Retalhos de uma vida - Livro do autor do blog

http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7 Definir um livro pela resenha é um fato que só é possível quando o livro realmente apresenta um conteúdo impar, instigante, sensível, inteligente, técnico e ao mesmo tempo de fácil entendimento....e Retalhos de uma vida, sem sombra de dúvidas é um livro assim. Parabens, o livro está sendo um sucesso. Ricardo Ribeiro - psicanalista

domingo, 5 de setembro de 2010

Homem - Que bicho é esse ?

¨ Ao se apegar e buscar insanamente toda a forma de realização material e satisfação dos desejos instintivos e carnais o homem vem rebaixando a conduta e comportamento aos mais vis ou bestas – feras dos irracionais ¨.

Retirado do blog – Metendoobico.blogspot.com – William Junior

O que fica por explicar, tentando ser prático, é como forças animalescas podem ser despertadas, incentivadas e exercitadas, sem um outro elemento que as provoque ?

Na natureza tal provocação é originada no biológico, como necessidade de caçar a presa para satisfazer o seu desejo de manter-se vivo, que por isso tem de alimentar-se.
O ser humano ultrapassa os limites da biologia, e tenta destruir o seu semelhante, em que o prazer deve ser encontrado em outro lugar qualquer, que não no elemento físico, corpo.
São as formas de interagir na relação, que influenciam , e podem exaltar as forças instintivas, e não porque elas existam, e que por isso devam ser castradas.
Ademais, parece existir uma contradição para aqueles que evocam Deus, dado que o homem tenta castrar o que lhe foi dado pelo o poder criador divino, não se apercebendo que está a reconhecer nessa sua atitude, a imperfeição de quem ter o poder de criar.
Existe um não saber em relação aos acontecimentos, aos fenómenos e suas origens, que o sujeito não deseja saber, porque lhe é difícil desviar-se de uma concepção pré estabelecida, que tende a condicionar toda a postura humana ao nível da consciência.
Por outro lado, significa, que não conseguimos enxergar o outro lado de uma história de vida, e nos excluímos da totalidade fenoménológica, impondo uma leitura parcial dos acontecimentos, em que a outra parte parece pertencer ao mundo virtual, que não real.
Não existe razão, verdade, alma e espírito, sem a existência do corpo, logo o material é a totalidade espiritual, onde se encontra alojada a alma, que após a morte do corpo, deixa o rasto da sua existência, que é transmitido através de um processo transferencial, como testemunho de passagem entre as gerações.
Através da verbalização da maioria das pessoas, nos é dado a perceber que a consciência existe e não existe, que ela está incorporada, e encontra-se fora de um corpo que pensa, mas que sente, de acordo com a idéia que cada um tem acerca do que podemos entender por consciência, desprezando o inconsciente.
Inconsciente e irracional, de acordo com o significado que lhe é conferido pela maioria das pessoas, se unem, para determinar a falta de consciência, quando na realidade o irracional não existe, e o inconsciente será apenas uma consciência profunda adquirida instalada no núcleo psíquico, que teve sua organização na infância.
A idéia da castração é cultural, em que o sacrifício, a dor e sofrimento, apresenta como objetivo alcançar o bem, e a felicidade, coisa que cada vez mais parece fugir ao ser humano, pelo que esse caminho está condenado ao fracasso.
Mas antes de ser cultural foi uma imposição política, comandada pelos homens da Igreja, que já exerceram o poder público em tempos mais distantes da nossa história, para fazer dos homens servos do reino, que não de Deus.
Dessa herança ainda a humanidade não se livrou, em que tenta-se confundir a obediência ás leis de Deus, com a subjugação a formas hierárquicas que escravizam o ser humano, atentando contra a sua liberdade e dignidade.
O que resulta, são ressentimentos, como formas reativas a um tratamento animalesco, que apresenta vários de graus de intensidade, que não pode ser mensurável, culminando tantas vezes em autênticas barbáries.
É por intermédio de um outro que as forças animalescas tendem a revelar-se, através de um processo de exaltação, desafiador, violador do corpo e de seus instintos, acerca do qual o corpo toma sentido, vulgo consciência, e não por qualquer outro motivo.

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