A vida dos Judeus há muitos séculos atrás não foi nada fácil, perseguidos por toda a Europa, foram muitas famílias acolhidas em Portugal, onde se instalaram e refizeram suas vidas, com a promessa de se converterem á religião católica.
Eram chamados de cristãos novos, como o estigma que substituiu a estrela ao peito, mas que da mesma maneira os identificava e descriminava perante todos os outros.
Marquês de Pombal acabou com tal discriminação lá pelos anos de mil setecentos, e qualquer coisa, quando nomeado ministro em Portugal.
Uns tentam acentuar as diferenças, marcando no peito, na lei ou na carne os seres humanos que julgam merecer tamanha honra.
Outros pretendem acabar com essa forma de descriminar e diferenciar seres humanos.
Mas o que pretendo entender é se de fato é possível a conversão de gente que é diferente, quanto a aspectos formativos e religiosos ?
Os homens na sua loucura, de vez em quando tentam a exterminação de outros homens, apenas porque pensam de maneira diferente, apresentam formas de estar na vida diferenciadas que os incomodam, desta feita não recorrendo ao veneno para os ratos, mas munindo-se de armas poderosas para o efeito.
Talvez os loucos sintam que não é possível a conversão, e que só a exterminação pode acabar com a raça de uma formação, que ganhou raízes na interioridade do ser humano.
Se um louco não sabe o que faz, porque apenas funciona através dos instintos, será que os seres pensantes e intelectuais, sabem de fato definir a complexidade dos fenómenos que lhes são presentes ?
Talvez não sejamos tão loucos quanto eles, mas não nos livra de sermos de igual modo ignorantes em relação a determinados assuntos, não obstante toda a postura de seriedade.
Como explicar que possamos encontrar vestígios dessa civilização Judaica, em algumas aldeias de Portugal, mantendo-se alguns costumes, e formas próprias de se relacionarem em família, e com estranhos ?
Somos levados a considerar, que pelo menos a conversão não foi conseguida na totalidade, o que já é um mau pronuncio para aqueles que julgam que a conversão é possível.
Por outro lado é frequente a queixa daqueles que sofrendo de obsessão mental, não conseguem deixar de pensar em determinadas imagens e idéias que os atormentam, reclamando do médico o remédio milagroso que possa varrer da sua mente tais pensamentos.
É assumido pelo comum dos mortais que as imagens não podem ser apagadas, desaparecendo como por encanto, não tendo a ciência qualquer solução para o caso.
Desse modo nos é dado a observar que a conversão é um mito, ou pelo menos é uma frase inadequada para definir seja o que for.
Mas enquanto insistirmos em frases inadequadas, mesmo entre aqueles que se dedicam ao estudo e investigação das coisas da mente, estamos a oferecer á maioria das pessoas gato por lebre.
Na realidade a conversão não é possível, mas apenas a coexistência de imagens e idéias no psiquismo humano, que devido a um sentido valorativo, umas ganham mais importância para o indivíduo, que outras, que por isso tendem a ser relegadas para segundo plano.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Será possível a conversão ?
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