Retalhos de uma vida - Livro do autor do blog

http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7 Definir um livro pela resenha é um fato que só é possível quando o livro realmente apresenta um conteúdo impar, instigante, sensível, inteligente, técnico e ao mesmo tempo de fácil entendimento....e Retalhos de uma vida, sem sombra de dúvidas é um livro assim. Parabens, o livro está sendo um sucesso. Ricardo Ribeiro - psicanalista

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Liberdade (1)

Não devemos considerar que através da consciência ou do princípio de racionalidade, possamos anular ou inverter os impulsos inconscientes, embora possamos pensar o contrário, tal não acontece.
A neurociência desde há muito, que se empenha nessa descoberta, embora sem sucesso.
O fenómeno consciente não detona o conteúdo inconsciente, pelo o contrário, o tende a exaltar, daí que o sujeito tenha reações por vezes agressivas, até mesmo destruidoras dos objetos á sua volta e de si mesmo.
Não é a crença que está em causa, mas antes a resistência provocada por uma inibição, que não deixa que o indivíduo consiga perceber outras formas de percepção.
Um dia o inconsciente decerto foi consciente, mas a partir da fixação de um sentido, não necessita da consciência para mostrar movimento próprio, ou seja impulsos instintivos e involuntários.
Deixa de obedecer a um comando da consciência para tornar-se autónomo, como forma de garantir o movimento e a preservação da vida.
Logo, podemos perceber que consciência e inconsciente, são apenas sentidos, acerca dos quais o corpo periférico e interior toma sentido, e os vincula numa fase primária da existência do ser humano, para que possa ser possível movimentar-se, supostamente, no sentido da vida e da sua preservação.
A questão da liberdade então, sob o ponto de vista da psicanálise, como também da biologia, não será mais que o movimento que liberta o corpo e seus órgãos da inércia, que logo de seguida prende-se ou associa-se a uma idéia ou objeto exterior, perdendo parte ou a totalidade do seu movimento em qualquer outra direção, desde que garantido o princípio de satisfação ao ser vivo, que obviamente lhe dará prazer.
Ao vincular-se, perde parte ou a totalidade da sua liberdade, se de forma obsessiva procurar determinada idéia ou objeto exterior, como forma única de obter satisfação.
Significa que em termos objetivos o princípio de satisfação é aquele que emerge como sentido fundamental, designado por instinto, equivalente ao sentido e preservação da vida.

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