Uma professora de uma escola técnica em Porto Alegre (RS) teve os dois braços e seis dentes quebrados após ser espancada por um aluno do curso de enfermagem que ficou revoltado por ter tirado uma nota baixa. O caso ocorreu na última terça-feira (9).
Após tomar conhecimento de sua nota, o rapaz utilizou uma cadeira de ferro para agredir a professora, de 57 anos. Os braços dela foram atingidos no momento em que tentou se defender. Mesmo depois de ela ter desmaiado, o estudante, que é instrutor de artes marciais, desferiu socos e chutes, quebrando os dentes da professora. Ao perceber a chegada de duas professoras, o aluno decidiu fugir.
O delegado Fernando Soares, que investiga o caso, disse que um segurança e o porteiro do prédio ainda tentaram deter o agressor mas não conseguiram. O estudante, de 25 anos, ainda não foi localizado pela polícia. Informações do Estadão.
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Palestras, conferências, livros escritos, vidas passadas na televisão, no rádio, nos jornais, á mesa do café, ou em família, nos revelam atos que condenamos, sem contudo percebermos como inverter os atos de vandalismo.
É o falar por falar, que nos alivia a alma, mas que não evita que sejamos confrontados com as mesmas situações no futuro.
Talvez seja este movimento emergente de um histerismo, proveniente de uma incapacidade sentida, que nos obriga a libertar energias, sem contudo resolvermos coisa alguma.
A punição pedida é uma consequência lógica, que funciona muito mais como medalha de consolação, tanto para as vítimas, como para a sociedade, com todo o aspecto de vingar um ato de vandalismo, mas que não atua na origem dos conflitos, e muito menos ao nível dos sentimentos de cada um, nem impede acontecimentos futuros da mesma ordem.
A família e a sociedade produzem seres humanos a partir de duas concepções :
· O poder e a culpa.
Os pais não querem sentir a culpa perante as manifestações hostis de seus filhos, e tratam logo de sacudir a água do seu capote, dizendo que a culpa é dos professores, da escola, ou de qualquer outro, elevando os meninos a coitadinhos de uma sociedade exigente e repressiva.
Andamos todos á procura da culpa, não da nossa, mas do outro, dado que desse modo encontramos o vilão causador das nossas desgraças.
Ignoramos os sinais que nos são enviados através da postura de cada um, e ficamos depois admirados indignados, e revoltados pelas atrocidades cometidas.
Depois de tantas queixas, sobra a agressão, a prisão, o hospital, e a morte.
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