Fragmento é uma parte de um corpo, que estaria inteiro num determinado momento.
Fragmento é uma, ou diversas partículas, que uma vez desligado de um corpo, passa a constituir um outro corpo, embora com características semelhantes.
Perante a idéia da fragmentação, temos a sensação que algo pode cair em pedaços, estilhar-se, partir-se, destruir-se, como a visão extrema de um fenómeno, que também pode ser processado de forma extremamente lenta, progressiva e tranquila.
Fragmentar é dissociar, em que uma das partes foi constituída de forma autónoma em relação a determinado corpo, que pode dar-se de diversas maneiras obedecendo a determinados princípios.
Quais serão ?
Lembremo-nos por exemplo, que o fogo produzido por um pau de fósforo, ou o incêndio que podemos observar numa mata, tem a mesma origem fenomenológica, embora nas suas devidas proporções, em que no primeiro caso nos é garantida a sensação de controle, e no segundo caso entramos em aflição, porque temos a noção da nossa pequenez, perante um fenómeno grandioso, que temos alguma dificuldade em controlar.
O ser vivo de acordo com sua própria estrutura apresenta limites na relação com os objetos exteriores, e os fenómenos daí decorrentes.
Entre as espécies tal pode ser observado, mas também entre os indivíduos que a constituem nos é dado a perceber diferenças evidentes, pelo que devemos considerar a existência de características genéricas e particulares, que são inerentes a qualquer ser vivo.
Evidenciam-se as particularidades como a forma periférica que é dada a relação com as coisas e o mundo exterior, e as generalidades, como a essência de um corpo, que contém em si mesmo a vida, que obedece a determinados princípios biológicos, e a forças energéticas universais.
Tais particulares, designo de circunstanciais, dado que são adquiridas através de uma relação posterior á própria existência do corpo, que variam de acordo com o meio ambiente em que está inserido.
A questão que se levanta de seguida, é que as circunstâncias, uma vez e outra experimentadas, devido a um processo de repetição, tendem a ser incorporadas, constituindo um novo sentido, instinto secundário, em que passa a existir uma vontade de poder interior sentida, servindo-se das mesmas condições energéticas do corpo.
Tal fenómeno constitui a base da formação do que designamos por inconsciente.
Em última análise, o sentido será o fragmento de um corpo energético.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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