A pedra jogada na água é deslocada para as profundezas, e o que estaria, e seria antes claro, e em condições de ser observado, não mais o será, ou pelo menos com tamanha clareza.
O que era superficial tornou-se profundo, em que o sentido repousa agora nas entranhas de um corpo que se deixou invadir, vergado ao peso das características físicas de um outro corpo, que o conseguiu ¨penetrar¨.
Corpo do meu corpo, desfazendo-se em sangue, foi tomado pelo meu, de que já não consigo distinguir suas partes, por tornar-se uno.
O que antes pertencia a mundos diferenciados, passou a fazer parte do mesmo.
O que antes seria diferente, apresenta alguma semelhança.
A luz e as trevas deixaram de existir, substituída apenas por um cenário, em que a integração, garante a sensação, que tudo parece igual, mesmo não sendo.
A verdade encontra-se nas profundezas, naquele corpo feito pedra, que uma vez jogado rasgou minhas entranhas, se fez corpo dentro de meu corpo, cuja verdade foi sentida, através de uma sensação que rasgou a minha carne.
Talvez não seja a verdade absoluta, nem admitida por outros, mas será sempre parte da minha verdade, porque sentida.
¨A verdade que não conseguimos enxergar, será sempre a verdade para o sujeito que a sente ¨.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
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