O estigma do negro
Apesar das bandeiras negras, o estigma é que impõe as trevas.
A Igreja sabe bem o que o estigma provoca no psiquismo, o medo.
Bandeiras negras na missa Papal nem pensar.
Segundo os proponentes da iniciativa, parece que as vão substituir por braçadeiras negras, como forma de protesto pelos inúmeros casos de pedofilia no seio da Igreja.
Tenho uma leve sensação que a coisa vai dar para o torto, em que mais uma vez os radicais tomam conta da cena, e a confrontação parece inevitável.
Talvez seja isso que a Igreja precise para juntar o seu povo, cuja finalidade é defendê-la dos ataques dos infiéis.
Longe vão os tempos ( 1700 ), em que os Judeus para permanecerem em Portugal teriam que se converterem aos costumes e preceitos da Igreja Católica.
As alternativas eram poucas ou nenhumas, dado que já vinham corridos de Espanha, pelo que a solução era aceitar a conversão, mesmo contra a sua vontade.
Não obstante tal anuência, os Judeus convertidos passaram a ser designados por Cristãos novos.
Eis o estigma, em que apenas foi trocada a ¨ estrela da sorte ¨ de ser Judeu, por um nome que do mesmo modo os identificava como pertencentes a uma raça ¨ impura¨, inferior.
Foi Marquês de Pombal que por decreto da corte, aboliu o estigma.
O autor deste texto, enquanto estudante do ensino básico, numa escola de padres, era possuidor de um carnet, que deveria levar o carimbo da missa de domingo, para apresentar na escola segunda feira.
Não obstante toda a prepotência e intolerância, foi a relação entre as pessoas que tratou de dissolver ao longo do tempo, a trapalhada que a Igreja criou.
Aguardemos pelos os acontecimentos de 11 de Maio, mas espero sinceramente que a visita do Papa seja um sucesso, e que sirva acima de tudo para mudar de vez o seu discurso, deixando de lado falsos moralismos, criando as condições necessárias, para que a humanidade seja mais fraterna e feliz.
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