Retalhos de uma vida - Livro do autor do blog

http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7 Definir um livro pela resenha é um fato que só é possível quando o livro realmente apresenta um conteúdo impar, instigante, sensível, inteligente, técnico e ao mesmo tempo de fácil entendimento....e Retalhos de uma vida, sem sombra de dúvidas é um livro assim. Parabens, o livro está sendo um sucesso. Ricardo Ribeiro - psicanalista

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Metafísica ( II )

A metafísica não tem em conta o pensamento humano, mas antes as manifestações do corpo, inserido num campo de ação, onde circulam forças de energia, que promovem o movimento dos corpos.

O pensamento humano deve ser entendido como a consequência derivada desse campo energético, como algo adquirido e posterior ao próprio processo metafísico.

A primeira representação, são as manifestações do próprio corpo que o ente representa, que se faz representar através de forças energéticas, que geram o movimento e darão lugar á expressão.

A primeira conclusão é que a expressão só pode ser observada, pela existência de uma impressáo, como algo inato ou adquirido que a antecede.

A partir da metafísica podemos observar a história do ser como subjetivo, e do corpo como objetivo, dado que depende da relação com outros corpos que contém em si, a sua própria história, como a realidade manifesta de um corpo.

O que encontramos para além da metafísica, são outros objetos, que nos permite uma relação ontológica, em que o movimento endógeno no sentido exógeno, e no sentido contrário, tende a determinar uma determinada postura, que é garantida pela expressão.

Quando essa relação ontológica apresenta apenas uma base energética sem conteúdo, apenas uma imagem, estamos a falar de metafísica e de imanência.

Quando ela está associada a formas conceptuais devemos falar em metapsicologia.

A segunda conclusão que podemos tirar, é a necessidade da relação com os objetos, cuja finalidade é a auto satisfação.

Recordemos Freud quando afirma nos seus escritos “ Os três ensaios sobre a teoria da sexualidade “ser a auto erotização um processo natural de satisfação e de prazer, que tem sua base impressa no próprio corpo.

A terceira conclusão derivada da anterior, é que aquilo que se encontra impresso no corpo, entenda-se como verdadeira ou não, tende a expressar-se como necessidade, cuja manifestação só pode dar-se através do movimento, que só é possível devido a uma energia, e a um campo de ação energético.

Se nos detivermos na palavra “ impressão “, percebemos que só impressionado o corpo reage, e que ele só se impressiona, quando algo está, ou parece estar para além da sua própria impressáo.

O que nos leva a considerar que o corpo não é impressionado, enquanto persistir uma identidade de forças interiores e exteriores, em que a questão da ausência, ou de um diferencial mínimo de potência entre a interioridade e o exterior, parece garantir a constância, ou a estabilidade do próprio corpo.

Talvez por isso, quando identificados através da ausência de um diferencial de potencial, nos garanta a sensação que dois corpos distintos, pareçam iguais, devido á ausência de material diversificado que possa originar a diferencia de potencial, a que chamamos de mesmice.

No entanto tal estado, ao fim de um certo tempo começa a causar incómodo, dado que devido a ele parece existir uma certa imobilidade do corpo, causadora de irritação, que necessita do movimento para constantemente organizar-se.

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