Retalhos de uma vida - Livro do autor do blog

http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7 Definir um livro pela resenha é um fato que só é possível quando o livro realmente apresenta um conteúdo impar, instigante, sensível, inteligente, técnico e ao mesmo tempo de fácil entendimento....e Retalhos de uma vida, sem sombra de dúvidas é um livro assim. Parabens, o livro está sendo um sucesso. Ricardo Ribeiro - psicanalista

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Formas sistemáticas

Quem dedica parte do seu tempo a tentar entender as coisas da mente, e fala em sistematização, deve perceber que ela existe de fato, mas somente referente ao biológico e á sua função, que é um processo autónomo e organizado segundo uma lógica, que é sequencial e apresenta sempre consequências.
Deste modo nos posicionamos na genética, e no estudo da metafísica, como formas de energia derivadas de um corpo físico, em que a mente obedece ao corpo, na sua forma arcaica.
O recém nascido está coordenado com o seu núcleo genético, e descoordenado nos movimentos em rela;áo a tudo que o rodeia.
No entanto é a partir desse movimento descoordenado exterior, que agarra aqui, pega ali, consegue mais tarde um movimento coordenado, a que chamamos de processo de aprendizagem.
O processo mental posterior, obedece do mesmo modo a essa sistematização organizacional do sistema biológico, que mantém-se imutável durante toda a existência do ser humano, e é exatamente devido a determinadas ideias e atitudes que tendem a contrariar o corpo que sente, que ele assinala a sua ofensa através da ansiedade, de dores diversas, orgânicas e fisiológicas, paralisias, amnésias e anestesia de parte do corpo, e outros transtornos mais ou menos graves, como a depressão ou a melancolia por exemplo, como a tentativa em sobreviver.
Deste modo parece ficar claro, que o corpo que sente, e observada tais condições de alguma " anormalidade ", ou seja instabilidade emocional, podemos perceber que de fato existiu uma quebra da sistematização anterior, que nem sequer pediu permissão ao corpo que pensa para manifestar-se por vezes até de forma violenta.
Porque não desejamos entender esta forma primária e genética, dado que nos foi embutida a ideia, que somos seres super inteligentes, logo desprezando a parte animal que está em nós, desafiamos uma ordem natural, e tentamos organizar o ser humano á volta de projetos de forma;áo, que ao contrariar essa ordem animal, tendo a promover todo o tipo de alteração de comportamento no ser humano.
De seguida, na tentativa de alinhar aquilo que se observou estar desalinhado, comete-se o mesmo erro de percepção, porque outro não nos foi ensinado, ou seja, a repressão e a proibição, a violência verbal e física, cuja finalidade é a tentativa de impedir atos considerados impróprios, em vez de perceber outras formas de promover o alinhamento.
Resultado, lutamos contra uma parede de betão, porque o corpo reage a quem pretende tirar o seu sentido de vida.
A ansiedade, a rebeldia, a transgressão, os ataques de raiva e vingança, são formas emergentes de um corpo que reage a uma tentativa de ( de ) forma;áo, que ganha uma outra forma sistemática, que contraria a ordem natural sistematizada.

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