Estar ou não estar, eis a questão.
É um vir a ser e não estar, é um estar desejando não estar, para que possa ser.
É na diferença que nos tentamos completar, mas é nela que temos alguma dificuldade em completar-nos, em que a exigência partilha com a angústia e a tristeza tal impossibilidade.
Que dizer do semelhante, porque diferente, não se torna igual ?
Que não deve ser o que é, e tornar-se no que não é ?
Seria anular as diferenças para uniformizar.
Se tudo é semelhante, mas não igual, como isso é possível ?
Não o é de fato.
Só nos resta mesmo, tentar entender nossas diferenças, as respeitar e considerar, em que o outro é apenas um objeto, sujeito da nossa atenção.
O outro nunca será o sujeito, embora nos possa sujeitar, será sempre um outro que se sujeita, tal como nós.
Nós sujeito, nos sujeitamos e sujeitamos um outro, que diz ser e estar sujeito..
A diferença é que existe a diferença, insignificante que seja, que não nos deixa sujeitar a todos os desejos alheios.
Nietzsche – Se o mundo tivesse uma posição de equilíbrio, se o devir tivesse um objetivo ou um estado final, ele já o teria atingido.
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