Quando falamos de metafísica, estamos a falar de um corpo, e de formas abstratas que existem para além dele, mas que tendem a afetá-lo, e que de certo modo o transcende.
Não estamos ainda colocados no campo de forças estranhas, embora abstratas, dado que sentimos e sabemos que existem, em que a subjetividade, a podemos encontrar na relação que essas forças mantêm entre si, e o próprio corpo.
A compreensão acerca dos diversos movimentos dessas forças, nos traz para o campo da análise, e é isso que nos interessa em psicanálise.
A filosofia nos ensina, que a compreensão de que a coisa é, como realmente é, tem seus fundamentos naturais, e não parece que seja pelo fato de deixar de estar num determinado estado, que deixa de ser a mesma coisa, apenas existiu um alteração de estado, motivado por forças que estão agregados á matéria.
A incompreensão deste fenómeno nos leva a pensar que existem forças estranhas a um processo físico e químico, o que seria limitar a própria natureza das coisas, entendido como universo, nos transportando para o além, em que o oculto provocado por esse entendimento, garante a emergência de fantasmas ou figuras dominadoras de um espaço
Não é disso que temos o propósito de tratar, mas daquele outro espaço, onde os corpos se movimentam, relacionam e interagem num campo energético, do qual ainda sabemos muito pouco.
É um processo que busca a relação, que não a verdade, dado que esta só pode ser vinculada ao próprio corpo, como existência material, sendo a realidade que podemos observar e pode ser observado por todos os outros seres vivos.
Se o objetivo encontra-se com o objeto, segundo o princípio de satisfação, é uma condição objetiva, independente das circunstâncias nas quais se possa manifestar, em que a subjetividade é circunstancial.
Os fenômenos acompanham essa relação, ele é objetivo dada a sua existência, mas subjetivo, em virtude das circunstâncias em que ocorrem, ou seja, objetivamente damos conta da existência real ou abstrata das coisas e das forças existentes, mas a incompreensão encontra-se com a ignorância que o ser humano tem acerca delas e sua relação com outras forças e a matéria de que é constituído os corpos.
Nos posicionamos quanto a esta matéria, apenas com a idéia de tentar isolar sinais de contingência, acidente ou corrupção, que são processos decorrentes das circunstâncias, para perceber o grau de incidência dessas forças, o seu modo operacional e a transformação que podem trazer á matéria, entendida como corpo.
Estamos no campo do determinismo, apenas no que se refere á interferência dessas forças num campo de ação energética e humana, em que a realidades da coisas são como se apresentam a nossos olhos, sem interferências de formas de pensar que nos conduzam para além de qualquer conhecimento humano.
Podemos falar de ciência objetiva dos entes, como forma de entender a sua organização, classificando e tentando demonstrar em teoria, a existência de uma consistência em termos reais da nossa própria maneira de estar na vida.
A expressão das coisas reais faz parte da matéria, como manifestação de um impato, ou relação.
Os fenómenos que levam á sua alteração, fazem parte de uma manifestação de forças energéticas, e são resultante de uma interseção entre corpos, materiais ou imaterais, em que pode não existir a fusão, mas percebe-se a relação, que tende a modificar a postura dos corpos.
Não só pretendemos perceber a realidade dos corpos em presença, mas a reação que os inúmeros fenómenos provocam neles, como algo independente da sua observação, embora os tenhamos em conta, dado que eles parecem ser apenas a resultante fenomenológica de uma ou diversas relações entre corpos.
A metafísica por isso, tenta determinar a relação com outros corpos, que não físicos, que provocam a alteração circunstancial dos mesmos.
É a partir deste estudo e investigação, que podemos organizar os processos posteriores de forma articulada, e perceber a lógica, a partir da compreensão dos princípios, através dos quais se rege a matéria.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
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