Deleuze
Um personagem sai de casa, desce até á rua e diz:
- ¨ Tânia, a mulher que amo, me pede ajuda ¨ .
Vou correndo, ela morrerá se eu não for.
Encontra um amigo, vê um cachorro atropelado, a esquece, esquece completamente que Tânia o espera á beira da morte.
Põe-se a falar, cruza com outro camarada, vai até sua casa tomar chá e, de súbito, diz novamente :
¨ Tânia me espera, é preciso que eu vá ¨ .
As personagens são perpetuamente vítimas da urgência, e ao mesmo tempo, elas parecem saber que há uma questão ainda mais urgente, embora não saibam qual.
E é isso que as paralisa.
Tudo se passa como se, na maior urgência - ¨ É um incêndio, é preciso que eu vá ¨- Elas se dissessem :
- Não, existe algo ainda mais urgente.
Não moverei um dedo até saber do que se trata.
É a fórmula do ¨ Idiota ¨ - Adaptação ao cinema do romance de Doitoiévski.
Veja, há um problema mais profundo.
Qual problema, não saberia responder ao certo.
Mas me deixe. Tudo pode arder.
É preciso encontrar esse problema mais urgente.
A crise histérica é algo urgente, mistura de neurose e psicose, em cujo potencial o sujeito acredita, referida a um espaço fora do seu tempo, que não tem objetivo, mas apenas objeto, que é urgente encontrar, embora não sabendo o que procurar.
Parece existir uma dissociação entre o visual e o sonoro, entre o ver e falar, e sobretudo, entre o corpo e a alma.
Marcado pelo o objeto, este faz-se presente em qualquer tempo, em que objeto / objetivo se confundem, em que a autonomia está comprometida, em virtude do ontológico ter sido substituído pela entropia.
Essa necessidade de dar não sabendo bem porquê, e o quê, opta tantas vezes pelo o corpo, a que muitos chamam de amor, apresentando uma característica particular no histerismo, que nada tem a ver com altruísmo, mas com uma necessidade, desejo profundo de receber algo em troca.
domingo, 28 de novembro de 2010
A agitação da urgência
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Quântica vontade
Tudo tem seu centro, núcleo, representado por um ponto, que o ser humano só parece dar conta quando a velocidade de um corpo atinge um certo limite, que tende a afastar-se da realidade de todos os outros.
Tais corpos em movimento em altíssima velocidade afastam-se de outros corpos, desvinculando-se de uma realidade compatível, em que as diferenças de potencial não promovem a associação, mas antes a dissociação.
O corpo dissociado da multiplicidade, tende manter a estrutura do seu núcleo, sendo este o seu objetivo fundamental, como preservação da própria vida.
Á distância parecemos um ponto, de perto representamos um corpo para aquele outro que nos observa, no entanto não deixamos de ser o mesmo corpo, muito embora perto, visto como um ponto ao longe.
Nesse ponto nuclear em que tudo parece começar, tudo termina, que para além dele existe a multiplicidade, que são derivados de uma mesma unidade genética, promovida por uma infindável associação de células, que contêm em si mesmo o sentido de vida de seu núcleo.
O corpo, entendido como suporte dos sentidos, e do movimento, observatório privilegiado do que o rodeia, contempla para além de si mesmo, porque aquém parece não saber definir, em que apenas persiste um sentido, que leva o ser humano a reconhecer que se encontra vivo.
Para além é semelhante aquilo que se encontra aquém, muito embora não saibamos definir, em que a diversidade de corpos são apenas produtos da mesma energia universal.
Corpos separados, mas semelhantes, divididos em espécies, como fatores multiplicadores do milagre das rosas que virou pão, a partir de uma única roseira, que teve sua origem num núcleo.
Esses pontos nucleares são em tudo semelhantes, em que as diferentes formas dos corpos, nos podem dar a sensação de sermos diferentes a partir de um núcleo, criando a ilusão da existência de uma diversidade nuclear.
A mutação dos corpos é muito mais acelerada, como tentativa de adaptação ao mundo exterior, do que as dos núcleos, mas, no entanto o mundo energético parece ser o mesmo.
Talvez aqui possamos reconhecer a separação teórica, entre emergia e matéria.
Falando de forma mais acessível, parece ser a energia que reúne os pontos materiais, as partículas, que por associação tende a formar um corpo homogêneo, pelo menos será essa a sensação que o ser humano possui.
Desse modo podemos considerar que a velocidade exige a distância, promovendo a dissociação entre os corpos, o condicionando ao seu próprio núcleo.
Do mesmo modo nos é dado a observar que o isolamento, produzindo a inércia, tende a provocar o mesmo efeito.
Se no primeiro caso podemos perceber em tal fenômeno a tentativa de fuga, cujo sentido é despojar-se de algo que está associado ao corpo, que o faz sentir mal, no segundo caso, nos é dado a observar a inércia, como forma de reflexão, que apresenta o mesmo sentido, cuja finalidade é livrar-se da dor e sofrimento.
Podemos deduzir que a associação exige a compatibilidade, cuja essência parece ser a relação, e a possibilidade de interação desejada.
Porém, tal desejo, não será mais que um sentido, que tende a emergir de um corpo, e que por ele tende a ser manifestado.
Não sei se estou sozinho na convicção de que os sentidos são fenômenos quânticos, e que são eles, tal como os sonhos, que comandam a vida do ser humano.
Que diferença fará para um ser humano estar sozinho ou acompanhado, a não ser a proteção e o aconchego, que o impulsiona a sentir, que essa será a melhor maneira de estar em sociedade, através da qual tende a afirmar-se ?
João António Fernandes Psicanalista Freudiano
Tais corpos em movimento em altíssima velocidade afastam-se de outros corpos, desvinculando-se de uma realidade compatível, em que as diferenças de potencial não promovem a associação, mas antes a dissociação.
O corpo dissociado da multiplicidade, tende manter a estrutura do seu núcleo, sendo este o seu objetivo fundamental, como preservação da própria vida.
Á distância parecemos um ponto, de perto representamos um corpo para aquele outro que nos observa, no entanto não deixamos de ser o mesmo corpo, muito embora perto, visto como um ponto ao longe.
Nesse ponto nuclear em que tudo parece começar, tudo termina, que para além dele existe a multiplicidade, que são derivados de uma mesma unidade genética, promovida por uma infindável associação de células, que contêm em si mesmo o sentido de vida de seu núcleo.
O corpo, entendido como suporte dos sentidos, e do movimento, observatório privilegiado do que o rodeia, contempla para além de si mesmo, porque aquém parece não saber definir, em que apenas persiste um sentido, que leva o ser humano a reconhecer que se encontra vivo.
Para além é semelhante aquilo que se encontra aquém, muito embora não saibamos definir, em que a diversidade de corpos são apenas produtos da mesma energia universal.
Corpos separados, mas semelhantes, divididos em espécies, como fatores multiplicadores do milagre das rosas que virou pão, a partir de uma única roseira, que teve sua origem num núcleo.
Esses pontos nucleares são em tudo semelhantes, em que as diferentes formas dos corpos, nos podem dar a sensação de sermos diferentes a partir de um núcleo, criando a ilusão da existência de uma diversidade nuclear.
A mutação dos corpos é muito mais acelerada, como tentativa de adaptação ao mundo exterior, do que as dos núcleos, mas, no entanto o mundo energético parece ser o mesmo.
Talvez aqui possamos reconhecer a separação teórica, entre emergia e matéria.
Falando de forma mais acessível, parece ser a energia que reúne os pontos materiais, as partículas, que por associação tende a formar um corpo homogêneo, pelo menos será essa a sensação que o ser humano possui.
Desse modo podemos considerar que a velocidade exige a distância, promovendo a dissociação entre os corpos, o condicionando ao seu próprio núcleo.
Do mesmo modo nos é dado a observar que o isolamento, produzindo a inércia, tende a provocar o mesmo efeito.
Se no primeiro caso podemos perceber em tal fenômeno a tentativa de fuga, cujo sentido é despojar-se de algo que está associado ao corpo, que o faz sentir mal, no segundo caso, nos é dado a observar a inércia, como forma de reflexão, que apresenta o mesmo sentido, cuja finalidade é livrar-se da dor e sofrimento.
Podemos deduzir que a associação exige a compatibilidade, cuja essência parece ser a relação, e a possibilidade de interação desejada.
Porém, tal desejo, não será mais que um sentido, que tende a emergir de um corpo, e que por ele tende a ser manifestado.
Não sei se estou sozinho na convicção de que os sentidos são fenômenos quânticos, e que são eles, tal como os sonhos, que comandam a vida do ser humano.
Que diferença fará para um ser humano estar sozinho ou acompanhado, a não ser a proteção e o aconchego, que o impulsiona a sentir, que essa será a melhor maneira de estar em sociedade, através da qual tende a afirmar-se ?
João António Fernandes Psicanalista Freudiano
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Guerra no Rio
Depois de quase 40 horas de intenso tiroteio, a polícia do Rio de Janeiro anunciou nesta quinta-feira que tomou a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, quartel general do Comando Vermelho. Mais de 100 criminosos fortemente armados fugiram para o Complexo do Alemão, controlado pela mesma facção.
Notícia Yahoo
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Controle do medo
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Pesquisadores mostram como cérebro controla o medo
Estudo descobriu dois tipos de neurônios que controlam fluxo dessa emoção na amídala
Uma equipe de pesquisadores da Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), nos Estados Unidos, deu um passo importante na compreensão de como o medo é desencadeado no cérebro ao dissecar o circuito neural desse estado emocional.
No estudo, chefiados por David Anderson, professor de biologia da Caltech pesquisador da do Instituto Médico Howard Hughes, os cientistas descrevem um microcircuito na amídala, que contém dois subtipos de neurônios com funções opostas – eles controlam o nível de medo que sai da amídala, funcionando como uma espécie de gangorra.
Assim que começa o fluxo de medo, esse impulso pode ser transmitido para outras regiões do cérebro que controlam o comportamento temeroso.
Anderson explicou que, agora que já conhecem esse mecanismo da gangorra, os cientistas poderão desenvolver remédios para tratar distúrbios psiquiátricos provocados pelo medo, como transtornos do estresse pós-traumático e da ansiedade ou fobias.
Segundo o chefe do estudo, a chave para entender esse mecanismo delicado foi a descoberta de "marcadores", genes que poderiam identificar e permitir aos cientistas distinguir os diferentes tipos de tipos de células neuronais da amídala.
A equipe de Anderson encontrou esse marcador em um gene que codifica uma enzima chamada de proteína kinase C-delta, que aparece na metade dos neurônios dentro de uma subdivisão do núcleo central da amídala, região que controla justamente o fluxo do medo. Os cientistas marcaram com uma substância fluorescente os neurônios nos quais a enzima é expressa, o que lhes permitiu mapear as conexões desses neurônios, além de monitorar e manipular sua atividade elétrica.
O estudo revelou que a composição da kinase com os neurônios formam uma das pontas da gangorra, fazendo com que as conexões com a outra população de neurônios do núcleo central não expresse a enzima.
Em outro estudo independente desse, o cientistas Andreas Lüthi, do Instituto Friederich Miescher, na Suíça, conseguiram gravar os sinais elétricos gerados pela amídala durante estímulos de indução ao medo. Eles descobriram dois tipos de neurônios que reagiram de formas opostas a esse estímulo: um tipo aumentou sua atividade enquanto o outro diminuiu.
As duas equipes uniram seus esforços para saber quais os neurônios de Lüthi correspondiam aos neurônios com e sem a proteína kinase, descobertos pela equipe de Anderson: as células que diminuíram sua atividade eram os neurônios com a proteína e aquelas que aumentaram, os sem proteína.
As descobertas mostraram que a geografia do cérebro é organizada de forma parecida à do mundo: é dividida em países, estados, cidades, bairros, vizinhanças e casas, sendo que as casas correspondem aos vários tipos de neurônios, explicou Anderson.
"Antes, só tínhamos conseguido dissecar a amídala nos níveis das cidades ou, no máximo, das vizinhanças. Com essas novas técnicas, finalmente chegamos ao nível das casas".
Post do blog-Metendobico.blogspot.com
Pesquisadores mostram como cérebro controla o medo
Estudo descobriu dois tipos de neurônios que controlam fluxo dessa emoção na amídala
Uma equipe de pesquisadores da Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), nos Estados Unidos, deu um passo importante na compreensão de como o medo é desencadeado no cérebro ao dissecar o circuito neural desse estado emocional.
No estudo, chefiados por David Anderson, professor de biologia da Caltech pesquisador da do Instituto Médico Howard Hughes, os cientistas descrevem um microcircuito na amídala, que contém dois subtipos de neurônios com funções opostas – eles controlam o nível de medo que sai da amídala, funcionando como uma espécie de gangorra.
Assim que começa o fluxo de medo, esse impulso pode ser transmitido para outras regiões do cérebro que controlam o comportamento temeroso.
Anderson explicou que, agora que já conhecem esse mecanismo da gangorra, os cientistas poderão desenvolver remédios para tratar distúrbios psiquiátricos provocados pelo medo, como transtornos do estresse pós-traumático e da ansiedade ou fobias.
Segundo o chefe do estudo, a chave para entender esse mecanismo delicado foi a descoberta de "marcadores", genes que poderiam identificar e permitir aos cientistas distinguir os diferentes tipos de tipos de células neuronais da amídala.
A equipe de Anderson encontrou esse marcador em um gene que codifica uma enzima chamada de proteína kinase C-delta, que aparece na metade dos neurônios dentro de uma subdivisão do núcleo central da amídala, região que controla justamente o fluxo do medo. Os cientistas marcaram com uma substância fluorescente os neurônios nos quais a enzima é expressa, o que lhes permitiu mapear as conexões desses neurônios, além de monitorar e manipular sua atividade elétrica.
O estudo revelou que a composição da kinase com os neurônios formam uma das pontas da gangorra, fazendo com que as conexões com a outra população de neurônios do núcleo central não expresse a enzima.
Em outro estudo independente desse, o cientistas Andreas Lüthi, do Instituto Friederich Miescher, na Suíça, conseguiram gravar os sinais elétricos gerados pela amídala durante estímulos de indução ao medo. Eles descobriram dois tipos de neurônios que reagiram de formas opostas a esse estímulo: um tipo aumentou sua atividade enquanto o outro diminuiu.
As duas equipes uniram seus esforços para saber quais os neurônios de Lüthi correspondiam aos neurônios com e sem a proteína kinase, descobertos pela equipe de Anderson: as células que diminuíram sua atividade eram os neurônios com a proteína e aquelas que aumentaram, os sem proteína.
As descobertas mostraram que a geografia do cérebro é organizada de forma parecida à do mundo: é dividida em países, estados, cidades, bairros, vizinhanças e casas, sendo que as casas correspondem aos vários tipos de neurônios, explicou Anderson.
"Antes, só tínhamos conseguido dissecar a amídala nos níveis das cidades ou, no máximo, das vizinhanças. Com essas novas técnicas, finalmente chegamos ao nível das casas".
Post do blog-Metendobico.blogspot.com
sábado, 20 de novembro de 2010
Metafísica
O Universo não precisa de nós
As coisas existem por si mesmo, porque outras coisas, milhares delas existem para além de nós mesmos, pelo que não devemos ter a pretensão de sermos a unidade que se revela como sendo a estrela polar, a referência, o guia do universo, tendo a sensação que tudo gira á nossa volta.
Elas passam a ser percebidas quando existe uma definição para elas.
Talvez não façam sentido para o indivíduo que as contempla, mas elas apresentam um sentido, têm um sentido, porque então o Cosmos não faria sentido
Será a definição verdadeira ou falsa?
Ou apenas uma explicação que o ser humano empresta aos fenômenos e ás coisas ?
Será a este fenômeno que chamamos de consciência, ou pensamento ?
¨As coisas só existem na medida em que são percebidas ¨, afirma o filósofo.
Como assim ?
Quando o indivíduo sente, e não sabe porque sente, porque está sentindo, nem sabe de onde lhe vem tal sentido, significa que aquilo que está sentindo não
existe ?
Ou, pelo o contrário a coisa existe, tem um sentido, talvez apenas um sinal de alerta, que deixa revelar um sentido que não percebemos ?
Talvez as coisas só passem a ter sentido para o indivíduo, quando de fato as sente.
Tenhamos a humildade de um pedinte, que tem fome de saber por não o possuir, e logo damos conta da nossa pequenez perante a complexidade do Universo.
É o ser humano que precisa do Universo para viver.
Se aquilo que é dado á função, que é corpo, puramente materialista, existisse por si mesma, de forma isolada, o ser humano teria poucas hipóteses de sobreviver, pelo que os fenômenos que ainda não conseguimos dominar encontra-se de forma abstrata no nosso espírito, como um sinal, cuja finalidade é a tentativa de sua revelação.
Só a revelação ( a verdade ) te salvará, porque convencidos do nosso saber, somos eternos ignorantes.
Lembrando Nietzsche, deixo escapar um pensamento:
- Se o sentido se constitui em espírito, e se este apresenta determinado sentido, muito embora nenhum de nós saiba onde nos possa levar, ele se faz transportar para além do próprio corpo, mas a ele lhe pertence, dado que só através dele pode ser revelado.
Este mundo sensível não será mais que um sentido que é dado á matéria, que apresenta um sentido, e toma sentido daquilo que a rodeia, numa troca de energia, que não pode ser percebida de forma matemática, objetivada em unidade, múltiplos e sub-múltiplos.
O objetivo parece determinado por fontes energéticas, que a partir de um qualquer meio, tende realizar a sua tarefa, numa constante relação e transformação das condições que é conferida á matéria.
Talvez o que possamos entender por degradação de um corpo, tal como a velhice, por exemplo, seja o princípio de um ciclo progressivamente transformista, dado que seus desejos mais íntimos não podem ser cumpridos, dada a existência de outros corpos com quem interage.
Não será a mumificação a tentativa de assegurar a eternização de um corpo ?
Mas tal só parece ser possível através do regresso ao inanimado, e ao isolamento, que não permita o contacto com outros corpos, que com ele possam reagir.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Sentido de vida
Para além da interioridade, cujo sentido de vida altera o corpo, quando sente que a vida lhe foge, determinado por parâmetros estabelecidos biologicamente, emergindo alguma insatisfação por isso, que é sentida, a que o indivíduo não sente nenhuma necessidade de dar um significado, nos resta perceber a alteração no corpo quando confrontado com algo exterior a si mesmo.
A existência de um pacote energético que nos é dado grátis assim que somos gerados, contém em si mesmo determinações compatíveis com o ser vivo que é gerado, e tende a manter-se nessa condição durante toda a nossa existência.
O que foi herdado através da genética, vamos tentar repetir durante a nossa existência, cuja evidencia encontra-se nos instintos, que determina um sentido, culminando interiormente num impulso, levando na prática a uma ação periférica do corpo, que percebemos através de suas manifestações, que possui um sentido dirigido a algo exterior.
Assim, nos é dado a perceber que o sentido é emergente da matéria, como forma primária da existência de um ser vivo, cujo princípio é em essência materialista.
* O princípio de sustentabilidade encontra-se para além do próprio corpo.
* O princípio de funcionalidade é dado á interioridade do corpo.
* A relação é o meio através do qual existe a procura de algo exterior, que seja capaz de sustentar a função, a tornando capaz de ser funcional.
Os objetos exteriores serão aqueles que eventualmente podem servir á função, torna o sistema funcional, criando as condições para a sua sustentabilidade.
Significa que tudo aquilo que serve á função é compatível, e tudo aquilo que a afete será sentido com algum grau de incompatibilidade, ou se o quisermos entender de outro modo, de toxicidade.
A plasticidade é percebida mediante essa capacidade do corpo em adaptar-se a essa variação de grau, que é diferente em cada ser humano, em que o idealismo, por exemplo, devido á negação da diversidade tenta impor um conceito de uniformidade, criando desse modo a inflexibilidade psíquica.
Nos é dado a perceber desse modo, como os conceitos tendem a afrontar, e destruir os princípios emergentes da matéria, criando a instabilidade por incompatibilidade.
A existência de um pacote energético que nos é dado grátis assim que somos gerados, contém em si mesmo determinações compatíveis com o ser vivo que é gerado, e tende a manter-se nessa condição durante toda a nossa existência.
O que foi herdado através da genética, vamos tentar repetir durante a nossa existência, cuja evidencia encontra-se nos instintos, que determina um sentido, culminando interiormente num impulso, levando na prática a uma ação periférica do corpo, que percebemos através de suas manifestações, que possui um sentido dirigido a algo exterior.
Assim, nos é dado a perceber que o sentido é emergente da matéria, como forma primária da existência de um ser vivo, cujo princípio é em essência materialista.
* O princípio de sustentabilidade encontra-se para além do próprio corpo.
* O princípio de funcionalidade é dado á interioridade do corpo.
* A relação é o meio através do qual existe a procura de algo exterior, que seja capaz de sustentar a função, a tornando capaz de ser funcional.
Os objetos exteriores serão aqueles que eventualmente podem servir á função, torna o sistema funcional, criando as condições para a sua sustentabilidade.
Significa que tudo aquilo que serve á função é compatível, e tudo aquilo que a afete será sentido com algum grau de incompatibilidade, ou se o quisermos entender de outro modo, de toxicidade.
A plasticidade é percebida mediante essa capacidade do corpo em adaptar-se a essa variação de grau, que é diferente em cada ser humano, em que o idealismo, por exemplo, devido á negação da diversidade tenta impor um conceito de uniformidade, criando desse modo a inflexibilidade psíquica.
Nos é dado a perceber desse modo, como os conceitos tendem a afrontar, e destruir os princípios emergentes da matéria, criando a instabilidade por incompatibilidade.
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O efeito da lingüiça
Não posso ver lingüiça, mas adoro carne de porco e de boi.
Perguntei de que era feito a lingüiça.
De carne de porco, respondeu ela.
Também não gosto de macarrão, dá-me vômitos.
Mas massinha curta eu como.
A essência da ¨ coisa ¨ não está no sabor, mas no simples olhar, que repudia a forma como elas se apresentam.
Lingüiça e macarrão, formas que fazem lembrar lombrigas, ou outra coisa do gênero, mas que não o sendo de fato, não deveria causar nojo, vômitos e repulsa.
Assim, que a pessoa associa uma imagem interiorizada, que em dado momento causou repulsa, com uma forma exterior que tenha alguma semelhança com ela, tende a sentir os mesmos efeitos que a primeira imagem lhe causou.
Eis um dos exemplos, que o passado condiciona o presente e o futuro.
Perguntei de que era feito a lingüiça.
De carne de porco, respondeu ela.
Também não gosto de macarrão, dá-me vômitos.
Mas massinha curta eu como.
A essência da ¨ coisa ¨ não está no sabor, mas no simples olhar, que repudia a forma como elas se apresentam.
Lingüiça e macarrão, formas que fazem lembrar lombrigas, ou outra coisa do gênero, mas que não o sendo de fato, não deveria causar nojo, vômitos e repulsa.
Assim, que a pessoa associa uma imagem interiorizada, que em dado momento causou repulsa, com uma forma exterior que tenha alguma semelhança com ela, tende a sentir os mesmos efeitos que a primeira imagem lhe causou.
Eis um dos exemplos, que o passado condiciona o presente e o futuro.
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quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Tortura – Um mal menor ?
George Bush por ocasião do lançamento de seu livro, proferiu os seguintes comentários
- A tortura a prisioneiros tornou-se necessária para defender o povo Americano.
- Depois do enforcamento do ditador Iraquiano o mundo ficou melhor.
Percebi então, que o lançamento do livro seria para justificar tais atos bárbaros.
Justificar o bem, praticando o mal, foi sempre a razão última daqueles que só sabem exercer o poder empregando a força das armas.
Hitler foi um desses exemplos, embora a sua morte prematura o impedisse de justificar em livro as suas atrocidades, mesmo assim, existem alguns que o tentam imitar.
Em nome de Deus, disfarçados de diabo, o mundo continua a assistir aos desmandos dos homens.
Bem haja.
- A tortura a prisioneiros tornou-se necessária para defender o povo Americano.
- Depois do enforcamento do ditador Iraquiano o mundo ficou melhor.
Percebi então, que o lançamento do livro seria para justificar tais atos bárbaros.
Justificar o bem, praticando o mal, foi sempre a razão última daqueles que só sabem exercer o poder empregando a força das armas.
Hitler foi um desses exemplos, embora a sua morte prematura o impedisse de justificar em livro as suas atrocidades, mesmo assim, existem alguns que o tentam imitar.
Em nome de Deus, disfarçados de diabo, o mundo continua a assistir aos desmandos dos homens.
Bem haja.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Agressão bárbara
Uma professora de uma escola técnica em Porto Alegre (RS) teve os dois braços e seis dentes quebrados após ser espancada por um aluno do curso de enfermagem que ficou revoltado por ter tirado uma nota baixa. O caso ocorreu na última terça-feira (9).
Após tomar conhecimento de sua nota, o rapaz utilizou uma cadeira de ferro para agredir a professora, de 57 anos. Os braços dela foram atingidos no momento em que tentou se defender. Mesmo depois de ela ter desmaiado, o estudante, que é instrutor de artes marciais, desferiu socos e chutes, quebrando os dentes da professora. Ao perceber a chegada de duas professoras, o aluno decidiu fugir.
O delegado Fernando Soares, que investiga o caso, disse que um segurança e o porteiro do prédio ainda tentaram deter o agressor mas não conseguiram. O estudante, de 25 anos, ainda não foi localizado pela polícia. Informações do Estadão.
Noticia-www.Dicity.com
Palestras, conferências, livros escritos, vidas passadas na televisão, no rádio, nos jornais, á mesa do café, ou em família, nos revelam atos que condenamos, sem contudo percebermos como inverter os atos de vandalismo.
É o falar por falar, que nos alivia a alma, mas que não evita que sejamos confrontados com as mesmas situações no futuro.
Talvez seja este movimento emergente de um histerismo, proveniente de uma incapacidade sentida, que nos obriga a libertar energias, sem contudo resolvermos coisa alguma.
A punição pedida é uma consequência lógica, que funciona muito mais como medalha de consolação, tanto para as vítimas, como para a sociedade, com todo o aspecto de vingar um ato de vandalismo, mas que não atua na origem dos conflitos, e muito menos ao nível dos sentimentos de cada um, nem impede acontecimentos futuros da mesma ordem.
A família e a sociedade produzem seres humanos a partir de duas concepções :
· O poder e a culpa.
Os pais não querem sentir a culpa perante as manifestações hostis de seus filhos, e tratam logo de sacudir a água do seu capote, dizendo que a culpa é dos professores, da escola, ou de qualquer outro, elevando os meninos a coitadinhos de uma sociedade exigente e repressiva.
Andamos todos á procura da culpa, não da nossa, mas do outro, dado que desse modo encontramos o vilão causador das nossas desgraças.
Ignoramos os sinais que nos são enviados através da postura de cada um, e ficamos depois admirados indignados, e revoltados pelas atrocidades cometidas.
Depois de tantas queixas, sobra a agressão, a prisão, o hospital, e a morte.
Após tomar conhecimento de sua nota, o rapaz utilizou uma cadeira de ferro para agredir a professora, de 57 anos. Os braços dela foram atingidos no momento em que tentou se defender. Mesmo depois de ela ter desmaiado, o estudante, que é instrutor de artes marciais, desferiu socos e chutes, quebrando os dentes da professora. Ao perceber a chegada de duas professoras, o aluno decidiu fugir.
O delegado Fernando Soares, que investiga o caso, disse que um segurança e o porteiro do prédio ainda tentaram deter o agressor mas não conseguiram. O estudante, de 25 anos, ainda não foi localizado pela polícia. Informações do Estadão.
Noticia-www.Dicity.com
Palestras, conferências, livros escritos, vidas passadas na televisão, no rádio, nos jornais, á mesa do café, ou em família, nos revelam atos que condenamos, sem contudo percebermos como inverter os atos de vandalismo.
É o falar por falar, que nos alivia a alma, mas que não evita que sejamos confrontados com as mesmas situações no futuro.
Talvez seja este movimento emergente de um histerismo, proveniente de uma incapacidade sentida, que nos obriga a libertar energias, sem contudo resolvermos coisa alguma.
A punição pedida é uma consequência lógica, que funciona muito mais como medalha de consolação, tanto para as vítimas, como para a sociedade, com todo o aspecto de vingar um ato de vandalismo, mas que não atua na origem dos conflitos, e muito menos ao nível dos sentimentos de cada um, nem impede acontecimentos futuros da mesma ordem.
A família e a sociedade produzem seres humanos a partir de duas concepções :
· O poder e a culpa.
Os pais não querem sentir a culpa perante as manifestações hostis de seus filhos, e tratam logo de sacudir a água do seu capote, dizendo que a culpa é dos professores, da escola, ou de qualquer outro, elevando os meninos a coitadinhos de uma sociedade exigente e repressiva.
Andamos todos á procura da culpa, não da nossa, mas do outro, dado que desse modo encontramos o vilão causador das nossas desgraças.
Ignoramos os sinais que nos são enviados através da postura de cada um, e ficamos depois admirados indignados, e revoltados pelas atrocidades cometidas.
Depois de tantas queixas, sobra a agressão, a prisão, o hospital, e a morte.
domingo, 14 de novembro de 2010
Neurociências
Ser humano, ao nascer, tem estrutura cerebral semelhante ao homem de Neandertal
11/11/2010
É o que dizem pesquisadores do Instituto Max Planck, em um estudo publicado na revista online Current Biology.
Conforme explica a revista Veja, fonte da notícia, "a descoberta é baseada em comparações de impressões virtuais, em diferentes idades de desenvolvimento, de circunvoluções cerebrais e estruturas vizinhas do interior dos crânios fossilizados de homens modernos e de Neandertal, incluindo os de recém-nascidos".
De acordo com a pesquisa, é após o nascimento, especialmente no primeiro ano de idade que, que começam a aparecer as diferenças entre o cérebro do homem de Neandertal e o cérebro Humano. Estas diferenças refletem, provavelmente, mudanças nos circuitos e conexões neurais, explica Philipp Gunz, um dos principais autores do estudo. São estas diferenças na configuração interna do cérebro que determinam o nível da capacidade cognitiva da espécie, completa o autor.
Os dados do estudo sugerem fortes influências ambientais no desenvolvimento da capacidade cognitiva humana. Na verdade, apenas confirmam dados de outras pesquisas mais antigas: dependendo do tipo de ambiente em que a pessoa se encontra e do tipo de estimulação que ela recebe neste ambiente, o seu desenvolvimento irá variar.
Fonte: [www.Redepsi.com.br]
11/11/2010
É o que dizem pesquisadores do Instituto Max Planck, em um estudo publicado na revista online Current Biology.
Conforme explica a revista Veja, fonte da notícia, "a descoberta é baseada em comparações de impressões virtuais, em diferentes idades de desenvolvimento, de circunvoluções cerebrais e estruturas vizinhas do interior dos crânios fossilizados de homens modernos e de Neandertal, incluindo os de recém-nascidos".
De acordo com a pesquisa, é após o nascimento, especialmente no primeiro ano de idade que, que começam a aparecer as diferenças entre o cérebro do homem de Neandertal e o cérebro Humano. Estas diferenças refletem, provavelmente, mudanças nos circuitos e conexões neurais, explica Philipp Gunz, um dos principais autores do estudo. São estas diferenças na configuração interna do cérebro que determinam o nível da capacidade cognitiva da espécie, completa o autor.
Os dados do estudo sugerem fortes influências ambientais no desenvolvimento da capacidade cognitiva humana. Na verdade, apenas confirmam dados de outras pesquisas mais antigas: dependendo do tipo de ambiente em que a pessoa se encontra e do tipo de estimulação que ela recebe neste ambiente, o seu desenvolvimento irá variar.
Fonte: [www.Redepsi.com.br]
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Quântica consciência ? ( I )
Onde mora a consciência ?
O que podemos entender por consciência ?
O que é ter consciência ?
E o ser consciente ?
E o estar consciente ?
E o ser inconsciente é estar privado de consciência ?
Estar e deixar de estar, presença e ausência, identifica um estado, uma mudança de lugar, cujo processo físico não interfere com a composição química de um determinado corpo, em que a transformação física se evidencia, mas não devemos perceber nisso a não existência, dado tratar-se das mesmas características endógenas de um determinado corpo.
Assim, somos levados a considerar, que a forma de um corpo, apresentando-se de diversas maneiras, não conduz necessariamente á transformação de suas qualidades mais íntimas, que correspondem a um núcleo, que possui vida, e apresenta um sentido predeterminado.
Por outro lado nos é dado a saber, que a condensação conduz por norma á associação de outras formas, vulgo incorporação, passando a constituir parte de um corpo físico, mas que não altera as características essenciais desse corpo.
Será pois o agregado, que foi associado, como algo que foi considerado pelo corpo como acessório extensível, que permite ganhar características ontológicas, que tantas vezes é divergente em relação ao conteúdo nuclear.
Ao existir a transformação de determinado corpo, os resíduos então associados ao núcleo, não acompanham tal metamorfose física, percebendo-se a dissociação de alguns elementos, que estavam agregados, resultando num processo de separação.
Despido de seus resíduos, o corpo volta á sua forma mais simples, ou seja, mais primitiva.
O corpo na sua forma mais simples ou complexa, não deixa de existir, apenas se transforma, o que nos pode levar a considerar que, ¨ a não existência ¨ será apenas uma forma verbalizada, cuja finalidade tende a justificar a sua ausência, ¨a não presença ¨, e não propriamente a sua existência.
A ¨ não presença ¨, o estar ausente, não significa a não existência de um corpo, em que apenas nos é dado a saber, que ele mudou de lugar.
Desse modo, a consciência, o ser consciente, a devemos perceber como incorporada num corpo a tempo inteiro, em que o estar e deixar de estar, tem a ver com a transformação de um determinado estado, que pode estar, ou não estar, mediante determinada condição, mas que não deixa de possuir consciência, seja qual for a circunstância.
O que nos é presente de seguida, jugo ser relevante e fundamental, dado que nos é difícil perceber num corpo simples, não só a ausência, como a inexistência de uma forma consciente, que nos possa levar a considerar que a consciência possa de fato existir.
Se estivermos de acordo, que a consciência não existe num corpo simples, ao existir será sempre como algo exterior a si mesmo, como forma presumida, que não real, sendo proveniente de um processo de indução, a que se segue a dedução lógica, em face da incorporação de elementos exteriores.
Nos posicionamos agora no campo da subjetividade, que é garantida mediante uma relação exterior, que o induz a deixar de estar na sua condição primitiva, em que podemos perceber a existência de um corpo inanimado, que se transforma em animado.
Mas como referenciado anteriormente, aquilo que não existe num corpo simples, não pode existir na complexidade. Decorrente desse princípio geral da matéria, a consciência não existe, mas apenas um sentido.
Segundo minha percepção, não parece que seja uma questão filosófica por resolver, e só a podemos entender como tal, se a entendermos como fazendo parte de um fenómeno, que tende a afastar-se de uma realidade terrena, que a própria filosofia tende a rejeitar.
Quando sentimos a necessidade de definir o que podemos entender por consciência, estamos a afirmar perante nós mesmos e os outros, que ela de fato existe.
Desse modo não somos conduzidos a lado algum, que nos leva pelo o caminho da interpretação, na tentativa de justificar a sua existência real, abandonando de vez o questionamento e a indagação acerca da sua existência, em que o pressuposto parece ter sido incorporado por uma certeza.
Mas será mesmo, que a consciência existe ?
Autor – João António Fernandes – estudo e investigação em psicanálise.
.
O que podemos entender por consciência ?
O que é ter consciência ?
E o ser consciente ?
E o estar consciente ?
E o ser inconsciente é estar privado de consciência ?
Estar e deixar de estar, presença e ausência, identifica um estado, uma mudança de lugar, cujo processo físico não interfere com a composição química de um determinado corpo, em que a transformação física se evidencia, mas não devemos perceber nisso a não existência, dado tratar-se das mesmas características endógenas de um determinado corpo.
Assim, somos levados a considerar, que a forma de um corpo, apresentando-se de diversas maneiras, não conduz necessariamente á transformação de suas qualidades mais íntimas, que correspondem a um núcleo, que possui vida, e apresenta um sentido predeterminado.
Por outro lado nos é dado a saber, que a condensação conduz por norma á associação de outras formas, vulgo incorporação, passando a constituir parte de um corpo físico, mas que não altera as características essenciais desse corpo.
Será pois o agregado, que foi associado, como algo que foi considerado pelo corpo como acessório extensível, que permite ganhar características ontológicas, que tantas vezes é divergente em relação ao conteúdo nuclear.
Ao existir a transformação de determinado corpo, os resíduos então associados ao núcleo, não acompanham tal metamorfose física, percebendo-se a dissociação de alguns elementos, que estavam agregados, resultando num processo de separação.
Despido de seus resíduos, o corpo volta á sua forma mais simples, ou seja, mais primitiva.
O corpo na sua forma mais simples ou complexa, não deixa de existir, apenas se transforma, o que nos pode levar a considerar que, ¨ a não existência ¨ será apenas uma forma verbalizada, cuja finalidade tende a justificar a sua ausência, ¨a não presença ¨, e não propriamente a sua existência.
A ¨ não presença ¨, o estar ausente, não significa a não existência de um corpo, em que apenas nos é dado a saber, que ele mudou de lugar.
Desse modo, a consciência, o ser consciente, a devemos perceber como incorporada num corpo a tempo inteiro, em que o estar e deixar de estar, tem a ver com a transformação de um determinado estado, que pode estar, ou não estar, mediante determinada condição, mas que não deixa de possuir consciência, seja qual for a circunstância.
O que nos é presente de seguida, jugo ser relevante e fundamental, dado que nos é difícil perceber num corpo simples, não só a ausência, como a inexistência de uma forma consciente, que nos possa levar a considerar que a consciência possa de fato existir.
Se estivermos de acordo, que a consciência não existe num corpo simples, ao existir será sempre como algo exterior a si mesmo, como forma presumida, que não real, sendo proveniente de um processo de indução, a que se segue a dedução lógica, em face da incorporação de elementos exteriores.
Nos posicionamos agora no campo da subjetividade, que é garantida mediante uma relação exterior, que o induz a deixar de estar na sua condição primitiva, em que podemos perceber a existência de um corpo inanimado, que se transforma em animado.
Mas como referenciado anteriormente, aquilo que não existe num corpo simples, não pode existir na complexidade. Decorrente desse princípio geral da matéria, a consciência não existe, mas apenas um sentido.
Segundo minha percepção, não parece que seja uma questão filosófica por resolver, e só a podemos entender como tal, se a entendermos como fazendo parte de um fenómeno, que tende a afastar-se de uma realidade terrena, que a própria filosofia tende a rejeitar.
Quando sentimos a necessidade de definir o que podemos entender por consciência, estamos a afirmar perante nós mesmos e os outros, que ela de fato existe.
Desse modo não somos conduzidos a lado algum, que nos leva pelo o caminho da interpretação, na tentativa de justificar a sua existência real, abandonando de vez o questionamento e a indagação acerca da sua existência, em que o pressuposto parece ter sido incorporado por uma certeza.
Mas será mesmo, que a consciência existe ?
Autor – João António Fernandes – estudo e investigação em psicanálise.
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terça-feira, 9 de novembro de 2010
Consciência - Quântica
Palestra do Prof. Osvaldo Pessoa Jr. no Centro de Estudos Avançados da USP - Post retirado do site -www.redepsi.com.br
1.Introdução Seria a consciência um fenômeno quântico? Por mais forçada que tal especulação possa parecer, ela tem sido seriamente considerada por vários pesquisadores nos últimos cinco anos. A motivação para essa abordagem, grosso modo, é que como a consciência é uma coisa misteriosa, e os fenômenos quânticos também o são, então esses dois mistérios poderiam estar ligados. O presente trabalho, ainda em fase preliminar, é um estudo dos diferentes argumentos utilizados para defender tal ligação, e das diferentes linhas de pesquisa em neurociência que fazem uso de considerações da física quântica.Veremos que a questão de se a consciência é um fenômeno quântico é basicamente uma questão empírica, ainda em aberto, mas que uma formulação precisa desta questão requer esclarecimentos filosóficos relativos às definições de "consciência" e de "fenômeno quântico".
2.A quem interessa tal Tese?
Vamos nos colocar dentro do contexto do materialismo, e supor que estados e processos conscientes são idênticos a certos estados e processos fisiológicos. Neste contexto, existe um debate em psicologia que gira em torno do funcionalismo ("strong AI"), que defende que a mente depende apenas da estrutura dos processos cerebrais, e não de sua realização física.
Assim, em princípio, um computador poderia ter consciência, ou mesmo uma sociedade poderia ter uma consciência própria, desde que os elementos destes sistemas satisfizessem certas propriedades estruturais, ainda não conhecidas pela ciência.
A mente seria como um programa de computador.
NB - Só que o programa de computador apresenta-se de forma rígida, não aceita irregularidades, o que não permite por si mesmo alterar seja o que for.
A tese de que o problema mente-corpo só poderá ser esclarecido quando for levado em conta a natureza quântica do cérebro tem sido usada como um argumento anti-funcionalista.
3. O que é a Consciência?
Boa pergunta! Não sei bem! Espero aprender nesta conferência!
Mas tem algo a ver com eu (ou você) estar aqui agora, tendo acesso a impressões sensoriais que possuem uma qualidade fenomênica (os "qualia", a qualidade branca neste branco, etc.), tendo acesso a memórias que são sempre relativas às experiências minhas, tendo desejos e pensamentos que parecem ter sempre uma intencionalidade, tendo uma noção de unidade de minha consciência, tendo uma noção de tempo e um terrível pavor ao representar adequadamente a minha morte.
6. O Papel da Física Quântica na Consciência
A tese que pretendemos examinar com maior cuidado não é o papel da consciência na teoria quântica, mas o papel da teoria quântica nas teorias materialistas da consciência.
Apresentarei aqui os principais argumentos em favor da tese de que a física quântica é essencial para a consciência.
a) O cérebro seria um "computador quântico". Este conceito foi bastante trabalhado pelo físico David Deutsch, que mostrou que tal computador seria mais eficiente do que um computador digital. Por seleção natural, essa vantagem computacional poderia ter favorecido um cérebro que fosse um computador quântico. O problema com este argumento é que o cérebro é muito quente para que tal computação quântica pudesse ocorrer.
b) O cérebro computaria funções não-recursivas. Computadores clássicos e quânticos só podem computar funções recursivas, mas o pensamento humano (por exemplo, a intuição matemática) extrapolaria esta limitação. Uma solução inovadora ao problema do colapso na mecânica quântica talvez solucionasse também esse problema da consciência.
O problema aqui é que não se mostrou rigorosamente que o pensamento humano é capaz de computar funções não-recursivas.
c) Um fenômeno quântico semelhante à "condensação de Bose" poderia ocorrer no cérebro. Este fenômeno é observado a baixas temperaturas, quando um grande número de partículas se comporta identicamente. Fröhlich (1968) propôs um modelo biológico deste fenômeno de "coerência" à temperatura ambiente, envolvendo moléculas dipolares. Alguns pesquisadores afirmam ter encontrado evidência de que tal fenômeno ocorreria no cérebro.
d) O cérebro seria regido por leis análogas às da mecânica quântica. Existe uma abordagem em neurociência que supõe que a convencional dinâmica do neurônio e da sinapse não é fundamental, e que as funções cerebrais podem ser descritas por um "campo dendrítico" que obedeceria a equações da teoria quântica de campos. Esta abordagem matemática foi inspirada na proposta de Karl Pribram, nos anos 60, de um modelo "holonômico" para o cérebro. O fato de leis análogas às da mecânica quântica descreverem funções cerebrais não implica que tais funções constituam um fenômeno quântico. Além disso, em tais modelos não se introduzem medições que causam colapsos, o que sugere que a descrição destes autores é meramente ondulatória.
e) A liberação de neurotransmissores é um processo probabilístico, que seria descrito apenas pela física quântica. Tal liberação, chamada de "exocitose", ocorreria com uma probabilidade relativamente baixa (de cada 5 impulsos nervosos chegando à vesícula sináptica de células piramidais do neocórtex, apenas 1 liberaria o neurotransmissor).De acordo com John Eccles, a mente (que em sua visão dualista existe independentemente do cérebro) pode alterar levemente essas probabilidades de exocitose, o que constituiria um mecanismo para a ação da mente sobre o cérebro. Rejeitamos aqui, por motivos filosóficos, esse dualismo de Eccles. Agora, se ele estiver correto e a exocitose puder ser descrita pela teoria quântica, faltaria mostrar que a mecânica quântica é necessária para descrever este fenômeno, conforme explicado na seção 4, e de que forma este fenômeno está ligado com a emergência da consciência.
f) Ao nível subneuronal ocorreria processamento de informação. Nos anos 70 descobriu-se que as células possuem uma delicada estrutura formada por "microtúbulos" de proteína, formando um "citoesqueleto". Autores citam alguma evidência experimental de que o citoesqueleto tem de fato uma função cognitiva, ligada à memória. Como tais microtúbulos são cilindros com diâmetro de apenas 25 nanometros (10-9 m), é provável que eles só possam ser adequadamente descritos pela física quântica. Resta saber se de fato o citoesqueleto tem uma função cognitiva, além de sua função estrutural e de transporte. Em um recente relato irônico a respeito deste programa de pesquisa, anunciou-se que Penrose aderiu a ele.
7) A mecânica quântica explicaria fenômenos de percepção extrasensorial. Alguns autores partem do princípio de que a consciência pode exercer influência direta sobre processos naturais, e procuram mostrar como um modelo quântico da consciência daria conta deste e de outros tipos de fenômenos. Marshall defende que a performance mental de seres humanos é alterada quando um eletroencefalograma é feito, já que este aparelho de medição estaria provocando colapsos no cérebro.
1.Introdução Seria a consciência um fenômeno quântico? Por mais forçada que tal especulação possa parecer, ela tem sido seriamente considerada por vários pesquisadores nos últimos cinco anos. A motivação para essa abordagem, grosso modo, é que como a consciência é uma coisa misteriosa, e os fenômenos quânticos também o são, então esses dois mistérios poderiam estar ligados. O presente trabalho, ainda em fase preliminar, é um estudo dos diferentes argumentos utilizados para defender tal ligação, e das diferentes linhas de pesquisa em neurociência que fazem uso de considerações da física quântica.Veremos que a questão de se a consciência é um fenômeno quântico é basicamente uma questão empírica, ainda em aberto, mas que uma formulação precisa desta questão requer esclarecimentos filosóficos relativos às definições de "consciência" e de "fenômeno quântico".
2.A quem interessa tal Tese?
Vamos nos colocar dentro do contexto do materialismo, e supor que estados e processos conscientes são idênticos a certos estados e processos fisiológicos. Neste contexto, existe um debate em psicologia que gira em torno do funcionalismo ("strong AI"), que defende que a mente depende apenas da estrutura dos processos cerebrais, e não de sua realização física.
Assim, em princípio, um computador poderia ter consciência, ou mesmo uma sociedade poderia ter uma consciência própria, desde que os elementos destes sistemas satisfizessem certas propriedades estruturais, ainda não conhecidas pela ciência.
A mente seria como um programa de computador.
NB - Só que o programa de computador apresenta-se de forma rígida, não aceita irregularidades, o que não permite por si mesmo alterar seja o que for.
A tese de que o problema mente-corpo só poderá ser esclarecido quando for levado em conta a natureza quântica do cérebro tem sido usada como um argumento anti-funcionalista.
3. O que é a Consciência?
Boa pergunta! Não sei bem! Espero aprender nesta conferência!
Mas tem algo a ver com eu (ou você) estar aqui agora, tendo acesso a impressões sensoriais que possuem uma qualidade fenomênica (os "qualia", a qualidade branca neste branco, etc.), tendo acesso a memórias que são sempre relativas às experiências minhas, tendo desejos e pensamentos que parecem ter sempre uma intencionalidade, tendo uma noção de unidade de minha consciência, tendo uma noção de tempo e um terrível pavor ao representar adequadamente a minha morte.
6. O Papel da Física Quântica na Consciência
A tese que pretendemos examinar com maior cuidado não é o papel da consciência na teoria quântica, mas o papel da teoria quântica nas teorias materialistas da consciência.
Apresentarei aqui os principais argumentos em favor da tese de que a física quântica é essencial para a consciência.
a) O cérebro seria um "computador quântico". Este conceito foi bastante trabalhado pelo físico David Deutsch, que mostrou que tal computador seria mais eficiente do que um computador digital. Por seleção natural, essa vantagem computacional poderia ter favorecido um cérebro que fosse um computador quântico. O problema com este argumento é que o cérebro é muito quente para que tal computação quântica pudesse ocorrer.
b) O cérebro computaria funções não-recursivas. Computadores clássicos e quânticos só podem computar funções recursivas, mas o pensamento humano (por exemplo, a intuição matemática) extrapolaria esta limitação. Uma solução inovadora ao problema do colapso na mecânica quântica talvez solucionasse também esse problema da consciência.
O problema aqui é que não se mostrou rigorosamente que o pensamento humano é capaz de computar funções não-recursivas.
c) Um fenômeno quântico semelhante à "condensação de Bose" poderia ocorrer no cérebro. Este fenômeno é observado a baixas temperaturas, quando um grande número de partículas se comporta identicamente. Fröhlich (1968) propôs um modelo biológico deste fenômeno de "coerência" à temperatura ambiente, envolvendo moléculas dipolares. Alguns pesquisadores afirmam ter encontrado evidência de que tal fenômeno ocorreria no cérebro.
d) O cérebro seria regido por leis análogas às da mecânica quântica. Existe uma abordagem em neurociência que supõe que a convencional dinâmica do neurônio e da sinapse não é fundamental, e que as funções cerebrais podem ser descritas por um "campo dendrítico" que obedeceria a equações da teoria quântica de campos. Esta abordagem matemática foi inspirada na proposta de Karl Pribram, nos anos 60, de um modelo "holonômico" para o cérebro. O fato de leis análogas às da mecânica quântica descreverem funções cerebrais não implica que tais funções constituam um fenômeno quântico. Além disso, em tais modelos não se introduzem medições que causam colapsos, o que sugere que a descrição destes autores é meramente ondulatória.
e) A liberação de neurotransmissores é um processo probabilístico, que seria descrito apenas pela física quântica. Tal liberação, chamada de "exocitose", ocorreria com uma probabilidade relativamente baixa (de cada 5 impulsos nervosos chegando à vesícula sináptica de células piramidais do neocórtex, apenas 1 liberaria o neurotransmissor).De acordo com John Eccles, a mente (que em sua visão dualista existe independentemente do cérebro) pode alterar levemente essas probabilidades de exocitose, o que constituiria um mecanismo para a ação da mente sobre o cérebro. Rejeitamos aqui, por motivos filosóficos, esse dualismo de Eccles. Agora, se ele estiver correto e a exocitose puder ser descrita pela teoria quântica, faltaria mostrar que a mecânica quântica é necessária para descrever este fenômeno, conforme explicado na seção 4, e de que forma este fenômeno está ligado com a emergência da consciência.
f) Ao nível subneuronal ocorreria processamento de informação. Nos anos 70 descobriu-se que as células possuem uma delicada estrutura formada por "microtúbulos" de proteína, formando um "citoesqueleto". Autores citam alguma evidência experimental de que o citoesqueleto tem de fato uma função cognitiva, ligada à memória. Como tais microtúbulos são cilindros com diâmetro de apenas 25 nanometros (10-9 m), é provável que eles só possam ser adequadamente descritos pela física quântica. Resta saber se de fato o citoesqueleto tem uma função cognitiva, além de sua função estrutural e de transporte. Em um recente relato irônico a respeito deste programa de pesquisa, anunciou-se que Penrose aderiu a ele.
7) A mecânica quântica explicaria fenômenos de percepção extrasensorial. Alguns autores partem do princípio de que a consciência pode exercer influência direta sobre processos naturais, e procuram mostrar como um modelo quântico da consciência daria conta deste e de outros tipos de fenômenos. Marshall defende que a performance mental de seres humanos é alterada quando um eletroencefalograma é feito, já que este aparelho de medição estaria provocando colapsos no cérebro.
domingo, 7 de novembro de 2010
Consciência e física quântica
O que é a consciência ?
Será apenas uma denominação que tende a agrupar um conjunto de sentidos emergentes da relação da diversidade com um corpo, que se relaciona e interage com as coisas, e o mundo á sua volta.
A objetividade perde algum sentido para tudo aquilo que é subjetivo, em que encontrar a unidade, só a relacionando com nós mesmos.
Se entendermos a consciência como um derivado de um processo físico e químico, que possui seus princípios básicos de organização, leis físicas e químicas, não será difícil aceitar, que ela é um derivado de uma função, mas que na realidade não lhe pertence.
Desse modo nos custa a aceitar, que consciência seja corpo.
Em volta desta questão tão discutida, consciência – corpo, têm-se erguido vozes, umas contra, outras a favor, porque a meu ver, uns e outros, não têm levado em consideração o sentido por um corpo, e sua expressão, em face de uma forma anterior sentida.
Assim, nos é dado a observar, que a designação ¨ consciência ¨ não pertence a uma função genética / biológica, contudo podemos aceitar que possa ser dada a uma função fisiológica, como zona periférica de contato, que mediante uma relação, possa tomar sentido do mundo á sua volta.
Por isso não a podemos encontrar incorporada num sistema, mas antes fora dele, muito embora o possa influenciar.
Podemos até perceber a consciência como um sistema organizado, mas não mais, como outro qualquer que constitua um corpo, porque pura energia não é coisa concreta, embora possa influenciar a relação entre eles, a resultante será um derivado dessa relação, e não mais pertença a uma função do próprio corpo genético / biológico.
Autor – João António Fernandes - Estudo e investigação em psicanálise.
Será apenas uma denominação que tende a agrupar um conjunto de sentidos emergentes da relação da diversidade com um corpo, que se relaciona e interage com as coisas, e o mundo á sua volta.
A objetividade perde algum sentido para tudo aquilo que é subjetivo, em que encontrar a unidade, só a relacionando com nós mesmos.
Se entendermos a consciência como um derivado de um processo físico e químico, que possui seus princípios básicos de organização, leis físicas e químicas, não será difícil aceitar, que ela é um derivado de uma função, mas que na realidade não lhe pertence.
Desse modo nos custa a aceitar, que consciência seja corpo.
Em volta desta questão tão discutida, consciência – corpo, têm-se erguido vozes, umas contra, outras a favor, porque a meu ver, uns e outros, não têm levado em consideração o sentido por um corpo, e sua expressão, em face de uma forma anterior sentida.
Assim, nos é dado a observar, que a designação ¨ consciência ¨ não pertence a uma função genética / biológica, contudo podemos aceitar que possa ser dada a uma função fisiológica, como zona periférica de contato, que mediante uma relação, possa tomar sentido do mundo á sua volta.
Por isso não a podemos encontrar incorporada num sistema, mas antes fora dele, muito embora o possa influenciar.
Podemos até perceber a consciência como um sistema organizado, mas não mais, como outro qualquer que constitua um corpo, porque pura energia não é coisa concreta, embora possa influenciar a relação entre eles, a resultante será um derivado dessa relação, e não mais pertença a uma função do próprio corpo genético / biológico.
Autor – João António Fernandes - Estudo e investigação em psicanálise.
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quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Será possível a conversão ?
A vida dos Judeus há muitos séculos atrás não foi nada fácil, perseguidos por toda a Europa, foram muitas famílias acolhidas em Portugal, onde se instalaram e refizeram suas vidas, com a promessa de se converterem á religião católica.
Eram chamados de cristãos novos, como o estigma que substituiu a estrela ao peito, mas que da mesma maneira os identificava e descriminava perante todos os outros.
Marquês de Pombal acabou com tal discriminação lá pelos anos de mil setecentos, e qualquer coisa, quando nomeado ministro em Portugal.
Uns tentam acentuar as diferenças, marcando no peito, na lei ou na carne os seres humanos que julgam merecer tamanha honra.
Outros pretendem acabar com essa forma de descriminar e diferenciar seres humanos.
Mas o que pretendo entender é se de fato é possível a conversão de gente que é diferente, quanto a aspectos formativos e religiosos ?
Os homens na sua loucura, de vez em quando tentam a exterminação de outros homens, apenas porque pensam de maneira diferente, apresentam formas de estar na vida diferenciadas que os incomodam, desta feita não recorrendo ao veneno para os ratos, mas munindo-se de armas poderosas para o efeito.
Talvez os loucos sintam que não é possível a conversão, e que só a exterminação pode acabar com a raça de uma formação, que ganhou raízes na interioridade do ser humano.
Se um louco não sabe o que faz, porque apenas funciona através dos instintos, será que os seres pensantes e intelectuais, sabem de fato definir a complexidade dos fenómenos que lhes são presentes ?
Talvez não sejamos tão loucos quanto eles, mas não nos livra de sermos de igual modo ignorantes em relação a determinados assuntos, não obstante toda a postura de seriedade.
Como explicar que possamos encontrar vestígios dessa civilização Judaica, em algumas aldeias de Portugal, mantendo-se alguns costumes, e formas próprias de se relacionarem em família, e com estranhos ?
Somos levados a considerar, que pelo menos a conversão não foi conseguida na totalidade, o que já é um mau pronuncio para aqueles que julgam que a conversão é possível.
Por outro lado é frequente a queixa daqueles que sofrendo de obsessão mental, não conseguem deixar de pensar em determinadas imagens e idéias que os atormentam, reclamando do médico o remédio milagroso que possa varrer da sua mente tais pensamentos.
É assumido pelo comum dos mortais que as imagens não podem ser apagadas, desaparecendo como por encanto, não tendo a ciência qualquer solução para o caso.
Desse modo nos é dado a observar que a conversão é um mito, ou pelo menos é uma frase inadequada para definir seja o que for.
Mas enquanto insistirmos em frases inadequadas, mesmo entre aqueles que se dedicam ao estudo e investigação das coisas da mente, estamos a oferecer á maioria das pessoas gato por lebre.
Na realidade a conversão não é possível, mas apenas a coexistência de imagens e idéias no psiquismo humano, que devido a um sentido valorativo, umas ganham mais importância para o indivíduo, que outras, que por isso tendem a ser relegadas para segundo plano.
Eram chamados de cristãos novos, como o estigma que substituiu a estrela ao peito, mas que da mesma maneira os identificava e descriminava perante todos os outros.
Marquês de Pombal acabou com tal discriminação lá pelos anos de mil setecentos, e qualquer coisa, quando nomeado ministro em Portugal.
Uns tentam acentuar as diferenças, marcando no peito, na lei ou na carne os seres humanos que julgam merecer tamanha honra.
Outros pretendem acabar com essa forma de descriminar e diferenciar seres humanos.
Mas o que pretendo entender é se de fato é possível a conversão de gente que é diferente, quanto a aspectos formativos e religiosos ?
Os homens na sua loucura, de vez em quando tentam a exterminação de outros homens, apenas porque pensam de maneira diferente, apresentam formas de estar na vida diferenciadas que os incomodam, desta feita não recorrendo ao veneno para os ratos, mas munindo-se de armas poderosas para o efeito.
Talvez os loucos sintam que não é possível a conversão, e que só a exterminação pode acabar com a raça de uma formação, que ganhou raízes na interioridade do ser humano.
Se um louco não sabe o que faz, porque apenas funciona através dos instintos, será que os seres pensantes e intelectuais, sabem de fato definir a complexidade dos fenómenos que lhes são presentes ?
Talvez não sejamos tão loucos quanto eles, mas não nos livra de sermos de igual modo ignorantes em relação a determinados assuntos, não obstante toda a postura de seriedade.
Como explicar que possamos encontrar vestígios dessa civilização Judaica, em algumas aldeias de Portugal, mantendo-se alguns costumes, e formas próprias de se relacionarem em família, e com estranhos ?
Somos levados a considerar, que pelo menos a conversão não foi conseguida na totalidade, o que já é um mau pronuncio para aqueles que julgam que a conversão é possível.
Por outro lado é frequente a queixa daqueles que sofrendo de obsessão mental, não conseguem deixar de pensar em determinadas imagens e idéias que os atormentam, reclamando do médico o remédio milagroso que possa varrer da sua mente tais pensamentos.
É assumido pelo comum dos mortais que as imagens não podem ser apagadas, desaparecendo como por encanto, não tendo a ciência qualquer solução para o caso.
Desse modo nos é dado a observar que a conversão é um mito, ou pelo menos é uma frase inadequada para definir seja o que for.
Mas enquanto insistirmos em frases inadequadas, mesmo entre aqueles que se dedicam ao estudo e investigação das coisas da mente, estamos a oferecer á maioria das pessoas gato por lebre.
Na realidade a conversão não é possível, mas apenas a coexistência de imagens e idéias no psiquismo humano, que devido a um sentido valorativo, umas ganham mais importância para o indivíduo, que outras, que por isso tendem a ser relegadas para segundo plano.
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terça-feira, 2 de novembro de 2010
O mal estar da civilização é cultural
A psicologia pós modernidade resvalou de vez para a neurose obsessiva, e constitui-se na própria doença do século.
Deixou de tratar sintomas, apenas os tenta aliviar, por não reconhecer o transtorno, dado que está incorporado por ele.
Reprodução do original, ou pirata será o seu modelo, a identidade ?
Incorporação de algo exterior, devido a um vazio, ou confusão de identidade ? Interessante.
A referência deixa de estar na interioridade, e posiciona-se no exterior.
Reconhece-se nos outros, e deixa de conhecer-se a si mesmo ?
Será então o finito de uma transformação, porque todos semelhantes, nada se transforma.
Não estou certo, mas talvez contrarie as leis da própria natureza, abandonando de vez o processo de humanização, desejando a todo o custo a socialização, através de uma política de condicionamento, entenda-se proibição e punição, elevando cada vez mais o ser humano a uma forma animalesca.
A culpa é da cultura. Interessante.
Já não são os homens com seus costumes e modos de estar na vida, que formam um sistema cultural, mas sim este que os tenta subjugar e formar.
A filosofia já não nasce do nada, mas de um pretenso saber.
Como as vontades mudam, de acordo com o tempo, meu Deus.
Deixou de tratar sintomas, apenas os tenta aliviar, por não reconhecer o transtorno, dado que está incorporado por ele.
Reprodução do original, ou pirata será o seu modelo, a identidade ?
Incorporação de algo exterior, devido a um vazio, ou confusão de identidade ? Interessante.
A referência deixa de estar na interioridade, e posiciona-se no exterior.
Reconhece-se nos outros, e deixa de conhecer-se a si mesmo ?
Será então o finito de uma transformação, porque todos semelhantes, nada se transforma.
Não estou certo, mas talvez contrarie as leis da própria natureza, abandonando de vez o processo de humanização, desejando a todo o custo a socialização, através de uma política de condicionamento, entenda-se proibição e punição, elevando cada vez mais o ser humano a uma forma animalesca.
A culpa é da cultura. Interessante.
Já não são os homens com seus costumes e modos de estar na vida, que formam um sistema cultural, mas sim este que os tenta subjugar e formar.
A filosofia já não nasce do nada, mas de um pretenso saber.
Como as vontades mudam, de acordo com o tempo, meu Deus.
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Homossexualidade feminina
A bomba estoirou, e sobrou para a escola, em que a professora mantinha relações sexuais com uma aluna de treze anos, segundo a TV Globo, com direito a quarto de hotel.
Aos homens do direito compete estudar e investigar o assunto, e decidir segundo as determinações legislativas, tentando apurar a responsabilidade das partes envolvidas, que podem merecer, ou não, a punição.
Aqueles que se dedicam ao estudo e investigação das coisas da mente, devem dar o seu testemunho acerca das implicações mentais, que tal cenário pode despertar num ser humano com treze anos.
Tecnicamente poderíamos encerrar este artigo a partir da constatação de um fato:
A referida aluna defende o seu amor pela professora publicamente, assumindo a sua homossexualidade perante os pais, a escola e a sociedade.
Perante tal afirmação, em que não existe sentimento de culpa, vergonha e constrangimento, nem a mais pequena disposição em ocultar o seu amor pela professora, em que a relação afetiva e sexual é assumida por mútuo acordo, não consigo descortinar, no plano restrito dos fenómenos psicológicos, qualquer consequência, que possa gerar um conflito no psiquismo da aluna.
Os profissionais da área sabem muito bem, que a homossexualidade, que não é assumida, embora desejada, em virtude do julgamento dos pais, amigos e da sociedade, que tende a promover a exclusão do sujeito, é aceite como sendo responsável pelo o desencadear de graves perturbações psíquicas.
Não existindo o mais leve indício de sedução, de arrependimento, do emprego da força física, e de recusa pela prática das relações afetivas e sexuais, não existe qualquer alteração, quanto ao modo de organização do psiquismo daquela moça, somos a considerar, que a sua homossexualidade já se encontrava desde há muito definida.
Tenho algum receio, que aquela aluna, uma vez submetida a tanta pressão exterior, possa vir a tornar-se paciente e transtornada, de que não podemos prever quais as consequências.
Será bom acrescentar que independente dos aspectos técnicos, a opinião pública tem seu direito a manifestar-se, muito embora suas opiniões não sejam consideradas neste artigo, dado que o autor pretende separar o campo de atribuições que cada um deve ter na análise do mesmo assunto.
Aos homens do direito compete estudar e investigar o assunto, e decidir segundo as determinações legislativas, tentando apurar a responsabilidade das partes envolvidas, que podem merecer, ou não, a punição.
Aqueles que se dedicam ao estudo e investigação das coisas da mente, devem dar o seu testemunho acerca das implicações mentais, que tal cenário pode despertar num ser humano com treze anos.
Tecnicamente poderíamos encerrar este artigo a partir da constatação de um fato:
A referida aluna defende o seu amor pela professora publicamente, assumindo a sua homossexualidade perante os pais, a escola e a sociedade.
Perante tal afirmação, em que não existe sentimento de culpa, vergonha e constrangimento, nem a mais pequena disposição em ocultar o seu amor pela professora, em que a relação afetiva e sexual é assumida por mútuo acordo, não consigo descortinar, no plano restrito dos fenómenos psicológicos, qualquer consequência, que possa gerar um conflito no psiquismo da aluna.
Os profissionais da área sabem muito bem, que a homossexualidade, que não é assumida, embora desejada, em virtude do julgamento dos pais, amigos e da sociedade, que tende a promover a exclusão do sujeito, é aceite como sendo responsável pelo o desencadear de graves perturbações psíquicas.
Não existindo o mais leve indício de sedução, de arrependimento, do emprego da força física, e de recusa pela prática das relações afetivas e sexuais, não existe qualquer alteração, quanto ao modo de organização do psiquismo daquela moça, somos a considerar, que a sua homossexualidade já se encontrava desde há muito definida.
Tenho algum receio, que aquela aluna, uma vez submetida a tanta pressão exterior, possa vir a tornar-se paciente e transtornada, de que não podemos prever quais as consequências.
Será bom acrescentar que independente dos aspectos técnicos, a opinião pública tem seu direito a manifestar-se, muito embora suas opiniões não sejam consideradas neste artigo, dado que o autor pretende separar o campo de atribuições que cada um deve ter na análise do mesmo assunto.
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