Retalhos de uma vida - Livro do autor do blog

http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7 Definir um livro pela resenha é um fato que só é possível quando o livro realmente apresenta um conteúdo impar, instigante, sensível, inteligente, técnico e ao mesmo tempo de fácil entendimento....e Retalhos de uma vida, sem sombra de dúvidas é um livro assim. Parabens, o livro está sendo um sucesso. Ricardo Ribeiro - psicanalista

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Liberdade de expressão

A escrita e a fala são instrumentos de comunicação, mas ao mesmo tempo servem de agressão, e de libertação de um ser, que sente estar oprimido
É através dela que é revelada a dor da alma, e o sentido, por vezes, de uma vida sem sentido, que pode corresponder á realidade, a um desejo de afirmação, num emaranhado de palavras e frases, que tantas vezes parece não fazer sentido.
Os senhores da guerra, mesmo em tempo de paz, nos empurram para a verbalização, em que o silêncio, e a falta de movimento os irrita sobremaneira, dado que desejam estar na posse do sentido, que deve ser dito, para poderem pesar bem as palavras e as atitudes, cuja finalidade é entenderem quem está do seu lado, ou contra eles.
Nem conseguem perceber, que o sujeito ao estar consigo mesmo é uma forma que emerge da autonomia, em que não existe o comprometimento de estar com um dos lados, mas com aquele que lhe parece que reúne as condições necessárias, que o seu pensamento parece ter, que a outros parece faltar.
Falar de autonomia estando encostado a um dos lados, apenas por sentir-se amparado e protegido, será apenas uma falsa sensação de autonomia, a que o poder democrático habituou as pessoas.
A luta pelo o poder, não deveria ter a participação de quem não tem poder algum.
Chama os escravos ao voto, para que eles próprios decidam a quem vão ficar submissos, porque pelos vistos para eles as leis não existem.
A fala e a escrita nunca atinge tamanha importância como nessa altura, em que vale tudo, e a sedução é a cabeça de cartaz, em que se promete fundos e mundos, sem que alguém os possa punir por faltarem á palavra para com os inocentes votantes.
De fato são os senhores de uma guerra surda feita nos gabinetes, que substitui as armas nucleares e o campo de batalha sangrento, mas que provocam milhares de transtornados, que se não tiverem dinheiro para se tratarem, são deitados ao lixo.
Inconscientemente, ou em consciência, manter este estado de coisas, é alimentar a neurose no indivíduo e na sociedade, em que parece existir um colete de forças, do qual será muito difícil sair.
Não se trata de discutir regimes, nem formas estéticas de um poder podre, que vai apodrecendo aos poucos até dissolver-se numa qualquer crise financeira mundial, ou cair ás mãos de um qualquer ditador, mas antes de princípios que devem ser observados.
No dia que não for possível continuar a enganar através da palavra, poucas dúvidas existem que renasce das cinzas o porrete, a lei da rolha, porque os escravos já não obedecem mais.
A palavra e a escrita serve a tudo isto.
Apenas nos resta sermos nós mesmos.
Talvez por isso, os jornalistas, que também usam a palavra como meio de expressão, sofram na carne a ousadia de publicar aquilo que os senhores da guerra não desejam,passando a constar da lista dos homicídios.
Não muito longe vai a queima dos livros de alguns escritores, intelectuais, e filósofos, e a censura estabelecida como regra, para que as pessoas não possam ser conspurcadas por tamanhas ofensas.
Utilizam a palavra conspurcada, porque oriunda daquilo que é porco, indecente, imoral, cuja finalidade é criar um impacto mental, habituando as pessoas a enxergar as coisas invertidas, que por isso mesmo tornam-se, elas mesmas, a oposição à vida.
Por ora, os senhores da guerra ficam-se por algumas investidas contra a net, e alguns outros órgãos de comunicação, que apesar de muitas asneiras e algum radicalismo emocional, político e religioso, vale sobretudo pelo direito á liberdade de expressão, a que as pessoas por si mesmas, aos poucos, vão fazendo a triagem, associando-se a determinados redes sociais, ou grupos, que não a outros.
Esta é a forma natural de associar as pessoas, segundo o seu conhecimento e convicções, sem que seja promovida a exclusão de forma bruta, nem que haja o bate boca, que só tende a inflamar, o que se pretende sossegado.
Os senhores da guerra perceberam muito bem a força que os órgãos de informação em geral, e a net em particular possuem, e logo trataram de comprar, e infiltrarem-se nesses meios de comunicação, cuja finalidade é perpetuar o poder.
Os senhores quando precisam correm atrás dos escravos.
E porque escravo, não deixa de o ser, por artes mágicas, os servem, porque desejam um dia ser tão poderosos quanto eles.
Mas isso são apenas desejos, que só uma minoria consegue.
Entretanto correm todos para o calabouço, julgando ir para uma festa, em que os aniversariantes são sempre os mesmos.
Quanta ilusão meu Deus ?
Apesar de tudo é preferível admitir as nossas diferenças, do que desejar ser igual, ou semelhante

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