto de encontro, como algo convergente.
Como podemos perceber, são fatores circunstanciais, e não constitucionais, que influenciam os estados de saúde ou patológicos, e que estes, não os podemos definir com total exatidão, ou seja, não são mensuráveis.

Recordo, que formas potenciais estão sempre disponibilizadas, mas carecem de outras para serem potencializadas, em que elas por si mesmas contêm energia, mas são incapazes do movimento, devido à ausência de uma relação com outros corpos.
Este ponto parece fundamental.
Continua na próxima postagem.

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