quarta-feira, 30 de março de 2011
Transcendência / Ontologia
Psicoanalizare: Transcendência / Ontologia: "O homem não cabe em si de contente, exterioriza, chegando por vezes ao êxtase, a uma euforia sem limites. A questão de grau parece ser evide..."
segunda-feira, 28 de março de 2011
Felicidade Realista
Crônica de Martha Medeiros
A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor?
Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando.
Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.
Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade.
Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.
Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.
Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
Martha Medeiros Fonte - http://euemeumedo.blogspot.com
A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor?
Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando.
Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.
Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade.
Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.
Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.
Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
Martha Medeiros Fonte - http://euemeumedo.blogspot.com
domingo, 27 de março de 2011
O devir eterno
Psicoanalizare: O devir eterno: "Falarmos do ciclo da vida como função implica uma sistematização, um devir eterno, repetitivo, mecanicista, sem que exista nesse movimento, ..."
Baixaria na net
Celebridades em crise no Twitter: abandonar perfil é solução?
Rede social é um negócio definitivamente complicado. Principalmente para empresas e pessoas jurídicas. É uma vidraça em que tomates e ovos podres podem ser lançados sem muito esforço, além do clique de um mouse. Todos entram na rede com a expectativa de que o Twitter, o Facebook ou qual seja a rede social os ajude a alavancar a força de marca, a gerar buzz, seguidores. São sempre expectativas otimistas, claro. E aí, quando há um contratempo, um arranho na imagem, cobranças por parte do público... O que fazer?
Abandonar o barco é que não pode ser. Muito menos partir para a agressão. Mas isso tem acontecido com uma certa frequência, principalmente entre perfis de celebridades. Empresas não ousariam (pelo menos quero crer que não!) xingar um opositor de "idiota" em pleno Twitter. Mas algumas celebridades e jornalistas assim o fazem, sem perceber a tênue linha que separa a vida privada das pessoas públicas que efetivamente são e procuram ser (caso contrário, não fariam questão de ter um perfil no Twitter). Alguns casos ajudam a ilustrar isso. Um é bem antiguinho, o outro é recente. Falarei sobre ambos, fazendo minhas considerações.
O caso Xuxa:
Em agosto de 2009, Xuxa estava envolvida na gravação de O mistério de Feiurinha, adaptação de um livro infantil do escritor Pedro Bandeira. Escalou a filha, Sasha, para o papel principal do filme e as duas pareciam bem empolgadas com o projeto. Xuxa havia criado um perfil no Twitter em que mantinha contato intenso com seus fãs (e detratores) e utilizava o espaço para escrever sobre a rotina de produção do filme. Um dia, Sasha usou o perfil da mãe para mandar uma mensagem a todos:
Sou eu Sasha. Estou aqui filmando e vai ser um ótimo filme. Tenho que ir... Vou fazer uma sena com a cobra
A reação foi quase imediata. Tweets caçoavam do erro ortográfico da menina - alguns posts eram até bastante agressivos. A mãe Xuxa não gostou nada da forma como trataram sua filha no mundo virtual e perdeu a cabeça. Esquecendo de tudo o que representava (e representa) para milhões de crianças, escreveu:
Para quem não sabe, minha filha foi alfabetizada em inglês. Vou pensar muito em colocá-la para falar com vocês, ela não merece ouvir certas merdas
Isso só colocou mais lenha na fogueira e motivou uma campanha que incentivava os usuários a deixar de segui-la. Xuxa deletou os dois posts - o que tinha o erro de português de Sasha e o seu, "falando" palavrão - , mas já era tarde: o estrago estava feito. O final da história é que a própria Xuxa tomou a iniciativa de abandonar o microblog:
fui vcs não merecem falar comigo nem com meu anjo
Claro que não é aceitável que pessoas se utilizem do relativo anonimato que as redes sociais proporcionam para falar de maneira agressiva e grosseira com uma menina de 11 anos. Mas a reação de uma pessoa pública como a Xuxa tinha que ser dosada na medida certa. Falar palavrão e abandonar o Twitter não são boas respostas! Imagine um perfil de uma empresa, por exemplo, um perfil da Pepsi falando palavrão e dizendo que vai abandonar o Twitter porque as pessoas estão falando mal do refrigerante... Soa ridículo, não? Vale o mesmo para a rainha dos baixinhos.
O caso Tiago Leifert
O apresentador do "Globo Esporte" Tiago Leifert começou uma trajetória quase meteórica de sucesso depois que foi escalado para ancorar a "Central da Copa" que a Rede Globo exibia durante as transmissões de partidas da Copa do Mundo de 2010. O jeito descontraído do rapaz atraiu público não só para a "Central", mas também para o diário esportivo da emissora que ele já apresentava. No Twitter, esse sucesso se concretizou nos mais de 840 mil seguidores que o perfil de Leifert atualmente tem.
Nas últimas semanas, o ambiente do mundo futebolístico tem andado bastante conturbado. A cisão no Clube dos 13 sobre a negociação dos direitos de transmissão das próximas edições do Campeonato Brasileiro colocou Globo, Redetv e Record num grande embate. O Congresso Nacional acabou de anunciar que planeja instaurar uma CPI para investigar a CBF.
Parece óbvio que, como apresentador e editor-chefe do "Globo Esporte", Tiago Leifert seria questionado pelos telespectadores a respeito de possíveis matérias que o telejornal pudesse fazer sobre os dois temas polêmicos. Óbvio para todo mundo, menos para o próprio Tiago: a sensação é que o apresentador não estava mesmo preparado para esses questionamentos.
Sobre a CPI da CBF, ele postou um comentário bem-humorado:
Aos amigos preocupados com a CPI da CBF, duas coisas: 1) se houver cpi, o assunto entra nos jornais de rede. 2) eh sabado, vai namorar
Mas os questionamentos não acabaram:
caro @TiagoLeifert há alguma matéria sobre a #CPIdaCBFprogramada para o GE!?
Resposta:
@amaral83 meu amigo, eh sabado. Vai arrumar uma mulher.
Um usuário retuitou a pergunta de um outro:
Boa pergunta RT:@TonFigueiredo @TiagoLeifert pensei q entraria na pauta no GE de hj alguma coisa sobre a#CPIdaCBF, isso não é importante?
Resposta:
@Pedrinhu505 @tonfigueiredo boa pergunta p uma segunda feira. Get a life.
Por fim, na quarta-feira, Tiago Leifert anunciou:
Vou dar um tempo do twitter pq o nivel de discussão está baixíssimo e minha paciência curta. Não quero perder a linha. Até mais.
Elogiável que o jornalista se afaste do Twitter para não perder a linha. Infelizmente, um pouco tarde demais, como podemos ver pelos posts anteriores. Já havia perdido a linha, agredido usuários sem qualquer razão. Outra coisa: se vai se afastar, que necessidade há em anunciar isso? É melhor sair "à francesa", monitorar o perfil por um tempinho e depois voltar a falar quando os ânimos estivessem menos exaltados, com posicionamentos sérios sobre o assunto.
Celebridades têm, claro, pontos que as diferenciam das empresas. Sentem, choram, sofrem, ficam zangadas. E essa diferença fica ainda mais evidente na interação direta com o público que as redes sociais proporcionam. Mas, no que tem de básico, celebridades e empresas são iguais: produtos com público-alvo etc e tal. Então, para as celebridades nas redes sociais, vale essa regrinha de ouro: agir como pessoa e reagir como empresa.
(Fonte - www.Artigonal,com SC #4481768)
Elaine Pinto - Perfil do Autor:
Elaine Pinto é comunicadora social, especializada em Comunicação Empresarial e com sete anos de experiência em Webjornalismo. Completamente fascinada pelo mundo das redes sociais e da Web 2.0 (3.0, um dia, quem sabe?). Adora comunicação, mas detesta falar ao telefone. Mantém o blog Visão Jornalística, com análises sobre Jornalismo e Comunicação.
Rede social é um negócio definitivamente complicado. Principalmente para empresas e pessoas jurídicas. É uma vidraça em que tomates e ovos podres podem ser lançados sem muito esforço, além do clique de um mouse. Todos entram na rede com a expectativa de que o Twitter, o Facebook ou qual seja a rede social os ajude a alavancar a força de marca, a gerar buzz, seguidores. São sempre expectativas otimistas, claro. E aí, quando há um contratempo, um arranho na imagem, cobranças por parte do público... O que fazer?
Abandonar o barco é que não pode ser. Muito menos partir para a agressão. Mas isso tem acontecido com uma certa frequência, principalmente entre perfis de celebridades. Empresas não ousariam (pelo menos quero crer que não!) xingar um opositor de "idiota" em pleno Twitter. Mas algumas celebridades e jornalistas assim o fazem, sem perceber a tênue linha que separa a vida privada das pessoas públicas que efetivamente são e procuram ser (caso contrário, não fariam questão de ter um perfil no Twitter). Alguns casos ajudam a ilustrar isso. Um é bem antiguinho, o outro é recente. Falarei sobre ambos, fazendo minhas considerações.
O caso Xuxa:
Em agosto de 2009, Xuxa estava envolvida na gravação de O mistério de Feiurinha, adaptação de um livro infantil do escritor Pedro Bandeira. Escalou a filha, Sasha, para o papel principal do filme e as duas pareciam bem empolgadas com o projeto. Xuxa havia criado um perfil no Twitter em que mantinha contato intenso com seus fãs (e detratores) e utilizava o espaço para escrever sobre a rotina de produção do filme. Um dia, Sasha usou o perfil da mãe para mandar uma mensagem a todos:
Sou eu Sasha. Estou aqui filmando e vai ser um ótimo filme. Tenho que ir... Vou fazer uma sena com a cobra
A reação foi quase imediata. Tweets caçoavam do erro ortográfico da menina - alguns posts eram até bastante agressivos. A mãe Xuxa não gostou nada da forma como trataram sua filha no mundo virtual e perdeu a cabeça. Esquecendo de tudo o que representava (e representa) para milhões de crianças, escreveu:
Para quem não sabe, minha filha foi alfabetizada em inglês. Vou pensar muito em colocá-la para falar com vocês, ela não merece ouvir certas merdas
Isso só colocou mais lenha na fogueira e motivou uma campanha que incentivava os usuários a deixar de segui-la. Xuxa deletou os dois posts - o que tinha o erro de português de Sasha e o seu, "falando" palavrão - , mas já era tarde: o estrago estava feito. O final da história é que a própria Xuxa tomou a iniciativa de abandonar o microblog:
fui vcs não merecem falar comigo nem com meu anjo
Claro que não é aceitável que pessoas se utilizem do relativo anonimato que as redes sociais proporcionam para falar de maneira agressiva e grosseira com uma menina de 11 anos. Mas a reação de uma pessoa pública como a Xuxa tinha que ser dosada na medida certa. Falar palavrão e abandonar o Twitter não são boas respostas! Imagine um perfil de uma empresa, por exemplo, um perfil da Pepsi falando palavrão e dizendo que vai abandonar o Twitter porque as pessoas estão falando mal do refrigerante... Soa ridículo, não? Vale o mesmo para a rainha dos baixinhos.
O caso Tiago Leifert
O apresentador do "Globo Esporte" Tiago Leifert começou uma trajetória quase meteórica de sucesso depois que foi escalado para ancorar a "Central da Copa" que a Rede Globo exibia durante as transmissões de partidas da Copa do Mundo de 2010. O jeito descontraído do rapaz atraiu público não só para a "Central", mas também para o diário esportivo da emissora que ele já apresentava. No Twitter, esse sucesso se concretizou nos mais de 840 mil seguidores que o perfil de Leifert atualmente tem.
Nas últimas semanas, o ambiente do mundo futebolístico tem andado bastante conturbado. A cisão no Clube dos 13 sobre a negociação dos direitos de transmissão das próximas edições do Campeonato Brasileiro colocou Globo, Redetv e Record num grande embate. O Congresso Nacional acabou de anunciar que planeja instaurar uma CPI para investigar a CBF.
Parece óbvio que, como apresentador e editor-chefe do "Globo Esporte", Tiago Leifert seria questionado pelos telespectadores a respeito de possíveis matérias que o telejornal pudesse fazer sobre os dois temas polêmicos. Óbvio para todo mundo, menos para o próprio Tiago: a sensação é que o apresentador não estava mesmo preparado para esses questionamentos.
Sobre a CPI da CBF, ele postou um comentário bem-humorado:
Aos amigos preocupados com a CPI da CBF, duas coisas: 1) se houver cpi, o assunto entra nos jornais de rede. 2) eh sabado, vai namorar
Mas os questionamentos não acabaram:
caro @TiagoLeifert há alguma matéria sobre a #CPIdaCBFprogramada para o GE!?
Resposta:
@amaral83 meu amigo, eh sabado. Vai arrumar uma mulher.
Um usuário retuitou a pergunta de um outro:
Boa pergunta RT:@TonFigueiredo @TiagoLeifert pensei q entraria na pauta no GE de hj alguma coisa sobre a#CPIdaCBF, isso não é importante?
Resposta:
@Pedrinhu505 @tonfigueiredo boa pergunta p uma segunda feira. Get a life.
Por fim, na quarta-feira, Tiago Leifert anunciou:
Vou dar um tempo do twitter pq o nivel de discussão está baixíssimo e minha paciência curta. Não quero perder a linha. Até mais.
Elogiável que o jornalista se afaste do Twitter para não perder a linha. Infelizmente, um pouco tarde demais, como podemos ver pelos posts anteriores. Já havia perdido a linha, agredido usuários sem qualquer razão. Outra coisa: se vai se afastar, que necessidade há em anunciar isso? É melhor sair "à francesa", monitorar o perfil por um tempinho e depois voltar a falar quando os ânimos estivessem menos exaltados, com posicionamentos sérios sobre o assunto.
Celebridades têm, claro, pontos que as diferenciam das empresas. Sentem, choram, sofrem, ficam zangadas. E essa diferença fica ainda mais evidente na interação direta com o público que as redes sociais proporcionam. Mas, no que tem de básico, celebridades e empresas são iguais: produtos com público-alvo etc e tal. Então, para as celebridades nas redes sociais, vale essa regrinha de ouro: agir como pessoa e reagir como empresa.
(Fonte - www.Artigonal,com SC #4481768)
Elaine Pinto - Perfil do Autor:
Elaine Pinto é comunicadora social, especializada em Comunicação Empresarial e com sete anos de experiência em Webjornalismo. Completamente fascinada pelo mundo das redes sociais e da Web 2.0 (3.0, um dia, quem sabe?). Adora comunicação, mas detesta falar ao telefone. Mantém o blog Visão Jornalística, com análises sobre Jornalismo e Comunicação.
sábado, 26 de março de 2011
A mentira como ato de libertação
Será a mentira, a tentativa de um ato de libertação imaginário ou real ?
A resposta é tão evidente, ou ela é subjetiva ?
A subjetividade não está na pergunta, mas sim no sujeito, não lhe parece ?
Mas o que é o imaginário e o real para o sujeito ?
O real para um, será o mesmo para outro ser humano ?
O imaginário será a tentativa de enxergar para além da realidade ?
Ou a proibição do real, provoca o imaginário ?
E se assim for, não lhe parece que a proibição provoca a mentira ?
Proibir, não é ocultar ? Será mesmo ?
Ou aquilo que é proibido, porque não se pode tocar, tapamos com um pano preto, para que fique oculto ?
Ficar oculto, indica que não pode ser conhecido.
O conhecido é o real, a verdade.
O que será a mentira ?
O imaginário ?
Toda esta construção se deve a um ser pensante, que pensa os seus próprios pensamentos, que enxerga os pensamentos dos outros e não só os seus, e percebe que não existe uma só construção daquilo que pensa, mesmo partindo do racional, ou do emocional.
São pensamentos próprios, que envolvem proibições, que geram inibições, que nos condiciona a postura, que não percebemos bem o porquê, que nos retira a liberdade, a autonomia e a vontade de ser quem somos, para não sermos coisa nenhum, anulação de nós próprios, teimosos, prepotentes, agressores, porque fomos agredidos, querendo ter razão, porque alguém teve antes de nós, fazemos o mesmo que nos fizeram, ou não fazemos coisa nenhuma, porque fartos da repressão já não queremos nada da vida, vivendo, morrendo.
Vamos viver ?
A tentativa, já é a esperança, vamos experimentar.?
Tente perceber o que está dentro de si
A tarefa consiste em conhecer-se.
A resposta é tão evidente, ou ela é subjetiva ?
A subjetividade não está na pergunta, mas sim no sujeito, não lhe parece ?
Mas o que é o imaginário e o real para o sujeito ?
O real para um, será o mesmo para outro ser humano ?
O imaginário será a tentativa de enxergar para além da realidade ?
Ou a proibição do real, provoca o imaginário ?
E se assim for, não lhe parece que a proibição provoca a mentira ?
Proibir, não é ocultar ? Será mesmo ?
Ou aquilo que é proibido, porque não se pode tocar, tapamos com um pano preto, para que fique oculto ?
Ficar oculto, indica que não pode ser conhecido.
O conhecido é o real, a verdade.
O que será a mentira ?
O imaginário ?
Toda esta construção se deve a um ser pensante, que pensa os seus próprios pensamentos, que enxerga os pensamentos dos outros e não só os seus, e percebe que não existe uma só construção daquilo que pensa, mesmo partindo do racional, ou do emocional.
São pensamentos próprios, que envolvem proibições, que geram inibições, que nos condiciona a postura, que não percebemos bem o porquê, que nos retira a liberdade, a autonomia e a vontade de ser quem somos, para não sermos coisa nenhum, anulação de nós próprios, teimosos, prepotentes, agressores, porque fomos agredidos, querendo ter razão, porque alguém teve antes de nós, fazemos o mesmo que nos fizeram, ou não fazemos coisa nenhuma, porque fartos da repressão já não queremos nada da vida, vivendo, morrendo.
Vamos viver ?
A tentativa, já é a esperança, vamos experimentar.?
Tente perceber o que está dentro de si
A tarefa consiste em conhecer-se.
Lixo humano nas ruas !!!
Mais dois moradores de rua morrem em Alagoas
Por Ricardo Rodrigues | Agência Estado – qua, 23 de mar de 2011 18:57 BRT
Mais dois moradores de rua são assassinados em Alagoas, subindo para dez os casos de execução de vulneráveis, só este ano, no Estado. A nona vítima foi um adolescente de aproximadamente 15 anos, assassinado hoje com quatro tiros na cabeça, em Maceió. Segundo a polícia, o crime foi praticado por dois homens ainda não identificados.
De acordo com informações registradas no Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML), o adolescente, ainda não identificado, tinha aproximadamente 15 anos, cor branca, vestia camisa e bermuda, ambas de cor preta. No bolso da bermuda, os policiais encontraram uma "marica" - instrumento usado para consumir drogas. Até o final da tarde de hoje, a polícia desconhecia os motivos do homicídio e os autores dos tiros.
Outro morador de rua, também não identificado, morreu no Hospital Geral do Estado (HGE), na manhã de hoje. Ele tinha sido internado no local, na semana passada, após ser agredido a golpes de tijolo, no bairro do Jacintinho. A polícia ainda não tem informações sobre suspeitos e autores do crime.
Por Ricardo Rodrigues | Agência Estado – qua, 23 de mar de 2011 18:57 BRT
Mais dois moradores de rua são assassinados em Alagoas, subindo para dez os casos de execução de vulneráveis, só este ano, no Estado. A nona vítima foi um adolescente de aproximadamente 15 anos, assassinado hoje com quatro tiros na cabeça, em Maceió. Segundo a polícia, o crime foi praticado por dois homens ainda não identificados.
De acordo com informações registradas no Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML), o adolescente, ainda não identificado, tinha aproximadamente 15 anos, cor branca, vestia camisa e bermuda, ambas de cor preta. No bolso da bermuda, os policiais encontraram uma "marica" - instrumento usado para consumir drogas. Até o final da tarde de hoje, a polícia desconhecia os motivos do homicídio e os autores dos tiros.
Outro morador de rua, também não identificado, morreu no Hospital Geral do Estado (HGE), na manhã de hoje. Ele tinha sido internado no local, na semana passada, após ser agredido a golpes de tijolo, no bairro do Jacintinho. A polícia ainda não tem informações sobre suspeitos e autores do crime.
sexta-feira, 25 de março de 2011
Psicoanalizare: Tempos de mudança
Psicoanalizare: Tempos de mudança: "Continuamos a insistir, e a teorizar acerca daquilo que deve ser, e não é, ás voltas com uma organização social e política que não existe, d..."
domingo, 20 de março de 2011
Experiência de quase morte II
Os fatos se revelam por si mesmo sem necessitarem da intervenção humana.
São os fenómenos que observamos, ou sentimos, como resultante de algo anterior, proveniente de uma relação, que produziu seus efeitos.
Eles acontecem, tanto na interioridade humana, como podem ser visíveis exteriormente.
Na interioridade de cada um, o que se revela, na maioria das vezes não sabemos, e até o próprio em muitas ocasiões não consegue perceber o que está a acontecer consigo.
É esta ignorância acerca dos fenómenos, que desperta o indivíduo para o desejo de saber, mas apenas quando sente essa necessidade.
Tão certos estávamos do nosso saber, que uma vez frustrados parece que nada sabemos, navegando em vagas alteradas de um mar agitado, que nos quer empurrar para o fundo, fazendo um esforço tremendo para resistir.
O pior é quando pretendemos de volta o que perdemos, que é difícil encontrar, ou se perdeu para sempre, ficamos nessa luta insana, e inglória, até que somos engolidos pela própria natureza das coisas.
Porque nas experiências de quase morte, umas pessoas afirmam ter visto uma luz ao fundo de um túnel, outras falam com os parentes e conhecidos mortos, e ainda damos conta daqueles, que se encontram com os anjos, ou falam com Deus ?
Porque no retorno á vida mundana, uma parte altera a sua forma de estar, e entender a vida, e outra não ?
A meu ver, observar apenas o fenómeno, e extrair daí conclusões, emprestando uma suposta razão ao conhecido, suportada por uma idéia qualquer, ou pela crença, sem estar de posse do histórico de vida dessa pessoa é cair na resposta fácil, seduzindo os outros a seguir o mesmo caminho.
No caso que vos apresentei, da experiência de quase morte de meu pai, não produziu qualquer tipo de alteração de comportamento posterior.
O mesmo sucede com muitas outras pessoas sujeitas ao mesmo fenómeno.
Atrevo-me a dizer, que nem poderia produzir qualquer tipo de alteração de sua postura, dado que nunca acreditou na vida para além da vida, ou para além da morte, como quisermos entender. Deus para ele não existia, muito menos fantasmas, ou espíritos vagueando.
São os fenómenos que observamos, ou sentimos, como resultante de algo anterior, proveniente de uma relação, que produziu seus efeitos.
Eles acontecem, tanto na interioridade humana, como podem ser visíveis exteriormente.
Na interioridade de cada um, o que se revela, na maioria das vezes não sabemos, e até o próprio em muitas ocasiões não consegue perceber o que está a acontecer consigo.
É esta ignorância acerca dos fenómenos, que desperta o indivíduo para o desejo de saber, mas apenas quando sente essa necessidade.
Tão certos estávamos do nosso saber, que uma vez frustrados parece que nada sabemos, navegando em vagas alteradas de um mar agitado, que nos quer empurrar para o fundo, fazendo um esforço tremendo para resistir.
O pior é quando pretendemos de volta o que perdemos, que é difícil encontrar, ou se perdeu para sempre, ficamos nessa luta insana, e inglória, até que somos engolidos pela própria natureza das coisas.
Porque nas experiências de quase morte, umas pessoas afirmam ter visto uma luz ao fundo de um túnel, outras falam com os parentes e conhecidos mortos, e ainda damos conta daqueles, que se encontram com os anjos, ou falam com Deus ?
Porque no retorno á vida mundana, uma parte altera a sua forma de estar, e entender a vida, e outra não ?
A meu ver, observar apenas o fenómeno, e extrair daí conclusões, emprestando uma suposta razão ao conhecido, suportada por uma idéia qualquer, ou pela crença, sem estar de posse do histórico de vida dessa pessoa é cair na resposta fácil, seduzindo os outros a seguir o mesmo caminho.
No caso que vos apresentei, da experiência de quase morte de meu pai, não produziu qualquer tipo de alteração de comportamento posterior.
O mesmo sucede com muitas outras pessoas sujeitas ao mesmo fenómeno.
Atrevo-me a dizer, que nem poderia produzir qualquer tipo de alteração de sua postura, dado que nunca acreditou na vida para além da vida, ou para além da morte, como quisermos entender. Deus para ele não existia, muito menos fantasmas, ou espíritos vagueando.
sábado, 19 de março de 2011
Experiência de quase morte
Eram três da madrugada, o telefone tocou, o que àquele hora é sempre motivo de preocupação, um mau prenúncio, a não ser que alguém tenha ligado por engano.
Atendi o telefonema, e dei conta de uma mulher a chorar convulsivamente, muito embora não conseguisse perceber o que dizia, lhe reconheci a voz.
Era a D.Irene, esposa de meu pai, que não minha mãe, que falecera muito tempo atrás, a dar-me notícia do seu internamento urgente no Hospital de Abrantes, centro de Portugal, em estado de coma.
Pedi que mantivesse alguma tranqüilidade, que eu iria de imediato ao hospital para saber o que se estava a passar.
No dia anterior tinha passado por sua casa, estava de cama adoentado, e no meio da nossa conversa disse alguma coisa, que não fazia sentido, retomando de imediato o diálogo que estávamos a ter.
Agora percebi, que aquela frase curta, que não fazia sentido, seria, embora momentâneo, o inicio de um estado alterado de lucidez, anunciando o coma.
Tentei culpar-me por não me ter apercebido do que estava a acontecer, mas não havia tempo para lamentações, porque a hora era difícil, exigia de mim toda a energia para dar os passos necessários para inteirar-me da situação clínica em que meu pai se encontrava.
Deixei a casa aos cuidados da mãe de meus filhos, então minha esposa, e coloquei os pés a caminho, dado que a jornada era longa, e teria ainda de percorrer cento e cinqüenta quilômetros até chegar ao hospital.
È nestas ocasiões, que nos apercebemos da importância de ter um automóvel á porta de casa, e lá fui com destino marcado, com lágrimas nos olhos, pensando que desta vez seria difícil meu pai escapar da morte.
Durante o percurso tentei mentalizar-me, que a vida é assim mesmo, que um dia estaremos nós na mesma situação, ente a vida e a morte, á espera de ficarmos fechados dentro de quatro tábuas com um balde de cal despejado na barriga, para mais depressa apodrecer, porque outros estão na fila de espera, e o terreno do cemitério é escasso.
Mas como em situações difíceis existe sempre um restinho de esperança do quase morto retornar á vida, a idéia de vez em quando me assaltava , talvez por necessidade de tranqüilizar a minha angústia e tristeza.
No entanto existia um passado recente de luta contra um câncer da próstata, com metástases ósseas, em que o valente resistiu, muito embora com dores horríveis e sofrimento, ao ponto do seu processo de recuperação espantar os médicos, que não acreditavam no que estava acontecer.
Cheguei ao hospital por volta das cinco horas da manhã.
Tudo á meia luz, no meio de um silêncio absoluto, sem que uma alma viva estivesse presente, entrei pelos corredores da morte à espera de encontrar meu pai com vida, cuja intenção seria dar-lhe a mão, e dizer-lhe, estou contigo.
Devo confessar que estas poucas linhas me emocionam profundamente, coisa que não sinto ao escrever as minhas memórias da guerra colonial, em que o afeto fala sempre mais alto que os próprios acontecimentos.
Não era a morte que temia, mas a ausência física de meu pai.
Não era a morte que temia, mas as suas palavras amigas.
Não era a morte que temia, mas a alegria de o ter vivo, e de partilhar consigo alguns momentos.
Encontrei o médico de plantão, e tentei inteirar-me do seu estado de saúde.
- Seu pai está em coma. Agora está nas mãos de Deus.
Estaria nas mãos daquele em que não acreditava que existisse.
Agradeci ao médico a informação, sai do hospital pensativo, e com um aperto no peito, com a missão espinhosa de amparar a mulher que chorava por ele, a tentando preparar para a morte.
As histórias que contamos para tentar consolar o outro, e a nós mesmos, são sempre as mesmas.
A vida é assim mesmo, mão tem volta a dar, é preciso ser forte nas horas difíceis, blá, blá, blá.
com uma vontade enorme de chorar com ela, deveria resistir para que o quadro não ficasse tão negro.
D.Irene, temos que nos preparar, ser forte, porque desta será muito provável que não possa escapar.
Mulher dedicada, mas sempre preocupada em excesso, negativa, mas boa senhora, derramou as últimas lágrimas de uma noite assombrada pelo o fantasma da morte, em que a solidão da viuvez decerto também a atormentava.
Entretanto já era dia, sete horas de uma manhã amena de Verão, deixei a D.Irene, desta feita acompanhada por gente amiga, e retornei ao hospital, cuja intenção seria tentar ver, e estar com meu pai.
Encontrei um enfermeiro amigo de infância, contei o que se estava a passar, pedi que me informasse da situação clinica atual, sem paninhos quentes.
O meu amigo Catarino lá foi aos cuidados intensivos para se aperceber do estado de meu pai, enquanto eu fumava um cigarro, e tentava preparar-me para o pior.
Naqueles breves instantes, que parecem uma eternidade, tudo rola na cabeça, num mar de dúvidas, de incertezas,, cujo fim não desejamos.
Amor de filho é muito forte, pelo menos no meu caso, que sempre a voz firme do comandante se fazia ouvir, bem como o afeto de um companheiro de jornada.
Passado algum tempo o Catarino regressou, e disparou sem mais nem menos:
- O que se passou com o teu pai ?
Julguei que não tinha percebido o que lhe havia dito anteriormente, ou com a aflição nem sequer teria contado o estado de coma em que se encontrava.
-Estive com ele, pareceu-me bem disposto, pelo menos sorridente estava.
Não contive as lágrimas, abracei o Catarino, agradeci o favor, e preparei-me para o ir ver.
Dei algum tempo a mim próprio na tentativa de recuperar alguma tranqüilidade.
Entrei nos cuidados intensivos com um leve sorriso nos lábios, como sinal de esperança, que a vida ainda não tinha terminado para nós dois, cuja finalidade seria sentir, que não estava sozinho, de alguma forma protegido, dado que o afeto se traduz através de um apoio incondicional nas horas mais difíceis.
- Então pão, o que aconteceu ?
- Com um sorriso nos lábios, disse:
- :Morri, mas estou de volta. Morrer não custa nada.
Era sempre assim realista, sem denguices, com o sentido da vida, sem lágrimas, angústia e tristeza, encarando as adversidades da doença, os problemas do dia a dia, e até a própria morte. Só pedia uma morte ¨santa ¨, porque as dores provocadas pelo o câncer foram horríveis, insuportáveis, a ponto de me pedir para o matar.
- Desta já me safei, disse ele. A sorte de um homem é escapar.
Nada de dramatismo, de coitadinho.
- Enquanto dormia o sono da morte, vi uma luz no fundo de um túnel.
Meu pai tinha tido uma experiência de quase morte, mas nem sequer parecia um pouco afetado por isso .
- Deixei-me ficar e não a quis seguir, disse ele.
- Mais tarde, não sei se voltou a ver essa luz, mas comunicou o propósito de partir, em virtude de a vida já não fazer sentido para ele, e trinta dias depois o acompanhei á sua última morada.
Que descanse em paz meu pai.
Lembrei-me de Einstein e da sua teoria da relatividade, em que a velocidade da luz nos faz navegar em outras galáxias.
Será a vida as trevas, o lado escuro e estranho do universo ?
Atendi o telefonema, e dei conta de uma mulher a chorar convulsivamente, muito embora não conseguisse perceber o que dizia, lhe reconheci a voz.
Era a D.Irene, esposa de meu pai, que não minha mãe, que falecera muito tempo atrás, a dar-me notícia do seu internamento urgente no Hospital de Abrantes, centro de Portugal, em estado de coma.
Pedi que mantivesse alguma tranqüilidade, que eu iria de imediato ao hospital para saber o que se estava a passar.
No dia anterior tinha passado por sua casa, estava de cama adoentado, e no meio da nossa conversa disse alguma coisa, que não fazia sentido, retomando de imediato o diálogo que estávamos a ter.
Agora percebi, que aquela frase curta, que não fazia sentido, seria, embora momentâneo, o inicio de um estado alterado de lucidez, anunciando o coma.
Tentei culpar-me por não me ter apercebido do que estava a acontecer, mas não havia tempo para lamentações, porque a hora era difícil, exigia de mim toda a energia para dar os passos necessários para inteirar-me da situação clínica em que meu pai se encontrava.
Deixei a casa aos cuidados da mãe de meus filhos, então minha esposa, e coloquei os pés a caminho, dado que a jornada era longa, e teria ainda de percorrer cento e cinqüenta quilômetros até chegar ao hospital.
È nestas ocasiões, que nos apercebemos da importância de ter um automóvel á porta de casa, e lá fui com destino marcado, com lágrimas nos olhos, pensando que desta vez seria difícil meu pai escapar da morte.
Durante o percurso tentei mentalizar-me, que a vida é assim mesmo, que um dia estaremos nós na mesma situação, ente a vida e a morte, á espera de ficarmos fechados dentro de quatro tábuas com um balde de cal despejado na barriga, para mais depressa apodrecer, porque outros estão na fila de espera, e o terreno do cemitério é escasso.
Mas como em situações difíceis existe sempre um restinho de esperança do quase morto retornar á vida, a idéia de vez em quando me assaltava , talvez por necessidade de tranqüilizar a minha angústia e tristeza.
No entanto existia um passado recente de luta contra um câncer da próstata, com metástases ósseas, em que o valente resistiu, muito embora com dores horríveis e sofrimento, ao ponto do seu processo de recuperação espantar os médicos, que não acreditavam no que estava acontecer.
Cheguei ao hospital por volta das cinco horas da manhã.
Tudo á meia luz, no meio de um silêncio absoluto, sem que uma alma viva estivesse presente, entrei pelos corredores da morte à espera de encontrar meu pai com vida, cuja intenção seria dar-lhe a mão, e dizer-lhe, estou contigo.
Devo confessar que estas poucas linhas me emocionam profundamente, coisa que não sinto ao escrever as minhas memórias da guerra colonial, em que o afeto fala sempre mais alto que os próprios acontecimentos.
Não era a morte que temia, mas a ausência física de meu pai.
Não era a morte que temia, mas as suas palavras amigas.
Não era a morte que temia, mas a alegria de o ter vivo, e de partilhar consigo alguns momentos.
Encontrei o médico de plantão, e tentei inteirar-me do seu estado de saúde.
- Seu pai está em coma. Agora está nas mãos de Deus.
Estaria nas mãos daquele em que não acreditava que existisse.
Agradeci ao médico a informação, sai do hospital pensativo, e com um aperto no peito, com a missão espinhosa de amparar a mulher que chorava por ele, a tentando preparar para a morte.
As histórias que contamos para tentar consolar o outro, e a nós mesmos, são sempre as mesmas.
A vida é assim mesmo, mão tem volta a dar, é preciso ser forte nas horas difíceis, blá, blá, blá.
com uma vontade enorme de chorar com ela, deveria resistir para que o quadro não ficasse tão negro.
D.Irene, temos que nos preparar, ser forte, porque desta será muito provável que não possa escapar.
Mulher dedicada, mas sempre preocupada em excesso, negativa, mas boa senhora, derramou as últimas lágrimas de uma noite assombrada pelo o fantasma da morte, em que a solidão da viuvez decerto também a atormentava.
Entretanto já era dia, sete horas de uma manhã amena de Verão, deixei a D.Irene, desta feita acompanhada por gente amiga, e retornei ao hospital, cuja intenção seria tentar ver, e estar com meu pai.
Encontrei um enfermeiro amigo de infância, contei o que se estava a passar, pedi que me informasse da situação clinica atual, sem paninhos quentes.
O meu amigo Catarino lá foi aos cuidados intensivos para se aperceber do estado de meu pai, enquanto eu fumava um cigarro, e tentava preparar-me para o pior.
Naqueles breves instantes, que parecem uma eternidade, tudo rola na cabeça, num mar de dúvidas, de incertezas,, cujo fim não desejamos.
Amor de filho é muito forte, pelo menos no meu caso, que sempre a voz firme do comandante se fazia ouvir, bem como o afeto de um companheiro de jornada.
Passado algum tempo o Catarino regressou, e disparou sem mais nem menos:
- O que se passou com o teu pai ?
Julguei que não tinha percebido o que lhe havia dito anteriormente, ou com a aflição nem sequer teria contado o estado de coma em que se encontrava.
-Estive com ele, pareceu-me bem disposto, pelo menos sorridente estava.
Não contive as lágrimas, abracei o Catarino, agradeci o favor, e preparei-me para o ir ver.
Dei algum tempo a mim próprio na tentativa de recuperar alguma tranqüilidade.
Entrei nos cuidados intensivos com um leve sorriso nos lábios, como sinal de esperança, que a vida ainda não tinha terminado para nós dois, cuja finalidade seria sentir, que não estava sozinho, de alguma forma protegido, dado que o afeto se traduz através de um apoio incondicional nas horas mais difíceis.
- Então pão, o que aconteceu ?
- Com um sorriso nos lábios, disse:
- :Morri, mas estou de volta. Morrer não custa nada.
Era sempre assim realista, sem denguices, com o sentido da vida, sem lágrimas, angústia e tristeza, encarando as adversidades da doença, os problemas do dia a dia, e até a própria morte. Só pedia uma morte ¨santa ¨, porque as dores provocadas pelo o câncer foram horríveis, insuportáveis, a ponto de me pedir para o matar.
- Desta já me safei, disse ele. A sorte de um homem é escapar.
Nada de dramatismo, de coitadinho.
- Enquanto dormia o sono da morte, vi uma luz no fundo de um túnel.
Meu pai tinha tido uma experiência de quase morte, mas nem sequer parecia um pouco afetado por isso .
- Deixei-me ficar e não a quis seguir, disse ele.
- Mais tarde, não sei se voltou a ver essa luz, mas comunicou o propósito de partir, em virtude de a vida já não fazer sentido para ele, e trinta dias depois o acompanhei á sua última morada.
Que descanse em paz meu pai.
Lembrei-me de Einstein e da sua teoria da relatividade, em que a velocidade da luz nos faz navegar em outras galáxias.
Será a vida as trevas, o lado escuro e estranho do universo ?
quinta-feira, 17 de março de 2011
Projeção da consciência !!!
Psicoanalizare: Projeção da consciência !!!: "Projeção da consciência forçada, compulsória, patológica ? O que é isso ? Consciência, será o ato a partir do qual o indivíduo toma sentid..."
quarta-feira, 16 de março de 2011
A alma criadora
Em nenhum dos meus escritos afirmo, que aquilo que exponho é a verdade, até porque outras verdades passeiam por outras mentes, que faria da minha verdade, a mentira. Assim a verdadeira ciência não existe. O que damos conta é do estudo e investigação acerca de fenômenos físicos e mentais, que nos podem porventura conduzir mais próximo da verdade em relação aos fatos, que possam contribuir para a existência dos fenômenos. É freqüente ler, que a verdadeira ciência disto, ou daquilo, é aquela que tais senhores se arrogam no direito de divulgar, como portadores de um saber absoluto, deixando para os outros o papel da ignorância.
Quando assim rezam, não estamos perante humanos, mas de algo mágico,possuídos por poderes especiais, sobrenaturais, que detêm o poder de curar a alma humana. Que assim seja. Dizia eu, que são os fatos relacionados, que levam ao fenômeno, e não o fenômeno, que explicam os fatos anteriores. Eles decerto devem ter uma outra explicação. Os fenômenos podem ser da ordem social, religiosa, ou política, mas em todos eles podemos perceber o dedo do ser humano, que se encontra na ordem do psicológico. Se estivermos de acordo com o descrito, não nos custa entender, que tais organizações só são possíveis através da componente humana. O mesmo será afirmar, que sem a existência humana, tais formas de organização não teriam seu lugar.
Abstraindo um pouco da idéia de que existe a necessidade de o ser humano estar organizado segundo essas ordens, que não merece discussão, o que é dado ao humano está colocado segundo uma ordem física e química, em que a psique desempenha o papel de intermediário entre o mundo interior e exterior ao seu próprio corpo. Significa, que não parece que seja possível discutir o social, religioso, e político, sem de fato levar em conta a forma de organização de um ser vivo, chamado ser humano. Assim, devemos admitir, que antes de surgirem tais organizações na vida de um ser humano,este está organizado segundo uma condição material, genética / biológica.
Descansem aqueles, que esperam destes escritos a prova de existência, seja do que for,assim como do contrário, porque isso seria ferir de morte o que no princípio do texto afirmei, de que não existe a verdade, ou se ela existe,carece de prova, que nenhum de nós parece possuir.
Deixemo-nos então navegar pelo o mar das incertezas, mas tentando desbravar mares nunca antes navegados rumo a uma possível verdade, e veremos, que a cada momento nos deparamos com uma suposta verdade, que questionamos, e nos impulsiona de novo ao caminho. A resultante parece ser uma: - Na realidade perseguimos a verdade, que a cada momento nos parece fugir, faltando sempre qualquer coisa para se constituir em verdade absoluta. Procuramos incessantemente a verdade, mas nunca a encontramos, e do que damos conta são restos de uma verdade, que se encontra, não além, mas aquém de qualquer fenômeno. O segundo ponto importante: - Procurar no além é pura perda de tempo, dado que o ato criador encontra-se aquém de todo, e qualquer fenômeno sentido, ou observado.
Quando assim rezam, não estamos perante humanos, mas de algo mágico,possuídos por poderes especiais, sobrenaturais, que detêm o poder de curar a alma humana. Que assim seja. Dizia eu, que são os fatos relacionados, que levam ao fenômeno, e não o fenômeno, que explicam os fatos anteriores. Eles decerto devem ter uma outra explicação. Os fenômenos podem ser da ordem social, religiosa, ou política, mas em todos eles podemos perceber o dedo do ser humano, que se encontra na ordem do psicológico. Se estivermos de acordo com o descrito, não nos custa entender, que tais organizações só são possíveis através da componente humana. O mesmo será afirmar, que sem a existência humana, tais formas de organização não teriam seu lugar.
Abstraindo um pouco da idéia de que existe a necessidade de o ser humano estar organizado segundo essas ordens, que não merece discussão, o que é dado ao humano está colocado segundo uma ordem física e química, em que a psique desempenha o papel de intermediário entre o mundo interior e exterior ao seu próprio corpo. Significa, que não parece que seja possível discutir o social, religioso, e político, sem de fato levar em conta a forma de organização de um ser vivo, chamado ser humano. Assim, devemos admitir, que antes de surgirem tais organizações na vida de um ser humano,este está organizado segundo uma condição material, genética / biológica.
Descansem aqueles, que esperam destes escritos a prova de existência, seja do que for,assim como do contrário, porque isso seria ferir de morte o que no princípio do texto afirmei, de que não existe a verdade, ou se ela existe,carece de prova, que nenhum de nós parece possuir.
Deixemo-nos então navegar pelo o mar das incertezas, mas tentando desbravar mares nunca antes navegados rumo a uma possível verdade, e veremos, que a cada momento nos deparamos com uma suposta verdade, que questionamos, e nos impulsiona de novo ao caminho. A resultante parece ser uma: - Na realidade perseguimos a verdade, que a cada momento nos parece fugir, faltando sempre qualquer coisa para se constituir em verdade absoluta. Procuramos incessantemente a verdade, mas nunca a encontramos, e do que damos conta são restos de uma verdade, que se encontra, não além, mas aquém de qualquer fenômeno. O segundo ponto importante: - Procurar no além é pura perda de tempo, dado que o ato criador encontra-se aquém de todo, e qualquer fenômeno sentido, ou observado.
domingo, 13 de março de 2011
Políticos à rasca
Exemplar direito à indignação
por Pedro Correia
José Pacheco Pereira - o novo herói da Direcção-Geral da Propaganda - proclamou ontem,abrupto, o seu imenso nojo pela cobertura jornalística das manifestações pacíficas que levaram às ruas cerca de 300 mil pessoas de todas as idades, em várias cidades - a maior iniciativa do género em Portugal, não enquadrada por estados-maiores partidários nem caudilhos sindicais. O que tinha o ilustre pensador a proclamar sobre o assunto? Apenas isto: «Voltou-se ao PREC e aos comícios em directo.» Eis um raciocínio de uma profundidade esmagadora...
Estive na manifestação de Lisboa, sei do que falo: não houve exagero no que se disse, no que se mostrou e no que se escreveu. Não foi o desfile de arruaceiros que muitas bempensâncias previam, nos jornais e nos blogues. Não foi um palco para se exibirem extremismos de várias cores, como algumas aves agoirentas chegaram a vaticinar, em letra impressa ou na pantalha. Nem foi a marcha de "antidemocratas e niilistas" que Mário Soares temia, já esquecido do "direito à indignação" de outros tempos.
Foi, isso sim, uma exemplar demonstração de civismo. E um vigoroso cartão amarelo exibido não só ao Governo mas à generalidade da classe política - uma espécie de clube muito reservado, cujos membros se esgotam nos rituais da pequena intriga, contra adversários e correligionários, indiferentes ao pulsar da sociedade. Pessoas cuja opinião varia em função das conveniências tácticas de circunstância. Pessoas como o deputado Pacheco Pereira, em tempos um dos mais ferozes inimigos do bloco central e que ontem, na página de opinião de que dispõe no Público, apregoava os méritos de um entendimento entre o PS e o PSD (com o CDS a reboque) como "única saída democrática para a nossa crise".Dias depois de ter advogado que o Governo de José Sócrates "deve cumprir a legislatura toda até 2013".
De uma coerência arrasadora: Pacheco certamente continuará a merecer honras de citação da Direcção-Geral da Propaganda. O que diz muito sobre o espírito do tempo. Hei-de sentar-me num banco do jardim de Santo Amaro a meditar sobre o assunto.
tags: crise, pacheco pereira, pc, portugal
Fonte - http://albergueespanhol.blogs.sapo.pt/
NB - Será que ainda não deu para perceber. que a falta de confiança ma classe política. tende a unir as pessoas,porque mão têm quem as defenda ?
É populismo, apresenta vários perigos, mas é um meio de responder à agressão, e aos devaneios de uma classe política, que não parece ter capacidade para estar à frente dos destinos da nação.
As pessoas colocados fora do rebanho parecem meter aos políticos.
Porque será ?
por Pedro Correia
José Pacheco Pereira - o novo herói da Direcção-Geral da Propaganda - proclamou ontem,abrupto, o seu imenso nojo pela cobertura jornalística das manifestações pacíficas que levaram às ruas cerca de 300 mil pessoas de todas as idades, em várias cidades - a maior iniciativa do género em Portugal, não enquadrada por estados-maiores partidários nem caudilhos sindicais. O que tinha o ilustre pensador a proclamar sobre o assunto? Apenas isto: «Voltou-se ao PREC e aos comícios em directo.» Eis um raciocínio de uma profundidade esmagadora...
Estive na manifestação de Lisboa, sei do que falo: não houve exagero no que se disse, no que se mostrou e no que se escreveu. Não foi o desfile de arruaceiros que muitas bempensâncias previam, nos jornais e nos blogues. Não foi um palco para se exibirem extremismos de várias cores, como algumas aves agoirentas chegaram a vaticinar, em letra impressa ou na pantalha. Nem foi a marcha de "antidemocratas e niilistas" que Mário Soares temia, já esquecido do "direito à indignação" de outros tempos.
Foi, isso sim, uma exemplar demonstração de civismo. E um vigoroso cartão amarelo exibido não só ao Governo mas à generalidade da classe política - uma espécie de clube muito reservado, cujos membros se esgotam nos rituais da pequena intriga, contra adversários e correligionários, indiferentes ao pulsar da sociedade. Pessoas cuja opinião varia em função das conveniências tácticas de circunstância. Pessoas como o deputado Pacheco Pereira, em tempos um dos mais ferozes inimigos do bloco central e que ontem, na página de opinião de que dispõe no Público, apregoava os méritos de um entendimento entre o PS e o PSD (com o CDS a reboque) como "única saída democrática para a nossa crise".Dias depois de ter advogado que o Governo de José Sócrates "deve cumprir a legislatura toda até 2013".
De uma coerência arrasadora: Pacheco certamente continuará a merecer honras de citação da Direcção-Geral da Propaganda. O que diz muito sobre o espírito do tempo. Hei-de sentar-me num banco do jardim de Santo Amaro a meditar sobre o assunto.
tags: crise, pacheco pereira, pc, portugal
Fonte - http://albergueespanhol.blogs.sapo.pt/
NB - Será que ainda não deu para perceber. que a falta de confiança ma classe política. tende a unir as pessoas,porque mão têm quem as defenda ?
É populismo, apresenta vários perigos, mas é um meio de responder à agressão, e aos devaneios de uma classe política, que não parece ter capacidade para estar à frente dos destinos da nação.
As pessoas colocados fora do rebanho parecem meter aos políticos.
Porque será ?
Portugal - Um País à rasca
Protesto
Um país à rasca: todos ao protesto (SAPO)
Numa manifestação que se queria que juntasse todos, vieram mesmo todos. Vieram aqueles que são o retrato fiel desta geração à rasca, vieram também os pais, as mulheres, os estudantes, até os anarquistas e o novo partido dos Animais.
Um país à rasca: todos ao protesto (SAPO)
Numa manifestação que se queria que juntasse todos, vieram mesmo todos. Vieram aqueles que são o retrato fiel desta geração à rasca, vieram também os pais, as mulheres, os estudantes, até os anarquistas e o novo partido dos Animais.
Eu e Meu Medo.: O MUNDO ESTA ACABANDO? OU É SÓ BURRICE HUMANA?
Eu e Meu Medo.: O MUNDO ESTA ACABANDO? OU É SÓ BURRICE HUMANA?: " É surpreendente imaginar que as pessoas estejam assustadas e sobressaltadas com o que esta acontecendo pelo mundo! É algo tão si..."
quarta-feira, 9 de março de 2011
O que move os ditadores
quarta-feira, 9 de março de 2011-Blog.metendoobico.blogspot.com
O ser humano parece ser facilmente seduzido pelo poder
Neste início de ano as revoltas populares, contra ditadores e governos totalitários, têm tomado as manchetes. Parece um ciclo que se repete, pois muitos desses ditadores chegaram ao poder através de golpes militares ou então revoltas populares. Parece comum alguns líderes desse tipo de movimento almejarem, não a libertação do povo, mas sim o cargo de comandante da nação.
O ser humano parece ser facilmente seduzido pelo poder. Afinal são muitos os casos de líderes populares que defendem sua classe, pregam ideologias de igualdade, mas quando assumem algum cargo pisam sobre tudo aquilo que defenderam. Mas é compreensível, afinal a medida do mundo para o sucesso é o poder, e este poder é almejado para exercer domínio, e este domínio a fim de obter ganhos, sempre relacionados a glória e prazer pessoais. O poder transforma os homens. E, no conjunto dessas histórias, como as que estão se desenrolando atualmente, normalmente temos líderes revoltosos e governos estrangeiros que dizem querer o respeito aos direitos humanos e a libertação da população.
Nos casos atuais, muitos desses ditadores eram apoiados, pois seus países eram considerados ditaduras estáveis. Nesse momento os EUA, por exemplo, não defendiam ou usavam sua influência para promover a democracia.
Mas a partir de determinado momento decidiram avalizar as reivindicações democráticas. Não foi isso que aconteceu no Iraque? E o que mudou para o povo? A realidade que os iraquianos vivem hoje é diferente do tempo de Saddan? Na Líbia se desenha um processo sangrento. Kadhafi é um militar que chegou ao poder há 42 anos. Era próximo de Berlusconi e Tony Blair. Mas agora é um louco que se vê sozinho. As ideologias, os apoios, são na verdade um emaranhado de interesses onde os reais interessados, o povo, são marionetes.
A política exterior dos Estados Unidos conta com um extenso histórico de instalar, financiar, armar e apoiar regimes ditatoriais que respaldam suas políticas e interesses, sempre mantendo controle sobre seus povos. Historicamente tem sido assim. Quando os levantes populares desafiaram as ditaduras respaldadas pelos EUA e parecia provável uma revolução social e política, responderam com práticas demagógicas. Criticavam publicamente as violações dos direitos humanos e defendiam reformas democráticas, ao mesmo tempo em que indicavam de maneira privada a manutenção do apoio ao governante, e também buscavam uma alternativa que pudesse substituir quem estivesse no cargo, conservando o sistema econômico e o apoio aos seus interesses estratégicos.
Para os Estados Unidos não há relações estratégicas, somente interesses permanentes. E com isso até os ditadores se tornam marionetes, pois tem a falsa impressão de manterem relações estratégicas com a maior potência mundial.
Então de que adiantam os levantes populares, se depois de um processo de reconstrução, e de um clima de falsa liberdade, as coisas voltam ao normal, com as riquezas petrolíferas sendo mal distribuídas, o povo numa condição miserável e o poder na mão de governantes inescrupulosos.
Talvez alguém se pergunte: mas o que nós, brasileiros, temos com isso? Porque antes de sermos brasileiros, iraquianos ou americanos, somos humanos, e isso ultrapassa fronteiras físicas e ideológicas. O ser humano é daninho, e normalmente almeja o que condena. Os acontecimentos atuais se repetem em ciclos, e tudo isso movido por um só combustível.
Não a igualdade ou a democracia, nem mesmo a preocupação com seus semelhantes. O povo quer melhores condições de vida, se une pra isso, enfrenta a morte, mas os líderes e apoiadores dessas movimentações muitas vezes são movidos pela cobiça e ambição. Interessante ainda é que em alguns casos a camuflagem dos reais interesses chega a ser tão bem elaborada e sofisticada que conseguem enganar a si próprios, enxergando-se honestos e autênticos para consigo próprios enquanto, no fundo, alimentam apetites egoístas e arrogantes. Começam mal suas trajetórias, e quando assumem o poder nada mais fazem do que repetir, a seu modo, o estilo de governar de seu antecessor.
E assim caminha a humanidade.
por: Ivanor Oliviecki .
O ser humano parece ser facilmente seduzido pelo poder
Neste início de ano as revoltas populares, contra ditadores e governos totalitários, têm tomado as manchetes. Parece um ciclo que se repete, pois muitos desses ditadores chegaram ao poder através de golpes militares ou então revoltas populares. Parece comum alguns líderes desse tipo de movimento almejarem, não a libertação do povo, mas sim o cargo de comandante da nação.
O ser humano parece ser facilmente seduzido pelo poder. Afinal são muitos os casos de líderes populares que defendem sua classe, pregam ideologias de igualdade, mas quando assumem algum cargo pisam sobre tudo aquilo que defenderam. Mas é compreensível, afinal a medida do mundo para o sucesso é o poder, e este poder é almejado para exercer domínio, e este domínio a fim de obter ganhos, sempre relacionados a glória e prazer pessoais. O poder transforma os homens. E, no conjunto dessas histórias, como as que estão se desenrolando atualmente, normalmente temos líderes revoltosos e governos estrangeiros que dizem querer o respeito aos direitos humanos e a libertação da população.
Nos casos atuais, muitos desses ditadores eram apoiados, pois seus países eram considerados ditaduras estáveis. Nesse momento os EUA, por exemplo, não defendiam ou usavam sua influência para promover a democracia.
Mas a partir de determinado momento decidiram avalizar as reivindicações democráticas. Não foi isso que aconteceu no Iraque? E o que mudou para o povo? A realidade que os iraquianos vivem hoje é diferente do tempo de Saddan? Na Líbia se desenha um processo sangrento. Kadhafi é um militar que chegou ao poder há 42 anos. Era próximo de Berlusconi e Tony Blair. Mas agora é um louco que se vê sozinho. As ideologias, os apoios, são na verdade um emaranhado de interesses onde os reais interessados, o povo, são marionetes.
A política exterior dos Estados Unidos conta com um extenso histórico de instalar, financiar, armar e apoiar regimes ditatoriais que respaldam suas políticas e interesses, sempre mantendo controle sobre seus povos. Historicamente tem sido assim. Quando os levantes populares desafiaram as ditaduras respaldadas pelos EUA e parecia provável uma revolução social e política, responderam com práticas demagógicas. Criticavam publicamente as violações dos direitos humanos e defendiam reformas democráticas, ao mesmo tempo em que indicavam de maneira privada a manutenção do apoio ao governante, e também buscavam uma alternativa que pudesse substituir quem estivesse no cargo, conservando o sistema econômico e o apoio aos seus interesses estratégicos.
Para os Estados Unidos não há relações estratégicas, somente interesses permanentes. E com isso até os ditadores se tornam marionetes, pois tem a falsa impressão de manterem relações estratégicas com a maior potência mundial.
Então de que adiantam os levantes populares, se depois de um processo de reconstrução, e de um clima de falsa liberdade, as coisas voltam ao normal, com as riquezas petrolíferas sendo mal distribuídas, o povo numa condição miserável e o poder na mão de governantes inescrupulosos.
Talvez alguém se pergunte: mas o que nós, brasileiros, temos com isso? Porque antes de sermos brasileiros, iraquianos ou americanos, somos humanos, e isso ultrapassa fronteiras físicas e ideológicas. O ser humano é daninho, e normalmente almeja o que condena. Os acontecimentos atuais se repetem em ciclos, e tudo isso movido por um só combustível.
Não a igualdade ou a democracia, nem mesmo a preocupação com seus semelhantes. O povo quer melhores condições de vida, se une pra isso, enfrenta a morte, mas os líderes e apoiadores dessas movimentações muitas vezes são movidos pela cobiça e ambição. Interessante ainda é que em alguns casos a camuflagem dos reais interesses chega a ser tão bem elaborada e sofisticada que conseguem enganar a si próprios, enxergando-se honestos e autênticos para consigo próprios enquanto, no fundo, alimentam apetites egoístas e arrogantes. Começam mal suas trajetórias, e quando assumem o poder nada mais fazem do que repetir, a seu modo, o estilo de governar de seu antecessor.
E assim caminha a humanidade.
por: Ivanor Oliviecki .
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terça-feira, 8 de março de 2011
Parabéns a todas as mulheres!!!
Abstrato Feminino - Parabéns a todas as mulheres!!!
por Luciana Penteado, ) Facebook ]terça, 8 de março de 2011 às 01:35
Não sou simples, não sou previsível,
Fecho as cortinas para um dia ruim.
Ora sou chama que queima e devora
Ora sou brasa procurando o seu fim!
Não me cobre certezas se não sei, não vivi
Sou um quadro abstrato, colorido, espontâneo
Ignoro os avisos para o perigo iminente,
Descubra em mim o meu eu momentâneo!
Busco respostas no silêncio da noite,
Deixo as perguntas para o acaso do dia
Posso ser repleta de desejos insanos
Ou incoerente, insistente, um sonho profano!
Não desperdice o meu olhar mais humano
De tudo o que desenho, sou apenas um traço
Não se apresse, espere eu dizer que "te amo"
Tome o seu lugar se eu deixar um espaço!
Encontro prazer no sentido de ódio e amor
Se o vento virar, logo serei tempestade
Sou brisa, porém, se eu amar de verdade
Enigma latente, envolvente, sem fim nem pudor.
Sou apenas mulher, inconstante na essência
Transpiro uma a uma, todas as minhas vontades,
Sou reticências, incoerências, não me leve a mal
Meu caminho é uma busca, sem ponto final!
Luciana Maria Penteado
por Luciana Penteado, ) Facebook ]terça, 8 de março de 2011 às 01:35
Não sou simples, não sou previsível,
Fecho as cortinas para um dia ruim.
Ora sou chama que queima e devora
Ora sou brasa procurando o seu fim!
Não me cobre certezas se não sei, não vivi
Sou um quadro abstrato, colorido, espontâneo
Ignoro os avisos para o perigo iminente,
Descubra em mim o meu eu momentâneo!
Busco respostas no silêncio da noite,
Deixo as perguntas para o acaso do dia
Posso ser repleta de desejos insanos
Ou incoerente, insistente, um sonho profano!
Não desperdice o meu olhar mais humano
De tudo o que desenho, sou apenas um traço
Não se apresse, espere eu dizer que "te amo"
Tome o seu lugar se eu deixar um espaço!
Encontro prazer no sentido de ódio e amor
Se o vento virar, logo serei tempestade
Sou brisa, porém, se eu amar de verdade
Enigma latente, envolvente, sem fim nem pudor.
Sou apenas mulher, inconstante na essência
Transpiro uma a uma, todas as minhas vontades,
Sou reticências, incoerências, não me leve a mal
Meu caminho é uma busca, sem ponto final!
Luciana Maria Penteado
Da canalha
Assim falava Zararustra - Nietzsche
Da Canalha
A vida é uma fonte de alegria, mas onde quer que a canalha vá beber, todas as fontes estão envenenadas.
Agrada-me tudo o que é limpo; mas não posso ver as bocarras grotescas e a sede dos impuros.
Lançaram as suas vistas para o fundo do poço; agora reflete-se do fundo o seu odioso sorriso.
Envenenaram a água santa com a sua concupiscência; e ao chamar alegria aos seus torpes sonhos, até envenenaram as palavras.
A chama indigna-se quando eles põem ao fogo os seus úmidos corações; o próprio espírito ferve e fumega quando a canalha se abeira do fogo.
A fruta mela-se e torna-se enjoativa nas suas mãos; o seu olhar é vento abrasador que seca a árvore de fruto.
E mais de um dos que se apartaram da vida, tão somente se apartaram da canalha; que queiram repartir com a canalha a água, a chama e o fruto.
E mais de um que se retirou ao deserto para lá sofrer a sede com os animais selvagens, fê-lo para se não sentar junto da cisterna em companhia de imundos cameleiros.
E mais de um que avançava como exterminador e como saraivada pelos campos de semeadura, só queria pôr o pé na boca da canalha para lhe tapar o gasnete.
E o que mais me perturba não era saber que até a vida se encontra necessitada de inimizade, de morte, e de cruzes de mártires; mas tão somente me perguntei um dia, e a pergunta quase me sufocava:
Que? Teria a vida também necessidade da canalha?
As fontes envenenadas, os fogos pestilentos, os sonhos maculados, os vermes no pão da vida, são coisas necessárias?
Não era o ódio, mas o nojo o que me devorava a vida! Ai! muitas vezes chegou a enfastiar-me o engenho, o ver que também a canalha era engenhosa!
E voltei costas aos dominadores assim que vi o que hoje chamam dominar, traficar e regatear em matérias de poder... com a canalha!
E permaneci entre os povos como estrangeiro, e com os ouvidos cerrados, a fim de que fossem coisas estranhas para mim a linguagem do seu tráfico e o seu regatear pelo poder.
E apertando as narinas atravessei com desalento todo o ontem e o hoje; na verdade, o ontem e o hoje empestam a populaça de pena.
Como um válido que ficou surdo, cego e mudo, assim vivi muito tempo, para não viver com a canalha do poder, da pena e dos prazeres.
Dificilmente e com cautela o meu espírito subiu escadas; as esmolas da alegria foram a sua consolação; a vida do cego deslizava apoiada num báculo.
Que me sucedeu, então? Como me curei da aversão? Quem rejuvenesceu meus olhos? Como remontei às alturas onde já há canalha sentada à beira das fontes?
A minha própria aversão me deu asas e forças que pressentiam os mananciais? Na verdade tive que voar ao mais alto para tornar a encontrar a fonte da alegria.
Ó! encontrei-a, meus amigos! Aqui, no mais alto brota para mim a fonte de alegria! E há uma vida em que se pode beber sem a canalha!
Fonte da alegria, quase brotas com demasiada violência! E amiúde esvazias a taça em vez de a encher!
Ainda tenho que aprender a aproximar-me de ti mais moderadamente; o meu coração acorre ao teu encontro com demasiada pressa: este coração onde arde o meu estio, o breve, ardente, melancólico e venturoso estio. Como anela pela sua frescura o meu coração estival!
Passou a aflição da minha primavera! Passaram os malignos corpos de neve em pleno junho! Já sou interessante estival e tarde de estio!
Um estio nas maiores alturas, com frescos mananciais e ditosa tranqüilidade. Ó! Vinde, amigos meus! seja ainda mais ditosa esta tranqüilidade!
Porque esta é a nossa altura e nossa pátria; e nossa mansão é demasiado elevada e escarpada para todos os impuros e para a sede dos impuros.
Lançai, pois, os vossos puros olhares à fonte da minha alegria, meus amigos!
Da Canalha
A vida é uma fonte de alegria, mas onde quer que a canalha vá beber, todas as fontes estão envenenadas.
Agrada-me tudo o que é limpo; mas não posso ver as bocarras grotescas e a sede dos impuros.
Lançaram as suas vistas para o fundo do poço; agora reflete-se do fundo o seu odioso sorriso.
Envenenaram a água santa com a sua concupiscência; e ao chamar alegria aos seus torpes sonhos, até envenenaram as palavras.
A chama indigna-se quando eles põem ao fogo os seus úmidos corações; o próprio espírito ferve e fumega quando a canalha se abeira do fogo.
A fruta mela-se e torna-se enjoativa nas suas mãos; o seu olhar é vento abrasador que seca a árvore de fruto.
E mais de um dos que se apartaram da vida, tão somente se apartaram da canalha; que queiram repartir com a canalha a água, a chama e o fruto.
E mais de um que se retirou ao deserto para lá sofrer a sede com os animais selvagens, fê-lo para se não sentar junto da cisterna em companhia de imundos cameleiros.
E mais de um que avançava como exterminador e como saraivada pelos campos de semeadura, só queria pôr o pé na boca da canalha para lhe tapar o gasnete.
E o que mais me perturba não era saber que até a vida se encontra necessitada de inimizade, de morte, e de cruzes de mártires; mas tão somente me perguntei um dia, e a pergunta quase me sufocava:
Que? Teria a vida também necessidade da canalha?
As fontes envenenadas, os fogos pestilentos, os sonhos maculados, os vermes no pão da vida, são coisas necessárias?
Não era o ódio, mas o nojo o que me devorava a vida! Ai! muitas vezes chegou a enfastiar-me o engenho, o ver que também a canalha era engenhosa!
E voltei costas aos dominadores assim que vi o que hoje chamam dominar, traficar e regatear em matérias de poder... com a canalha!
E permaneci entre os povos como estrangeiro, e com os ouvidos cerrados, a fim de que fossem coisas estranhas para mim a linguagem do seu tráfico e o seu regatear pelo poder.
E apertando as narinas atravessei com desalento todo o ontem e o hoje; na verdade, o ontem e o hoje empestam a populaça de pena.
Como um válido que ficou surdo, cego e mudo, assim vivi muito tempo, para não viver com a canalha do poder, da pena e dos prazeres.
Dificilmente e com cautela o meu espírito subiu escadas; as esmolas da alegria foram a sua consolação; a vida do cego deslizava apoiada num báculo.
Que me sucedeu, então? Como me curei da aversão? Quem rejuvenesceu meus olhos? Como remontei às alturas onde já há canalha sentada à beira das fontes?
A minha própria aversão me deu asas e forças que pressentiam os mananciais? Na verdade tive que voar ao mais alto para tornar a encontrar a fonte da alegria.
Ó! encontrei-a, meus amigos! Aqui, no mais alto brota para mim a fonte de alegria! E há uma vida em que se pode beber sem a canalha!
Fonte da alegria, quase brotas com demasiada violência! E amiúde esvazias a taça em vez de a encher!
Ainda tenho que aprender a aproximar-me de ti mais moderadamente; o meu coração acorre ao teu encontro com demasiada pressa: este coração onde arde o meu estio, o breve, ardente, melancólico e venturoso estio. Como anela pela sua frescura o meu coração estival!
Passou a aflição da minha primavera! Passaram os malignos corpos de neve em pleno junho! Já sou interessante estival e tarde de estio!
Um estio nas maiores alturas, com frescos mananciais e ditosa tranqüilidade. Ó! Vinde, amigos meus! seja ainda mais ditosa esta tranqüilidade!
Porque esta é a nossa altura e nossa pátria; e nossa mansão é demasiado elevada e escarpada para todos os impuros e para a sede dos impuros.
Lançai, pois, os vossos puros olhares à fonte da minha alegria, meus amigos!
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Falemos claro
segunda-feira, 7 de março de 2011
Carnaval à Portuguesa
Jovens interrompem discurso de Sócrates e são expulsos da sala
07 de Março de 2011, 23:51
Uma dezena de jovens do movimento Geração à Rasca manifestou-se hoje em Viseu, quando o secretário-geral do PS, José Sócrates, discursava sobre a sua moção política ao congresso do partido.
José Sócrates apenas tinha tido tempo para fazer os agradecimentos quando os jovens, munidos de um megafone, começaram a dizer: “Chegou a hora de a geração à rasca falar, isto é pacífico, só queremos falar”.
Os jovens foram colocados na rua pela segurança, queixando-se de terem sido agredidos.
“Eu fiz questão de dizer que era pacífico, mas fomos corridos a empurrões e houve uma rapariga que levou um pontapé”, lamentou aos jornalistas Paulo Agante, do movimento, que agendou para sábado uma manifestação anti-Governo.
Enquanto os jovens eram expulsos do salão onde decorria o jantar, os participantes gritavam PS.
“Se me permitem, camaradas, eu gostaria de fazer um convite às pessoas que agora entraram para jantar connosco, não temos nenhum problema nisso. Somos um partido da tolerância, estamos no Carnaval e a verdade é que no Carnaval ninguém leva a mal”, interrompeu-os José Sócrates.
Paulo Agante explicou aos jornalistas que ele e os colegas pagaram para entrar no jantar, durante o qual pretendiam manifestar ao primeiro-ministro o descontentamento que sentem por estarem desempregados e haver muitos jovens a trabalharem de forma precária.
“Peço desculpa não ter aceite o jantar, mas já estávamos cá fora a levar pontapés e empurrões e foi mesmo impossível”, ironizou.
O jovem criticou ainda José Sócrates por ter dito que o PS é um partido de tolerância: “Enquanto nós estávamos a ser empurrados e pontapeados, eu não tirei os olhos dele, ele estava com um sorriso de satisfação na cara”.
Antes de o grupo ter sido expulso, uma das jovens ainda teve tempo de entregar duas máscaras a José Sócrates.
“Uma delas laranja e a outra rosa, que era para se decidir pela políticas que toma, porque estamos fartos, não só das políticas do PS, como do PSD. Varia sempre entre os mesmos, o país vai de mal a pior e somos nós que sofremos”, justificou Paulo Agante.
Garantiu que os jovens não queriam “estragar a festa” a José Sócrates, apenas deixá-lo a refletir sobre as palavras que iam dizer.
“Só queríamos expor a nossa palavra, ter um espaço onde pudéssemos falar, já que ninguém nos ouve, e iríamos sair pacificamente. Ninguém teria de nos expulsar, mas, enquanto estávamos a ser expulsos a empurrões e nos partiam o material, estava o primeiro-ministro a rir-se”, criticou Paulo Agante.
Os jovens queixam-se ainda de lhes ter sido retirada a faixa que levavam, com a inscrição “Fim às políticas rascas” e “619 mil amigos gostam disto”, numa alusão ao número de desempregados portugueses.
@LUSA
NB - Para os políticos é muito difícil conjugar a palavra democracia com a liberdade de expressão, muito embora pacífica nas suas intenções, sempre o poder sobe à cabeça, e o que tende a emergir dá pelo nome de repressão.
Não está em causa Sócrates, porque o ex- primeiro ministro, agora Presidente da República,portou-se do mesmo modo.
É um maleita coletiva, em que aparentemente parecemos ser democráticos, quando somos ditadores disfarçados.
Entretanto a nova geração continua tão à rasca, como a minha geração.
O que mudou ?
07 de Março de 2011, 23:51
Uma dezena de jovens do movimento Geração à Rasca manifestou-se hoje em Viseu, quando o secretário-geral do PS, José Sócrates, discursava sobre a sua moção política ao congresso do partido.
José Sócrates apenas tinha tido tempo para fazer os agradecimentos quando os jovens, munidos de um megafone, começaram a dizer: “Chegou a hora de a geração à rasca falar, isto é pacífico, só queremos falar”.
Os jovens foram colocados na rua pela segurança, queixando-se de terem sido agredidos.
“Eu fiz questão de dizer que era pacífico, mas fomos corridos a empurrões e houve uma rapariga que levou um pontapé”, lamentou aos jornalistas Paulo Agante, do movimento, que agendou para sábado uma manifestação anti-Governo.
Enquanto os jovens eram expulsos do salão onde decorria o jantar, os participantes gritavam PS.
“Se me permitem, camaradas, eu gostaria de fazer um convite às pessoas que agora entraram para jantar connosco, não temos nenhum problema nisso. Somos um partido da tolerância, estamos no Carnaval e a verdade é que no Carnaval ninguém leva a mal”, interrompeu-os José Sócrates.
Paulo Agante explicou aos jornalistas que ele e os colegas pagaram para entrar no jantar, durante o qual pretendiam manifestar ao primeiro-ministro o descontentamento que sentem por estarem desempregados e haver muitos jovens a trabalharem de forma precária.
“Peço desculpa não ter aceite o jantar, mas já estávamos cá fora a levar pontapés e empurrões e foi mesmo impossível”, ironizou.
O jovem criticou ainda José Sócrates por ter dito que o PS é um partido de tolerância: “Enquanto nós estávamos a ser empurrados e pontapeados, eu não tirei os olhos dele, ele estava com um sorriso de satisfação na cara”.
Antes de o grupo ter sido expulso, uma das jovens ainda teve tempo de entregar duas máscaras a José Sócrates.
“Uma delas laranja e a outra rosa, que era para se decidir pela políticas que toma, porque estamos fartos, não só das políticas do PS, como do PSD. Varia sempre entre os mesmos, o país vai de mal a pior e somos nós que sofremos”, justificou Paulo Agante.
Garantiu que os jovens não queriam “estragar a festa” a José Sócrates, apenas deixá-lo a refletir sobre as palavras que iam dizer.
“Só queríamos expor a nossa palavra, ter um espaço onde pudéssemos falar, já que ninguém nos ouve, e iríamos sair pacificamente. Ninguém teria de nos expulsar, mas, enquanto estávamos a ser expulsos a empurrões e nos partiam o material, estava o primeiro-ministro a rir-se”, criticou Paulo Agante.
Os jovens queixam-se ainda de lhes ter sido retirada a faixa que levavam, com a inscrição “Fim às políticas rascas” e “619 mil amigos gostam disto”, numa alusão ao número de desempregados portugueses.
@LUSA
NB - Para os políticos é muito difícil conjugar a palavra democracia com a liberdade de expressão, muito embora pacífica nas suas intenções, sempre o poder sobe à cabeça, e o que tende a emergir dá pelo nome de repressão.
Não está em causa Sócrates, porque o ex- primeiro ministro, agora Presidente da República,portou-se do mesmo modo.
É um maleita coletiva, em que aparentemente parecemos ser democráticos, quando somos ditadores disfarçados.
Entretanto a nova geração continua tão à rasca, como a minha geração.
O que mudou ?
domingo, 6 de março de 2011
O homem fantástico
Gente que se apressa a ter pressa, tece comentários com o seu quê de afirmação e questionamento, que não sendo uma coisa nem outra, melhor será ter opinião, que parecer ignorante.
De fato nenhum de nós pode saber quais os motivos, que levaram aquele ser humano ao suicídio.
Também ainda hoje a ciência não sabe explicar o que motiva o suicídio de baleias, aliás, se me permitem comparar, casos idênticos existem em seres humanos, como aqueles de seitas religiosas, ou dos homens bomba, que em nome de um coletivo, e do divino, se entregam ao sacrifício do corpo, em que a morte é bem vinda, e parece ser motivo de satisfação.
Era fraco demais, afirmam alguns, ou suficientemente forte para deixar-se cair do quinto andar de seu apartamento.
A discussão posiciona-se em relação ao saber, se aquela criatura seria forte ou fraca na altura de lançar-se como o homem aranhão de uma plataforma, algures vinte metros acima do solo, que por não possuir aqueles tentáculos elásticos, que é próprio das aranhas, o resultado foi esborrachar-se no asfalto, acabando com a sua vida.
Seria ele também ignorante do que lhe poderia acontecer ?
Seria ele o homem fantástico, que fantasia, que ao cair na realidade já não acordou do seu sonho ?
Sonhar acordado parece ser perigoso.
No entanto a realidade é colocada perante o olhar incrédulo dos observadores, coisa que o defunto já não o pode fazer, nem talvez antes conseguisse enxergar outras possibilidades de viver, se não aquela.
Trocar a vida pela morte será como trocar a rainha para salvar o rei no tabuleiro de xadrez, tendo a noção que está a perder o jogo, e que pouco, ou mais nada poderá fazer por si.
Entregar a rainha é um sinal de derrota eminente.
Trocar a vida pela a morte será a própria imanência de um indivíduo que pouco, ou mais nada contém em si, que possa ser motivo suficiente para seguir seu caminho na vida, em que a morte para ele, parece ser a salvação de uma vida já sem vida.
Talvez por isso, ver a sua rainha nos braços de um outro, que parece ser agora o rei daquele pedaço de carne, cause uma sensação estranha de impotência perante uma realidade, que nunca julgou poder acontecer com ele.
A realidade se encarrega de nos dar a desilusão, cuja sensação de traição será apenas fruto de uma ilusão construída, acorrentados a uma idéia de um absoluto dever, que não pode, nem deve ser corrompido.
Tentar contrariar a natureza das próprias coisas é para super homens, que não humanos, em que parecem ser exatamente aqueles, que não tendem a criar fantasias, e que se superam ás próprias adversidades, e charlatanices humanas, que tentam impor modelos, e condutas sociais, para que possam ser olhados como homens de bem.
Porque aquele ser humano procurou o suicídio ?
Eu sei lá.
Se fosse forte não teria procurado a morte, porque a ela resistiria, afirma uma senhora.
Um outro senhor disse: - Mas um fraco tem medo até da sua própria sombra, como poderia desejar a morte ?
Perante o conteúdo do diálogo chego á conclusão, que ser fraco ou forte não será motivo suficiente para um indivíduo procurar a morte.
Mas será que a procura, ou pelo o contrário ela mora no seu interior, sem que perceba que ela alugou um quarto no cantinho dos seus aposentos ?
Quando deixamos a porta aberta da jaula do leão, ele ao sair vai causar pânico, confusão, e alguém vai morrer para saciar a sua fome, que até pode ser simplesmente de liberdade.
De fato nenhum de nós pode saber quais os motivos, que levaram aquele ser humano ao suicídio.
Também ainda hoje a ciência não sabe explicar o que motiva o suicídio de baleias, aliás, se me permitem comparar, casos idênticos existem em seres humanos, como aqueles de seitas religiosas, ou dos homens bomba, que em nome de um coletivo, e do divino, se entregam ao sacrifício do corpo, em que a morte é bem vinda, e parece ser motivo de satisfação.
Era fraco demais, afirmam alguns, ou suficientemente forte para deixar-se cair do quinto andar de seu apartamento.
A discussão posiciona-se em relação ao saber, se aquela criatura seria forte ou fraca na altura de lançar-se como o homem aranhão de uma plataforma, algures vinte metros acima do solo, que por não possuir aqueles tentáculos elásticos, que é próprio das aranhas, o resultado foi esborrachar-se no asfalto, acabando com a sua vida.
Seria ele também ignorante do que lhe poderia acontecer ?
Seria ele o homem fantástico, que fantasia, que ao cair na realidade já não acordou do seu sonho ?
Sonhar acordado parece ser perigoso.
No entanto a realidade é colocada perante o olhar incrédulo dos observadores, coisa que o defunto já não o pode fazer, nem talvez antes conseguisse enxergar outras possibilidades de viver, se não aquela.
Trocar a vida pela morte será como trocar a rainha para salvar o rei no tabuleiro de xadrez, tendo a noção que está a perder o jogo, e que pouco, ou mais nada poderá fazer por si.
Entregar a rainha é um sinal de derrota eminente.
Trocar a vida pela a morte será a própria imanência de um indivíduo que pouco, ou mais nada contém em si, que possa ser motivo suficiente para seguir seu caminho na vida, em que a morte para ele, parece ser a salvação de uma vida já sem vida.
Talvez por isso, ver a sua rainha nos braços de um outro, que parece ser agora o rei daquele pedaço de carne, cause uma sensação estranha de impotência perante uma realidade, que nunca julgou poder acontecer com ele.
A realidade se encarrega de nos dar a desilusão, cuja sensação de traição será apenas fruto de uma ilusão construída, acorrentados a uma idéia de um absoluto dever, que não pode, nem deve ser corrompido.
Tentar contrariar a natureza das próprias coisas é para super homens, que não humanos, em que parecem ser exatamente aqueles, que não tendem a criar fantasias, e que se superam ás próprias adversidades, e charlatanices humanas, que tentam impor modelos, e condutas sociais, para que possam ser olhados como homens de bem.
Porque aquele ser humano procurou o suicídio ?
Eu sei lá.
Se fosse forte não teria procurado a morte, porque a ela resistiria, afirma uma senhora.
Um outro senhor disse: - Mas um fraco tem medo até da sua própria sombra, como poderia desejar a morte ?
Perante o conteúdo do diálogo chego á conclusão, que ser fraco ou forte não será motivo suficiente para um indivíduo procurar a morte.
Mas será que a procura, ou pelo o contrário ela mora no seu interior, sem que perceba que ela alugou um quarto no cantinho dos seus aposentos ?
Quando deixamos a porta aberta da jaula do leão, ele ao sair vai causar pânico, confusão, e alguém vai morrer para saciar a sua fome, que até pode ser simplesmente de liberdade.
sábado, 5 de março de 2011
O que é o tempo?
Uma grande discussão atual gira em torno da origem do universo. Atualmente se calcula que a idade do Cosmos seja de aproximadamente 15 bilhões de anos. O Big-Bang é a teoria mais aceita para explicar essa origem. Porém, algumas perguntas filosóficas surgem daí, como por exemplo: De onde surgiu o universo? Havia um "antes"? Se, segundo Kant (1724-1804), o tempo e o espaço encontram-se dentro da mente humana como condições a priori, seria possível existir um "antes", isto é, um tempo e um espaço fora do tempo e do espaço do universo como conhecemos? Estas são algumas das perguntas levantadas por Bernard Piettre em seu livro "Filosofia e Ciência do Tempo" (Edusc, 1997).
Para Piettre, a teoria da relatividade de Einstein fragilizou a teoria kantiana porque comprovou que a luz pode ser onda e partícula ao mesmo tempo. Kant acreditava (por intuição) que uma partícula está dentro do espaço e do tempo. A teoria einsteiniana não permite que se localize uma partícula dentro de um espaço-tempo a priori como queria Kant, então cai por terra a teoria kantiana que supõe a mediação da intuição do tempo e do espaço para compreender a realidade.
Em outras palavras, a teoria da Relatividade de Einstein chega às seguintes conclusões: o espaço-tempo não está contido dentro do universo, mas se faz à medida constante da matéria e da energia; o campo gravitacional deste universo determina seu tamanho; as partículas de luz não podem ser localizadas dentro do espaço-tempo por causa de seu comportamento de corpúsculo e de onda, isso derruba os argumentos kantianos que dizem que primeiro vêm o tempo-espaço e depois se dão os fenômenos. Para Einstein é possível que a própria matéria e a energia (fenômenos), à medida que avancem no espaço-tempo, criem o espaço e o tempo. Logo, o universo em expansão não está ocupando um espaço fora dele mesmo como se pensava, mas este é criado numa sucessão de momentos. Destarte, seria impossível existir um "antes" porque não havia tempo neste "antes" do Big-Bang.
Conclui Piettre, "não são o espaço e tempo que são os elementos de base, mas as próprias partículas fundamentais de matéria ou energia. Sem elas não poderíamos representar a imagem que fazemos de um espaço e um tempo contínuos e detalháveis ao infinito. Os elétrons, assim como outras partículas fundamentais, não existem no espaço e no tempo. São espaço e tempo que existem em função deles.
Para Einstein isso prova que é a luz, à medida do seu avanço, que "desenrola" o espaço-tempo que separa um observador de um corpo no espaço. Por conseguinte, o universo não preencheria um espaço-tempo vazio fora dele mas aumentaria seu espaço-tempo internamente. O que se sabe ao certo é que se o universo se manifesta por uma simetria de pares de partículas, o tempo é efeito de uma quebra de simetria entre matéria e antimatéria.
Por fim, isso sugere a origem da causa do movimento, e do fenômeno que chamamos "tempo". Nesse sentido, Piettre constata: se existe uma indissociabilidade do tempo e da matéria, existe um limite além onde o tempo não existe mais. Isto implica a hipótese de que antes do surgimento do universo (tempo zero) não havia tempo algum, então não cabe especular sobre o que havia antes.
( www. Artigonal.com SC #4345847)
Gerson Nei Lemos Schulz - Perfil do Autor:
1. Gerson Nei Lemos Schulz (www.filosofiadomarcozero.blogspot.com) é professor de Filosofia, Doutorando em Educação pela Universidade Federal de Pelotas - RS - Brasil, Mestre em Ciências da Educação pela mesma universidade e é grauado em Filosofia. Morou cinco anos no estado do Amapá (região amazônica) e atua em diversos cursos de graduação e pós-graduação no Brasil. É conferencista e consultor de diversas secretarias de educação e planejamento em prefeituras no estado do Rio Grande do Sul, no estado do Acre e no estado do Amapá.
Além disso é escritor e já organizou e publicou duas obras: Educação: ser, saber, fazer (2007, editora Alcance:www.alcance.com.br) e Educação na Amazônia (2010, editora Oikos: www.oikoseditora.com.br)
Para Piettre, a teoria da relatividade de Einstein fragilizou a teoria kantiana porque comprovou que a luz pode ser onda e partícula ao mesmo tempo. Kant acreditava (por intuição) que uma partícula está dentro do espaço e do tempo. A teoria einsteiniana não permite que se localize uma partícula dentro de um espaço-tempo a priori como queria Kant, então cai por terra a teoria kantiana que supõe a mediação da intuição do tempo e do espaço para compreender a realidade.
Em outras palavras, a teoria da Relatividade de Einstein chega às seguintes conclusões: o espaço-tempo não está contido dentro do universo, mas se faz à medida constante da matéria e da energia; o campo gravitacional deste universo determina seu tamanho; as partículas de luz não podem ser localizadas dentro do espaço-tempo por causa de seu comportamento de corpúsculo e de onda, isso derruba os argumentos kantianos que dizem que primeiro vêm o tempo-espaço e depois se dão os fenômenos. Para Einstein é possível que a própria matéria e a energia (fenômenos), à medida que avancem no espaço-tempo, criem o espaço e o tempo. Logo, o universo em expansão não está ocupando um espaço fora dele mesmo como se pensava, mas este é criado numa sucessão de momentos. Destarte, seria impossível existir um "antes" porque não havia tempo neste "antes" do Big-Bang.
Conclui Piettre, "não são o espaço e tempo que são os elementos de base, mas as próprias partículas fundamentais de matéria ou energia. Sem elas não poderíamos representar a imagem que fazemos de um espaço e um tempo contínuos e detalháveis ao infinito. Os elétrons, assim como outras partículas fundamentais, não existem no espaço e no tempo. São espaço e tempo que existem em função deles.
Para Einstein isso prova que é a luz, à medida do seu avanço, que "desenrola" o espaço-tempo que separa um observador de um corpo no espaço. Por conseguinte, o universo não preencheria um espaço-tempo vazio fora dele mas aumentaria seu espaço-tempo internamente. O que se sabe ao certo é que se o universo se manifesta por uma simetria de pares de partículas, o tempo é efeito de uma quebra de simetria entre matéria e antimatéria.
Por fim, isso sugere a origem da causa do movimento, e do fenômeno que chamamos "tempo". Nesse sentido, Piettre constata: se existe uma indissociabilidade do tempo e da matéria, existe um limite além onde o tempo não existe mais. Isto implica a hipótese de que antes do surgimento do universo (tempo zero) não havia tempo algum, então não cabe especular sobre o que havia antes.
( www. Artigonal.com SC #4345847)
Gerson Nei Lemos Schulz - Perfil do Autor:
1. Gerson Nei Lemos Schulz (www.filosofiadomarcozero.blogspot.com) é professor de Filosofia, Doutorando em Educação pela Universidade Federal de Pelotas - RS - Brasil, Mestre em Ciências da Educação pela mesma universidade e é grauado em Filosofia. Morou cinco anos no estado do Amapá (região amazônica) e atua em diversos cursos de graduação e pós-graduação no Brasil. É conferencista e consultor de diversas secretarias de educação e planejamento em prefeituras no estado do Rio Grande do Sul, no estado do Acre e no estado do Amapá.
Além disso é escritor e já organizou e publicou duas obras: Educação: ser, saber, fazer (2007, editora Alcance:www.alcance.com.br) e Educação na Amazônia (2010, editora Oikos: www.oikoseditora.com.br)
sexta-feira, 4 de março de 2011
Pensamento do dia
Justamente, é por ser indiferente ao ódio, que o amor pode ser altruísta.
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Psicanálise
quarta-feira, 2 de março de 2011
Ontologia e transcendência
Psicoanalizare: Ontologia e transcendência: "A ontologia pertence ao campo das experiências, a partir de um movimento endógeno / exógeno, que apresenta como sentido o que está para além..."
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