Retalhos de uma vida - Livro do autor do blog

http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7 Definir um livro pela resenha é um fato que só é possível quando o livro realmente apresenta um conteúdo impar, instigante, sensível, inteligente, técnico e ao mesmo tempo de fácil entendimento....e Retalhos de uma vida, sem sombra de dúvidas é um livro assim. Parabens, o livro está sendo um sucesso. Ricardo Ribeiro - psicanalista

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Estímulos e indiferença

1 – Excitação de um órgão sensorial ( receptor de estímulos ). 2 – Transmissão da excitação através das vias sensitivas ao centro cortical. 3 – Recepção pelo centro cortical. Os órgãos dos sentidos são sempre invadidos por estímulos exteriores, da mais diversa ordem, mas uma vez recepcionados necessitam de serem transmitidos ao centro cortical, para que possa o cérebro fazer a recepção desses sinais elétricos. Sabemos que nem todos os estímulos provocam excitação, a ser assim, a transmissão não terá lugar, existindo uma certa indiferença relativamente a alguns estímulos exteriores, que não a outros. Como entender essa indiferença ? E devido a quê, e porque mecanismos, essa indiferença será possível ? Em primeiro lugar, seria absurdo pensar que todos os estímulos exteriores possam produzir uma excitação num ser humano, por outro lado, sabemos que os estímulos recepcionados apresentam uma intensidade de excitação diferenciada, tomando o corpo sentido de forma diferente. Em segundo lugar, os estímulos exteriores que nos são indiferentes, ou podem ser, não servem à preservação da vida, embora muitos possam servir à sua conservação, entendido, como continuidade da vida. Em terceiro lugar, parece existir uma analogia entre o ignorar do objeto e a indiferença ao estímulo que ele possa produzir, que em ambas as situações a excitação não é produzida na interioridade do ser humano. Como perceber então essa sensibilidade, ou a sua falta, perante os estímulos exteriores ? Seremos nós, enquanto corpo, insensíveis a determinados estímulos exteriores ? Ou, pelo contrário, todos somos sensíveis, e a questão reside no grau de valorização emprestado pelo indivíduo ao estímulo vindo de fora ? Parece que a transmissão só se dá, se o grau de valorização, importância, for dado pelo indivíduo receptor aos diversos fenômenos que se apresentam no exterior. Como se ganham graus diferenciados de excitação, dos quais o indivíduo toma sentido depende de múltiplos fatores, que a psicanálise tenta responder através do estudo e investigação da relação entre corpos e seu impacto.