Retalhos de uma vida - Livro do autor do blog

http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7 Definir um livro pela resenha é um fato que só é possível quando o livro realmente apresenta um conteúdo impar, instigante, sensível, inteligente, técnico e ao mesmo tempo de fácil entendimento....e Retalhos de uma vida, sem sombra de dúvidas é um livro assim. Parabens, o livro está sendo um sucesso. Ricardo Ribeiro - psicanalista

domingo, 16 de janeiro de 2011

A terrível dor da tragédia

Qualquer homem nascido e criado no campo sabe que a natureza não quer saber de seus projetos, e se não a respeitar, ela o ensinará da pior maneira possível, com a destruição e a morte.
Os homens da cidade parecem que perderam a noção dessa realidade, e como o superman desafiam a natureza, como se não fosse mera ficção, talvez levados pelos filmes da tela, só param de sonhar quando a montanha dá sinais da sua irritação.
Os povos da antiguidade aprenderam, que só os anéis feitos de pedra a começar na base dos morros podem segurar a terra. Os pescadores podem não saber ler nem escrever, mas sabem que lutar contra a força da água é tempo perdido, é remar contra a maré. O homem da cidade luta contra tudo na ânsia de inverter a natureza das próprias coisas.
Todos parecem saber as mesmas coisas, mas enquanto uns acreditam na força da natureza, outros acreditam que a ciência e tecnologia podem solucionar todos os problemas do mundo. Parece que perdemos a noção do que é possível, e daquilo que se torna impossível.
Não podemos observar as imagens impressionantes da destruição sem uma lágrima ao canto do olho, sentindo que tudo aquilo não poderia, nem deveria acontecer, mas aconteceu, e o que é mais grave, todos os anos se repete.
Os vizinhos da casa ao lado nem sequer põem as barbas de molho, e acreditam, que aquilo que aconteceu ao vizinho, não lhe vai acontecer. Talvez pense que o seu santo o possa proteger.
Em vez de fazerem as malas e zarparem para um lugar seguro, continuam por lá protegidos apenas pela sua crença, que no ano seguinte cai por terra.
Perante tamanha tragédia, a revolta cresce nos nossos corações, e como mais nada pode ser feito, que tratar dos vivos, e enterrar os mortos, promovem o tiro ao alvo na tentativa de encontrarem os responsáveis, e os punir. Compreende-se.
Mas, se continuarmos eternamente á espera de um puxão de orelhas do Estado, por não estarmos a respeitar a natureza, não passamos de transgressores. Por outro lado, se o Estado fecha os olhos ao planejamento urbanístico, é corrupto. Conclusão todos nós somos culpados, muito embora não desejando que a casa nos caia em cima.
A verdade é que algo deve ser feito.

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