Por mais que os machões evidenciem seu corpo sarado, toquem o trombone da fanfarronice da superioridade, em que o poder parece estar na posse da fêmea, ou do dinheiro, que vem dar no mesmo, não conseguem disfarçar a sua fraqueza, perante a ¨ endeuzada ¨, mulher, que os atenta, e os tenta proteger debaixo de suas saias, para que não cometam tantas atrocidades e loucuras.
Vem a isto a propósito de uma cena inusitada num palco de guerra, Israelitas / Palestinos, em que um grupo de mulheres, de um, e do outro lado do conflito, contrariando os respectivos poderes políticos, juntaram-se em redor da mesma mesa, num repasto, quiçá ¨ satânico ¨, mandando um recado aos homens ¨ poderosos ¨, que o afeto tende a superar qualquer adversidade.
Tive a oportunidade de escrever, numa das muitas crónicas de que era autor para um jornal português, durante alguns anos, que deixei mãe branca a chorar, quando fui empurrado para uma guerra colonial – Guiné Bissau, e que fui encontrar mãe negra chorando a morte de seu filho.
A dor, o sofrimento, as lágrimas de uma mãe, não tem cor, nem credo, não importa sequer de que filho estejamos a falar, nem a mãe que está chorando, apenas devemos perceber um laço, que se entrelaça, e envolve o mistério da criação, que parece não estar ao alcance da compreensão humana.
Se Deus é a força divina e o equilíbrio, então devo admitir que a Deusa mulher, contém em si mesmo, as qualidades necessárias para apaziguar a brutalidade dos homens.
Não desejo, pelo menos neste artigo, discutir como ela promove tal equilíbrio, de que instrumentos se serve, mas apenas vivenciar essa idéia de equilíbrio, de um sentido de vida, que tenta retirar do psiquismo do homem, o sentido de morte.
Se eu constatei no palco de guerra, que o afeto tende a superar qualquer tipo de animosidade, também o leitor pode aperceber-se disso, através destas pequenas atitudes, que mães e mulheres fartas de guerra, tentam preservar os seus entes queridos da morte, e da miséria.
A mulher é de fato aquela que tenta manter o equilíbrio na família.
Porém,não significa que o consiga na maioria das vezes.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
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