A inteligência, segundo o ponto de vista Freudiano, encontra-se na capacidade de associar idéias, a que não é alheio o processo de identificação, as interseções, vulgo proibições e inibições, e o afeto.
Segundo o dicionário, inteligência é a faculdade de entender e conhecer.
Somos colocados no plano da relação com outros corpos, em que somos receptores, através de nossos sentidos, de algumas características que emanam do mundo exterior.
Após a recepção, a tendência é para a projeção, que é derivada de uma incorporação receptiva, constituindo uma lei interna, a que o corpo tende a obedecer.
A inteligência é uma faculdade, uma possibilidade, que pode ser potencializada, desenvolvida, pelo que somos a considerar a questão da intensidade de energia, e sua quantidade investida, para levar a cabo a tarefa da aprendizagem, cuja energia é dirigida ao objeto exterior.
A inteligência é uma designação linguística, uma invenção humana, um símbolo, que tende a identificar determinado fenómeno mental, que só é compreensível, a partir de dois pressupostos.
1-Através de um conceito fabricado pela mente humana, derivado da percepção.
2-Ou pela observação, estudo e investigação, dos princípios que deram lugar ao fenómeno.
O ser inteligente é uma forma inata, porém o humano só torna as coisas inteligíveis, quando percebidas, e compreendidas.
Diferente do não compreendido, que fica em aberto no psiquismo, esperando uma resposta satisfatória, ou melhor que satisfaça o indivíduo.
A realidade nos diz, que a compreensão deve-se a um conjunto de fatores relacionados, que interligados, apresentam uma sequência lógica.
Não exige porém, que a compreensão esteja comprometida com a verdade, mas antes como uma suposta verdade que foi compreendida.
Podemos perceber isto de forma clara, quando o indivíduo não sabe de onde é proveniente tal verdade, a que chamamos de crença, a que outros jogam com a não existência dos objetos, para afirmar que só a ciência conduz o ser humano pela estrada da verdade.
Uns e outros têm algo em comum, pretendem a prova que os faça mudar de rumo, levando até ás últimas consequências a sua argumentação, que têm sempre um escape, cujo objetivo é não perder algo, que se instalou na sua interioridade, e que lhes garante o sentido de vida.
Percebemos desse modo, o instinto de negação potencializado, em que a negação do outro, confere a si mesmo a alegria de afirmar-se.
Temos então um ganho de satisfação secundário, proveniente do psiquismo, a que está associado o medo de perder algo que contêm em si, que não sabe explicar, nem compreender, mas que é sentido.
sábado, 21 de agosto de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário