Tenho para mim, que enquanto continuarmos a dar importância a coisas menores, esquecemos as fundamentais, e em vez da lucidez, é promovida a guerra.
Não me incomodou o fato de Cristo ser companheiro de Madalena, de supostamente a ter arrancado das garras da prostituição e viver a seu lado, incomoda-me a realidade da prostituição mental e física de algumas mulheres, e de alguns homens, que se vendem pela obsessão do vil metal, mas mesmo a esses Deus os considera como filhos.
Se Cristo, foi o filho de Deus enviado à terra, não poderia ele ter vida social ?
Ou para ser puro, que não virgem, o ser humano não pode ter relações sexuais ?
Eis uma das perguntas que podemos fazer ?.
Dizem uns que simplesmente era portador da palavra de Deus, e não o próprio Deus.
Afinal que ato mais generoso podemos conceber, que retirar da prostituição uma mulher, e ter a coragem de a considerar como companheira ?
Afinal, quantas mulheres estão vendidas a um só homem ?
No xadrez a rainha protege o rei. Na vida a mãe protege o filho. E o espirito do Pai tenta proteger todos, sendo por isso a lei. Só que o espirito do Pai na terra, parece não ter ligação com o espirito do Pai no céu, Deus, e devido a isso, não poderá ser feita a sua vontade, assim na terra como no céu, e isto caros leitores é que deve incomodar, porque se trata do fundamental.
Recorre-se a figuras geométricas para simbolizar uma união corporal, mas só nos podemos sentir ofendidos, se for imoral, porque na prática serve tanto para gerar seres humanos, filhos de Deus, como para exteriorizar a alegria em viver.
E imoral parece ser o fato de existir uma relação sexual, coisa que não pode ser observada em Cristo, santos e sacerdotes.
Mas essa união foi relacionada como se fosse a de Cristo e Madalena, segundo a maioria dos críticos, e que sentada a seu lado determinava a importância que a companheira supostamente teria para ele.
E será que a companheira continua a não ter importância nenhuma, como amiga e mulher, mas somente como mãe ?
Não será ela de tamanha importância no seio familiar ?
Ou apenas pode ser observada como elemento contemplativo, como o leitor pode observar no filme a paixão de Cristo, através da postura de Maria.
A pensar deste modo, não estaremos a descriminar a mulher, como um dos elos fundamentais na formação familiar ?
O cálice que supostamente não estaria na ceia, devido à imaginação foi considerado como sendo a forma do órgão genital feminino.
Que sentido tem isto a não ser a própria vida, e o entendimento da preservação da espécie humana ?
Certamente que todos percebem que a procriação só tem lugar se existir, homem, mulher, macho e fêmea.
Então porquê esta admiração ?
Poderá alguém em consciência, conspurcar a sua vida na terra ?
È esse o medo que aflige algumas pessoas, e como sempre em vez de se racionalizar as coisas, tenta-se proibir para não se falar delas, e enquanto existir este conflito, assistiremos a salas de cinema sempre cheias, posicionando-se uns com a bandeira vermelha, e outros com a verde.
Uns e outros, parecem sofrer de uma obsessão sexual.
Enquanto observamos este cenário de meros preconceitos, eu continuo a admirar Cristo pela sua obra, tento observar a verdade do espirito divino, e continuo a assistir às maiores barbaridades praticadas contra o ser humano em nome de Deus, que decerto não é o mesmo que o meu.
Deus é vida, participação, alegria e amor, e não ódio e morte.
Será que alguma vez o ser humano vai entender a palavra de Deus ?
Que cada um pense o que quiser, tenha as suas crenças, os mistérios que entender, que coloque lenço no pescoço, na face, ou em qualquer outra parte do corpo, mas que respeite a comunidade a que pertença, e que as outras sociedades os respeitem como seres humanos, não os querendo obrigar a ser aquilo para o qual não estão preparados, porque senão, um dia acordamos com um pilantra qualquer à beira da nossa cama a querer dormir connosco.
È simples, olhem para cima, e não para o lado, querendo ser semelhante a Deus, e não ao vizinho do lado.
Afinal, a história nos diz que o homem está pouco preocupado em ser generoso, e pacífico, dedicando-se á degola dos inocentes, desprezando o espírito divino, sendo o próprio diabo.
Que Deus nos perdoe.
Artigo publicado num jornal Português de índole católica, pelo autor do blog.
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