Retalhos de uma vida - Livro do autor do blog

http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7 Definir um livro pela resenha é um fato que só é possível quando o livro realmente apresenta um conteúdo impar, instigante, sensível, inteligente, técnico e ao mesmo tempo de fácil entendimento....e Retalhos de uma vida, sem sombra de dúvidas é um livro assim. Parabens, o livro está sendo um sucesso. Ricardo Ribeiro - psicanalista

domingo, 13 de março de 2011

Políticos à rasca

Exemplar direito à indignação
por Pedro Correia
José Pacheco Pereira - o novo herói da Direcção-Geral da Propaganda - proclamou ontem,abrupto, o seu imenso nojo pela cobertura jornalística das manifestações pacíficas que levaram às ruas cerca de 300 mil pessoas de todas as idades, em várias cidades - a maior iniciativa do género em Portugal, não enquadrada por estados-maiores partidários nem caudilhos sindicais. O que tinha o ilustre pensador a proclamar sobre o assunto? Apenas isto: «Voltou-se ao PREC e aos comícios em directo.» Eis um raciocínio de uma profundidade esmagadora...
Estive na manifestação de Lisboa, sei do que falo: não houve exagero no que se disse, no que se mostrou e no que se escreveu. Não foi o desfile de arruaceiros que muitas bempensâncias previam, nos jornais e nos blogues. Não foi um palco para se exibirem extremismos de várias cores, como algumas aves agoirentas chegaram a vaticinar, em letra impressa ou na pantalha. Nem foi a marcha de "antidemocratas e niilistas" que Mário Soares temia, já esquecido do "direito à indignação" de outros tempos.
Foi, isso sim, uma exemplar demonstração de civismo. E um vigoroso cartão amarelo exibido não só ao Governo mas à generalidade da classe política - uma espécie de clube muito reservado, cujos membros se esgotam nos rituais da pequena intriga, contra adversários e correligionários, indiferentes ao pulsar da sociedade. Pessoas cuja opinião varia em função das conveniências tácticas de circunstância. Pessoas como o deputado Pacheco Pereira, em tempos um dos mais ferozes inimigos do bloco central e que ontem, na página de opinião de que dispõe no Público, apregoava os méritos de um entendimento entre o PS e o PSD (com o CDS a reboque) como "única saída democrática para a nossa crise".Dias depois de ter advogado que o Governo de José Sócrates "deve cumprir a legislatura toda até 2013".
De uma coerência arrasadora: Pacheco certamente continuará a merecer honras de citação da Direcção-Geral da Propaganda. O que diz muito sobre o espírito do tempo. Hei-de sentar-me num banco do jardim de Santo Amaro a meditar sobre o assunto.
tags: crise, pacheco pereira, pc, portugal
Fonte - http://albergueespanhol.blogs.sapo.pt/

NB - Será que ainda não deu para perceber. que a falta de confiança ma classe política. tende a unir as pessoas,porque mão têm quem as defenda ?
É populismo, apresenta vários perigos, mas é um meio de responder à agressão, e aos devaneios de uma classe política, que não parece ter capacidade para estar à frente dos destinos da nação.
As pessoas colocados fora do rebanho parecem meter aos políticos.
Porque será ?

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