Falar de sexo é proibido. Falar de escândalos sexuais envolvendo crianças, no seio da própria Igreja nem pensar.
O fato da Igreja tentar passar a imagem da ¨ pureza ¨ em relação aos elementos que a constituem, exige na realidade que a possamos observar desse modo.
Ao longo da sua história porém, a não ser por breves momentos, nunca conseguiu manter tal estado de graça.
Está a pagar o preço por pregar a virtude divina de seus membros, e agora vê-se confrontada com casos de pedofilia, que de casos isolados, passaram a ¨ orgias ¨ coletivas.
Os bispos tinham em mãos denuncias de abusos sexuais que preferiram calar, por medo do escândalo, e agora rebentou-lhes a bomba nas mãos.
Claro que Deus não tem nada a ver com isto, e quem se aproveitar não é capaz de distinguir o trigo do joio.
É caso para perguntar, será que pelo menos usaram camisinha ?
Ou não o fizeram porque a Igreja não está de acordo ?
Vamos ver se não damos conta de alguma criança ou padre infetado com algum vírus.
Quando entramos na casa de Deus, dizemos que vamos ao culto, mas a Igreja a transformou em oculto, e é isso que tem sido o drama da instituição ao longo da sua história.
Pretende demonstrar uma ¨ casta ¨ superior entre os homens, de uma pureza divina, como se cada elemento da Igreja fosse Deus, e dono da verdade absoluta.
A representação divina está nas leis escritas na tábua de Moisés.
Os homens santos e pecadores, em vez de se contentarem em as observar, e apenas isso, vestindo a batina, coisa vedada aos homens, a qualquer homem diria, impõem suas regras e pretende sempre muito mais do que cada um pode dar.
Não existe a representação de Deus a não ser através de suas leis.
E quando alguém pensa ser Deus, é possuído por algum transtorno psíquico.
Para além da lei, designada por dez mandamentos, não existe mais nada a ser representado, a não ser confissões, guerras e maus tratos.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Escândalos sexuais
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Abusos sexuais
Papa e bispos irlandeses discutem escândalo de abusos sexuais
Seg, 15 Fev, 12h26 noticia Yahoo
Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Um alto funcionário do Vaticano disse nesta segunda-feira a bispos irlandeses que estão em Roma para discutir com o papa Bento 16 o imenso escândalo da pedofilia na Igreja irlandesa que os clérigos que pecaram precisam admitir sua culpa por "atos abomináveis".
A mensagem foi transmitida no sermão de uma missa rezada na Basílica de São Pedro, pouco antes de os bispos iniciarem dois dias de conversações de crise com o papa, com o objetivo de formular uma resposta às revelações sobre abusos cometidos por religiosos, que abalaram a Irlanda, país católico devoto.
Sim, as tempestades geram medo, mesmo as que abalam o barco da Igreja devido aos pecados de seus membros", disse aos bispos o cardeal Tarcisio Bertono, secretário de Estado do Vaticano e número 2 na hierarquia do Vaticano.
Bertone disse que os julgamentos internos da Igreja são "naturalmente mais duros e mais humilhantes", particularmente quando "homens da Igreja se envolveram em atos tão particularmente abomináveis."
Primeiro encontro desse tipo realizado no Vaticano em oito anos, a reunião vai discutir um plano de ação e pode levar a mais renúncias de prelados, provocando grandes mudanças na hierarquia da Igreja na Irlanda. Quatro prelados já renunciaram a seus cargos.
O papa Bento 16, os 24 bispos irlandeses e altos funcionários do Vaticano vão realizar três sessões em resposta ao ultraje gerado na Irlanda pelo relatório da Comissão Murphy, um indiciamento ferrenho dos abusos sexuais infantis cometidos por sacerdotes.
Bertone disse que a misericórdia de Deus "pode arrancar alguém do abismo mais profundo", mas "apenas se o pecador reconhecer sua culpa com plena veracidade."
IGREJA OCULTOU ABUSOS "DE MODO OBSESSIVO"
Divulgado em novembro, o relatório da Comissão Murphy disse que a Igreja irlandesa ocultou "obsessivamente" os abusos contra crianças cometidos na arquidiocese de Dublin entre 1975 e 2004, operando com uma política de "não perguntar, não revelar."
O texto disse que todos os bispos que atuaram em Dublin durante esse período tinham conhecimento de algumas das queixas, mas que a arquidiocese se preocupou mais em proteger a reputação da igreja que em proteger as crianças.
Quatro bispos já apresentaram suas renúncias, e o papa até agora aceitou uma delas. O grupo de vítimas Um em Quatro exortou a outros bispos em toda a Irlanda que aderiram à "cultura do acobertamento" que também renunciem.
Os grupos de vítimas disseram que vão buscar indenização monetária, o que pode levar a uma crise financeira na Igreja irlandesa.
No caso da Igreja dos Estados Unidos, atingida por um escândalo semelhante em 2002, sete dioceses apresentaram pedido de concordata após milhares de ações abertas contra padres por abuso sexual.
O Vaticano disse em dezembro que o papa escreverá à população irlandesa sobre a crise. Será a primeira vez que um pontífice dedica um documento exclusivamente ao abuso de crianças por parte de clérigos.
Seg, 15 Fev, 12h26 noticia Yahoo
Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Um alto funcionário do Vaticano disse nesta segunda-feira a bispos irlandeses que estão em Roma para discutir com o papa Bento 16 o imenso escândalo da pedofilia na Igreja irlandesa que os clérigos que pecaram precisam admitir sua culpa por "atos abomináveis".
A mensagem foi transmitida no sermão de uma missa rezada na Basílica de São Pedro, pouco antes de os bispos iniciarem dois dias de conversações de crise com o papa, com o objetivo de formular uma resposta às revelações sobre abusos cometidos por religiosos, que abalaram a Irlanda, país católico devoto.
Sim, as tempestades geram medo, mesmo as que abalam o barco da Igreja devido aos pecados de seus membros", disse aos bispos o cardeal Tarcisio Bertono, secretário de Estado do Vaticano e número 2 na hierarquia do Vaticano.
Bertone disse que os julgamentos internos da Igreja são "naturalmente mais duros e mais humilhantes", particularmente quando "homens da Igreja se envolveram em atos tão particularmente abomináveis."
Primeiro encontro desse tipo realizado no Vaticano em oito anos, a reunião vai discutir um plano de ação e pode levar a mais renúncias de prelados, provocando grandes mudanças na hierarquia da Igreja na Irlanda. Quatro prelados já renunciaram a seus cargos.
O papa Bento 16, os 24 bispos irlandeses e altos funcionários do Vaticano vão realizar três sessões em resposta ao ultraje gerado na Irlanda pelo relatório da Comissão Murphy, um indiciamento ferrenho dos abusos sexuais infantis cometidos por sacerdotes.
Bertone disse que a misericórdia de Deus "pode arrancar alguém do abismo mais profundo", mas "apenas se o pecador reconhecer sua culpa com plena veracidade."
IGREJA OCULTOU ABUSOS "DE MODO OBSESSIVO"
Divulgado em novembro, o relatório da Comissão Murphy disse que a Igreja irlandesa ocultou "obsessivamente" os abusos contra crianças cometidos na arquidiocese de Dublin entre 1975 e 2004, operando com uma política de "não perguntar, não revelar."
O texto disse que todos os bispos que atuaram em Dublin durante esse período tinham conhecimento de algumas das queixas, mas que a arquidiocese se preocupou mais em proteger a reputação da igreja que em proteger as crianças.
Quatro bispos já apresentaram suas renúncias, e o papa até agora aceitou uma delas. O grupo de vítimas Um em Quatro exortou a outros bispos em toda a Irlanda que aderiram à "cultura do acobertamento" que também renunciem.
Os grupos de vítimas disseram que vão buscar indenização monetária, o que pode levar a uma crise financeira na Igreja irlandesa.
No caso da Igreja dos Estados Unidos, atingida por um escândalo semelhante em 2002, sete dioceses apresentaram pedido de concordata após milhares de ações abertas contra padres por abuso sexual.
O Vaticano disse em dezembro que o papa escreverá à população irlandesa sobre a crise. Será a primeira vez que um pontífice dedica um documento exclusivamente ao abuso de crianças por parte de clérigos.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Pedofilia - Escândalo
Noticia Yahoo
Papa reúne-se com bispos da Irlanda sobre escândalo de pedofilia
Dom, 14 Fev, 01h07
Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO, 14 de fevereiro (Reuters) - O papa Bento 16 e bispos irlandeses vão se reunir na segunda e terça-feiras em Roma para discutir planos de ação sobre um escândalo de pedofilia que erodiu a autoridade da Igreja na devota Irlanda católica.
As reuniões, as primeiras do tipo no Vaticano em oito anos, podem levar a mais renúncias de dignitários eclesiásticos em uma reformulação da hierarquia da Igreja na Irlanda. Quatro já renunciaram.
O papa, 24 bispos irlandeses e importantes autoridades do Vaticano devem participar de três reuniões em resposta à revolta na Irlanda sobre o relatório da Comissão Murphy, uma acusão formal incriminatória sobre abuso de crianças por padres no país.
O Vaticano informou que dezembro que o papa iria escrever ao povo irlandês sobre a crise, na primeira vez em que um papa redigiria um documento devotado apenas ao abuso de crianças por clérigos.
"Estamos pedindo para o papa Bento 16 para restaurar a honra à Irlanda que foi tão prejudicada por esses escândalos", afirmou John Kelly, fundador do grupo Sobreviventes Irlandeses de Abuso Infantil.
A Irlanda está em estado de choque desde a publicação em novembro do relatório, que afirma que a Igreja no país "obssessivamente" escondeu abusos a crianças na arquidiocese de Dublin de 1975 a 2004,e operou uma política de "não pergunte e não fale".
O documento sustenta que todos os bispos de Dublin durante o período avaliado tiveram conhecimento de algumas queixas, mas a arquidiocese se mostrou mais preocupada em proteger a reputação de Igreja que proteger as crianças.
Quatro bispos renunciaram de suas posições e o papa até agora aceitou apenas uma delas. O grupo de vítimas One in Four defendeu a saída de outros bispos da Irlanda que participaram do esquema de acobertamento.
O One in Four também reclama que o Vaticano e seu enviado à Irlanda "acharam correto se esconderem atrás de protocolos diplomáticos para evitarem cooperar com a Comissão Murphy". O Vaticano afirma que a comissão "não recorreu aos canais diplomáticos apropriados".
Grupos de vítimas afirmaram que vão buscar reparações monetárias, o que pode criar uma crise financeira para a Igreja na Irlanda.
Nos Estados Unidos, que foram atingidos por um escândalo de pedofilia por membros da Igreja em 2002, sete dioceses pediram proteção contra falência após a onda de milhares de queixas de abuso sexual abertas contra padres.
Na Irlanda, um padre admitiu ter abusado de mais de 100 crianças. Outro afirmou que abusou de crianças a cada duas semanas por mais de 25 anos.
Papa reúne-se com bispos da Irlanda sobre escândalo de pedofilia
Dom, 14 Fev, 01h07
Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO, 14 de fevereiro (Reuters) - O papa Bento 16 e bispos irlandeses vão se reunir na segunda e terça-feiras em Roma para discutir planos de ação sobre um escândalo de pedofilia que erodiu a autoridade da Igreja na devota Irlanda católica.
As reuniões, as primeiras do tipo no Vaticano em oito anos, podem levar a mais renúncias de dignitários eclesiásticos em uma reformulação da hierarquia da Igreja na Irlanda. Quatro já renunciaram.
O papa, 24 bispos irlandeses e importantes autoridades do Vaticano devem participar de três reuniões em resposta à revolta na Irlanda sobre o relatório da Comissão Murphy, uma acusão formal incriminatória sobre abuso de crianças por padres no país.
O Vaticano informou que dezembro que o papa iria escrever ao povo irlandês sobre a crise, na primeira vez em que um papa redigiria um documento devotado apenas ao abuso de crianças por clérigos.
"Estamos pedindo para o papa Bento 16 para restaurar a honra à Irlanda que foi tão prejudicada por esses escândalos", afirmou John Kelly, fundador do grupo Sobreviventes Irlandeses de Abuso Infantil.
A Irlanda está em estado de choque desde a publicação em novembro do relatório, que afirma que a Igreja no país "obssessivamente" escondeu abusos a crianças na arquidiocese de Dublin de 1975 a 2004,e operou uma política de "não pergunte e não fale".
O documento sustenta que todos os bispos de Dublin durante o período avaliado tiveram conhecimento de algumas queixas, mas a arquidiocese se mostrou mais preocupada em proteger a reputação de Igreja que proteger as crianças.
Quatro bispos renunciaram de suas posições e o papa até agora aceitou apenas uma delas. O grupo de vítimas One in Four defendeu a saída de outros bispos da Irlanda que participaram do esquema de acobertamento.
O One in Four também reclama que o Vaticano e seu enviado à Irlanda "acharam correto se esconderem atrás de protocolos diplomáticos para evitarem cooperar com a Comissão Murphy". O Vaticano afirma que a comissão "não recorreu aos canais diplomáticos apropriados".
Grupos de vítimas afirmaram que vão buscar reparações monetárias, o que pode criar uma crise financeira para a Igreja na Irlanda.
Nos Estados Unidos, que foram atingidos por um escândalo de pedofilia por membros da Igreja em 2002, sete dioceses pediram proteção contra falência após a onda de milhares de queixas de abuso sexual abertas contra padres.
Na Irlanda, um padre admitiu ter abusado de mais de 100 crianças. Outro afirmou que abusou de crianças a cada duas semanas por mais de 25 anos.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Proteção das espécies
Crocodilo de peito amarelo, rouxinol de bico branco, papagaio multicor e o periquito roxo, estão sob proteção ambiental.
Mas ninguém protege mulher agredida pelo companheiro, ou pelo ex, que faz oito queixas na polícia.
Será porque no mundo existe muito mais mulheres que homens ?
Mas ninguém protege mulher agredida pelo companheiro, ou pelo ex, que faz oito queixas na polícia.
Será porque no mundo existe muito mais mulheres que homens ?
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Perguntas indiscretas
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Homicídios no Estado do Rio de Janeiro
Notícia Yahoo – 09 Fevereiro 2010
Total de homicídios no Rio cresce em 2009
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O número de homicídios no Estado do Rio de Janeiro cresceu 1,3 por cento em 2009, frustrando as expectativas da Secretaria de Segurança, que projetava uma queda de 11,7 por cento no ano passado. Segundo os dados divulgados nesta segunda-feira, foram registrados 5.794 contra 5.717 ocorrências em 2008.
Até o primeiro semestre houve uma queda de 9 por cento nas mortes, mas os números voltaram a subir na segunda metade do ano.
"O sinal amarelo acendeu", disse o subsecretário de Operações, Roberto Sá, em entrevista coletiva.
A cúpula de segurança do Estado já estudar repensar a estratégia de atuação e de estabelecimento de metas visando preparar a cidade para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, acredita que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), implantadas no Estado em 2009, poderão ajudar na redução dos homicídios no futuro.
"Eu entendo que a UPP, no momento em que ela tira armas de guerra das ruas, influi com um fator a mais na diminuição desses índices também", afirmou.
Os dados mostraram ainda que os roubos às residências cresceram 11,3 por cento no ano passado. Foram contabilizados 1.662 casos contra 1.493 em 2008.
De acordo com a Secretaria de Segurança, as apreensões de drogas avançaram 13,3 por cento e as prisões, 22,1 por cento.
"Não se tinha planejamento. Agora, temos metas a cumprir até daqui a quatro anos. Essas metas serão divulgadas em breve", concluiu Beltrame.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
Comentários
Continuem a acreditar na existência do papai Noel, que algo de bom vai cair do céu.
Sem formação, educação, e sem medidas preventivas, tais condições só têm tendência a piorar.
Mas alguns preferem usar o dinheiro do erário público a alimentar seres humanos durante anos nas prisões, do que estar atento ao que se passa nas famílias e atuar preventivamente.
A lei do porrete, do revólver e das balas perdidas, não podem gerar coisas boas.
A guerra não é, nem nunca foi, o melhor caminho para a paz.
Total de homicídios no Rio cresce em 2009
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O número de homicídios no Estado do Rio de Janeiro cresceu 1,3 por cento em 2009, frustrando as expectativas da Secretaria de Segurança, que projetava uma queda de 11,7 por cento no ano passado. Segundo os dados divulgados nesta segunda-feira, foram registrados 5.794 contra 5.717 ocorrências em 2008.
Até o primeiro semestre houve uma queda de 9 por cento nas mortes, mas os números voltaram a subir na segunda metade do ano.
"O sinal amarelo acendeu", disse o subsecretário de Operações, Roberto Sá, em entrevista coletiva.
A cúpula de segurança do Estado já estudar repensar a estratégia de atuação e de estabelecimento de metas visando preparar a cidade para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, acredita que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), implantadas no Estado em 2009, poderão ajudar na redução dos homicídios no futuro.
"Eu entendo que a UPP, no momento em que ela tira armas de guerra das ruas, influi com um fator a mais na diminuição desses índices também", afirmou.
Os dados mostraram ainda que os roubos às residências cresceram 11,3 por cento no ano passado. Foram contabilizados 1.662 casos contra 1.493 em 2008.
De acordo com a Secretaria de Segurança, as apreensões de drogas avançaram 13,3 por cento e as prisões, 22,1 por cento.
"Não se tinha planejamento. Agora, temos metas a cumprir até daqui a quatro anos. Essas metas serão divulgadas em breve", concluiu Beltrame.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
Comentários
Continuem a acreditar na existência do papai Noel, que algo de bom vai cair do céu.
Sem formação, educação, e sem medidas preventivas, tais condições só têm tendência a piorar.
Mas alguns preferem usar o dinheiro do erário público a alimentar seres humanos durante anos nas prisões, do que estar atento ao que se passa nas famílias e atuar preventivamente.
A lei do porrete, do revólver e das balas perdidas, não podem gerar coisas boas.
A guerra não é, nem nunca foi, o melhor caminho para a paz.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Guerra e sexo I
Continuação
O capitão, muito embora temente a Deus, temia muito mais pela sua vida, sentia-se impotente para acabar com aquela festa, não fosse o inimigo atacar enquanto os soldados se divertiam nas carnes negras de uma prostituta.
Mas não, nesse dia não havia guerra, não sei se a dita salvadora das almas aflitas já tinha tudo combinado, o que é fato é que naqueles dias reinava a paz na terra.
O capitão mandava então um homem da sua confiança colocar ordem na fila, para que não houvesse confusão, não fosse algum espertinho querer passar á frente, o que era certo e sabido que dava pancadaria.
Nessa altura, dei por mim a pensar, quanto diferente seria dos demais, que só servia mesmo para curar as doenças venéreas, que aqueles bravos, apesar de lhes ser distribuído a camisinha não queriam nem saber de as colocar.
O quanto éramos diferentes ?
Foi através desses e outros acontecimentos, que me dei conta que algo deveria existir na interioridade de cada um de nós, que nos fazia ser diferentes. Eles, transbordando de alegria, porque finalmente podiam possuir uma mulher, eu de plantão para lhes curar as maleitas, do mesmo modo sentia-me feliz, mas não tão alegre.
O bichinho da psicanálise começou aos poucos a tomar conta de mim.
Como resultado daquele mar de leite derramado, proveniente de uns e outros, filhos de outra gente e de muita gente, sobrava sempre algum vírus maligno para dependurar o animal.
De nada valia os aborrecer com minhas palavras julgadoras, porque chateados estavam eles por ver o seu menino de estimação todo derreado, vergado ao peso de uma doença qualquer.
Vai de penicilina na bunda e muita higiene, para que pudesse estar melhorzinho para a próxima batalha.
Nos dias seguintes era a maior galhofa, até parece que já não tinha a menor importância levar um tiro e morrer, tal era a risada e a disposição daquela gente, que baixava a guarda, em que o medo parecia ter sido superado por aquela picadinha de inseto.
Contavam para os companheiros as vezes que tinham retornado á fila, porque insaciáveis
e poderosos, não deviam negar mais uma virada, talvez por medo que os outros o considerassem frouxo, ou apenas glutões, que nunca parece haver comida suficiente que lhes encha a barriga.
Outros, Judeus certamente, combinavam, que enquanto um se estivesse a servir, o outro tentava roubar as galinhas e os porquinhos, que ela sempre levava atrás de si, não sei se para vender, se para matar e comer.
Nessa altura acabava a festa, ela levantava-se furiosa por ouvir o grunhir dos porquitos e o cacarejar das galinhas aflitas, e instalava-se a maior confusão, dado que aqueles que esperavam na fila, ficavam com as cuecas na mão, sem poder aliviar-se, se revoltavam contra tamanha ofensa, que ainda por cima tinham que ouvir o capitão, a quem ela se ia queixar.
O capitão que tinha que colocar ordem na capoeira, sentia-se impotente, desatava aos berros, ficava nervoso, tentava proibir a dita senhora de vir no próximo mês, e tudo ficava como antes, e as cenas voltavam a repetir-se.
Ela vinha ao cheiro do patacäo, assim nós chamávamos aos guinéus, que não valia coisa alguma para nós, mas que para ela talvez fosse importante.
Os soldados que recebiam o salário e não tinham onde o gastar, porque apesar da nossa insistência os nativos recusavam-se a vender fosse o que fosse, só lhes servia mesmo para tirar a barriga da miséria, e sentir alguns momentos de volúpia e êxtase.
Lembrei-me na altura dos meus amigos que deixei em Portugal, que apesar de não estarem num cenário de guerra, a comer e a beber do bom e do melhor, que o pior para eles, seria o melhor para nós, apresentavam mais ou menos o mesmo tipo de conversas.
Eles, os fanfarrões de plantão, que mais pareciam economistas de oficio, que somavam as que não davam, aquelas que supostamente tinham dado, para que o resultado final fosse de molde a causar a admiração geral.
Nunca entendi muito bem, porque o diziam numa roda de amigos, todos homens, decerto não seria para conquistar nenhum de nós, cuja finalidade seria o levar ao sacrifício.
Não haverá aqui um pouco do pensamento homossexual ? Pensava eu.
Ou seria para nos afastar das mulheres, que por se considerarem mais poderosos e aptos, julgando também que os considerávamos, tivessem o caminho livre para aproximar-se delas ?
O que estaria por detrás daquela fanfarronice ?
Talvez a certeza de uma dúvida qualquer, que não conseguia perceber ?
Instigavam tantas vezes para que respondesse ao chamado, querendo saber da minha vida sexual, quantas vezes transava por noite e com quem.
Confesso que a princípio ficava embaraçado, mas pensei para comigo, se não for eu, sou engolido por estes tubarões, que andam sempre á espreita de uma boa ocasião para se evidenciarem.
Quando perguntavam qualquer coisa a respeito, depois de evidenciarem toda a sua potência, comecei a responder que não tinha nada para contar, porque não era mentiroso.
Caia todo o mundo na risada, e mudávamos de assunto.
O capitão, muito embora temente a Deus, temia muito mais pela sua vida, sentia-se impotente para acabar com aquela festa, não fosse o inimigo atacar enquanto os soldados se divertiam nas carnes negras de uma prostituta.
Mas não, nesse dia não havia guerra, não sei se a dita salvadora das almas aflitas já tinha tudo combinado, o que é fato é que naqueles dias reinava a paz na terra.
O capitão mandava então um homem da sua confiança colocar ordem na fila, para que não houvesse confusão, não fosse algum espertinho querer passar á frente, o que era certo e sabido que dava pancadaria.
Nessa altura, dei por mim a pensar, quanto diferente seria dos demais, que só servia mesmo para curar as doenças venéreas, que aqueles bravos, apesar de lhes ser distribuído a camisinha não queriam nem saber de as colocar.
O quanto éramos diferentes ?
Foi através desses e outros acontecimentos, que me dei conta que algo deveria existir na interioridade de cada um de nós, que nos fazia ser diferentes. Eles, transbordando de alegria, porque finalmente podiam possuir uma mulher, eu de plantão para lhes curar as maleitas, do mesmo modo sentia-me feliz, mas não tão alegre.
O bichinho da psicanálise começou aos poucos a tomar conta de mim.
Como resultado daquele mar de leite derramado, proveniente de uns e outros, filhos de outra gente e de muita gente, sobrava sempre algum vírus maligno para dependurar o animal.
De nada valia os aborrecer com minhas palavras julgadoras, porque chateados estavam eles por ver o seu menino de estimação todo derreado, vergado ao peso de uma doença qualquer.
Vai de penicilina na bunda e muita higiene, para que pudesse estar melhorzinho para a próxima batalha.
Nos dias seguintes era a maior galhofa, até parece que já não tinha a menor importância levar um tiro e morrer, tal era a risada e a disposição daquela gente, que baixava a guarda, em que o medo parecia ter sido superado por aquela picadinha de inseto.
Contavam para os companheiros as vezes que tinham retornado á fila, porque insaciáveis
e poderosos, não deviam negar mais uma virada, talvez por medo que os outros o considerassem frouxo, ou apenas glutões, que nunca parece haver comida suficiente que lhes encha a barriga.
Outros, Judeus certamente, combinavam, que enquanto um se estivesse a servir, o outro tentava roubar as galinhas e os porquinhos, que ela sempre levava atrás de si, não sei se para vender, se para matar e comer.
Nessa altura acabava a festa, ela levantava-se furiosa por ouvir o grunhir dos porquitos e o cacarejar das galinhas aflitas, e instalava-se a maior confusão, dado que aqueles que esperavam na fila, ficavam com as cuecas na mão, sem poder aliviar-se, se revoltavam contra tamanha ofensa, que ainda por cima tinham que ouvir o capitão, a quem ela se ia queixar.
O capitão que tinha que colocar ordem na capoeira, sentia-se impotente, desatava aos berros, ficava nervoso, tentava proibir a dita senhora de vir no próximo mês, e tudo ficava como antes, e as cenas voltavam a repetir-se.
Ela vinha ao cheiro do patacäo, assim nós chamávamos aos guinéus, que não valia coisa alguma para nós, mas que para ela talvez fosse importante.
Os soldados que recebiam o salário e não tinham onde o gastar, porque apesar da nossa insistência os nativos recusavam-se a vender fosse o que fosse, só lhes servia mesmo para tirar a barriga da miséria, e sentir alguns momentos de volúpia e êxtase.
Lembrei-me na altura dos meus amigos que deixei em Portugal, que apesar de não estarem num cenário de guerra, a comer e a beber do bom e do melhor, que o pior para eles, seria o melhor para nós, apresentavam mais ou menos o mesmo tipo de conversas.
Eles, os fanfarrões de plantão, que mais pareciam economistas de oficio, que somavam as que não davam, aquelas que supostamente tinham dado, para que o resultado final fosse de molde a causar a admiração geral.
Nunca entendi muito bem, porque o diziam numa roda de amigos, todos homens, decerto não seria para conquistar nenhum de nós, cuja finalidade seria o levar ao sacrifício.
Não haverá aqui um pouco do pensamento homossexual ? Pensava eu.
Ou seria para nos afastar das mulheres, que por se considerarem mais poderosos e aptos, julgando também que os considerávamos, tivessem o caminho livre para aproximar-se delas ?
O que estaria por detrás daquela fanfarronice ?
Talvez a certeza de uma dúvida qualquer, que não conseguia perceber ?
Instigavam tantas vezes para que respondesse ao chamado, querendo saber da minha vida sexual, quantas vezes transava por noite e com quem.
Confesso que a princípio ficava embaraçado, mas pensei para comigo, se não for eu, sou engolido por estes tubarões, que andam sempre á espreita de uma boa ocasião para se evidenciarem.
Quando perguntavam qualquer coisa a respeito, depois de evidenciarem toda a sua potência, comecei a responder que não tinha nada para contar, porque não era mentiroso.
Caia todo o mundo na risada, e mudávamos de assunto.
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Testemunhos de guerra
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Guerra e sexo
Adäo e Eva nasceram nus, aliás como todos nós. Logo alguém tratou de colocar uma folha de figueira, ou seria uma parra de videira ? Ah ! tanto faz, para que não fossem observados os órgãos genitais, a não ser por eles mesmos.
Nessa época ainda não existia o muro de Berlim a separar os Alemães, mas desde os tempos antigos foi edificado o muro da vergonha, em que os habitantes de um e outro lado só eram chamados de partes. Tal era a vergonha de chamar os bois pelo o nome.
Se por um lado alguém tentou ocultar os órgãos genitais, que ao serem utilizados são aqueles que dão mais prazer ao ser humano, que está para além do céu e da terra, que por isso mesmo é divino, por outro esqueceram que o oculto pode ser entendido como tesouro, motivo de cobica, que em fases de carência pode servir de moeda de troca.
Talvez a origem da profissão mais antiga do mundo, a prostituição, tenha sua origem nesse tesouro proibido e oculto, que alguns pagam para ver e tocar.
Meu pai contava, que era abordado por mulheres espanholas na fronteira, que não hesitavam em oferecer o corpo por um pedaço de pão para matar a fome aos filhos e a si mesmas, aquando da guerra civil de Espanha.
Minha máe tinha o cuidado de preparar uma bolsa com pedaços de pão de trigo e de milho, para meu pai levar de viagem para dar aquelas mulheres famintas, não de guerra, mas do pão nosso de cada dia.
Como os homens e suas atitudes não vivem isolados, não devem ser observados através de uma perspectiva única, porque ao tapar uma coisa, destapam outra, porque o lençol é curto.
O que era natural deixou de ser, a partir do momento que se tornou coisa oculta.
Faz-me lembrar os babacas, eu incluído, quando em Setembro de 1972, desceram do boeing da forca aérea no aeroporto de Bissau ( Guiné), e lhes foi dado a observar as mulheres negras de tanga com os seios bem salientes, e por sinal alguns deles bem formosos, dando a sensação de termos descido ao paraíso, quando afinal nos tinham empurrado para uma guerra.
As vergonhas de Portugal, não eram as mesmas da colónia Africana.
África seria o paraíso que se tornou no inferno, mas não por causa do sexo e dos corpos desnudados, mas devido ás violações de que aquele povo foi vítima, por parte daqueles que evocavam a moral, para praticar seus crimes.
Se aquilo que diziam ser Portugal, com tanta publicidade na rádio e TV, que ao som do tambor, uma voz se ouvia em uníssono com outras – Angola é nossa- , não era semelhante, não só no aspecto cultural, que deve ser respeitado, mas sobretudo nos valores humanos. Que poderia entender de tudo isso ?
As mulheres de Portugal, que pouco antes dos anos 60, usavam saia até aos pés, blusa de manga comprida, e lenço na cabeça, usando de preferência cor preta, como se a vida fosse um eterno velório, nada tinham de comum com a mulher Africana.
Perante tal cenário, não podia deixar de admitir que se tratava de outra gente, de outro país, que não Portugal, que não era nada nosso, que alguém nos fez crer que nos pertencia.
Mostrar o tornozelo em Portugal, nessa época era condenável, e o estar a falar com um homem, ou ter um sorriso mais aberto era sinal de leviandade, em perfeito contraste com aquele outro Portugal, que mesmo ali ao lado, em África, nos mostrava como tudo era diferente.
Algumas coisas eram semelhantes, como a polícia política, que infiltrada na intimidade das nossas gentes, de cá e de lá, por não gostar do corte de cabelo, porque tinha de ser curto e bem aparado, era sinal de rebeldia para com um Estado míope e careca.
Passados uns meses de estadia em terras de África, tudo nos parecia natural e normal, e só éramos despertados por algum seio, que se impunha aos demais pela sua beleza, o que convenhamos é absolutamente natural que se observe os diferentes.
Como pertencia ao servico de saúde do exército Português, virou rotina ver corpos negros nus, e os diferentes vinham de corpos dilacerados pelos estilhacos das granadas.
Como não sou diferente dos demais, dei por mim a pensar, se os homens não teriam inventado a guerra, para não atormentar as pobres coitadas das mulheres com sua tesão desregrada ?
As coisas que um homem pensa ?
Mas o fato, é que quando aquela mulher africana, que de tão gorda, mais parecia um tanque de guerra, subia o rio Geba a bordo da barca da marinha, e se fazia transportar até ao meio do mato, onde a minha companhia estava instalada, rodeada de arame farpado, para saciar aqueles bravos soldados, nesse dia meus amigos, não havia guerra que fizesse colocar aqueles meninos na ordem.
Aquela mulher que estava ali de pernas para o ar o dia todo, fazia mais pela paz, que todos os governos de Estado do mundo.
Apesar da santa aliança da Igreja com o Estado, tinha abundante material anticoncepcional para distribuir aqueles insaciáveis.
Como os tempos mudam meu Deus, mediante as vontades.
Insaciáveis é o termo, porque alguns acabavam de se servirem, e voltavam para o fim da fila, á espera de mais uma vez, que nunca se sabia se era a última.
Mas o que acontece em casa de cada um quando as coisas não rolam ?
Há logo barraco na capoeira.
Parece até, que onde não existe sexo, emerge a guerra.
Aguarde os próximos capítulos de testemunhos de guerra e sexo, de fatos reais vividos pelo o autor em terras de África.
Nessa época ainda não existia o muro de Berlim a separar os Alemães, mas desde os tempos antigos foi edificado o muro da vergonha, em que os habitantes de um e outro lado só eram chamados de partes. Tal era a vergonha de chamar os bois pelo o nome.
Se por um lado alguém tentou ocultar os órgãos genitais, que ao serem utilizados são aqueles que dão mais prazer ao ser humano, que está para além do céu e da terra, que por isso mesmo é divino, por outro esqueceram que o oculto pode ser entendido como tesouro, motivo de cobica, que em fases de carência pode servir de moeda de troca.
Talvez a origem da profissão mais antiga do mundo, a prostituição, tenha sua origem nesse tesouro proibido e oculto, que alguns pagam para ver e tocar.
Meu pai contava, que era abordado por mulheres espanholas na fronteira, que não hesitavam em oferecer o corpo por um pedaço de pão para matar a fome aos filhos e a si mesmas, aquando da guerra civil de Espanha.
Minha máe tinha o cuidado de preparar uma bolsa com pedaços de pão de trigo e de milho, para meu pai levar de viagem para dar aquelas mulheres famintas, não de guerra, mas do pão nosso de cada dia.
Como os homens e suas atitudes não vivem isolados, não devem ser observados através de uma perspectiva única, porque ao tapar uma coisa, destapam outra, porque o lençol é curto.
O que era natural deixou de ser, a partir do momento que se tornou coisa oculta.
Faz-me lembrar os babacas, eu incluído, quando em Setembro de 1972, desceram do boeing da forca aérea no aeroporto de Bissau ( Guiné), e lhes foi dado a observar as mulheres negras de tanga com os seios bem salientes, e por sinal alguns deles bem formosos, dando a sensação de termos descido ao paraíso, quando afinal nos tinham empurrado para uma guerra.
As vergonhas de Portugal, não eram as mesmas da colónia Africana.
África seria o paraíso que se tornou no inferno, mas não por causa do sexo e dos corpos desnudados, mas devido ás violações de que aquele povo foi vítima, por parte daqueles que evocavam a moral, para praticar seus crimes.
Se aquilo que diziam ser Portugal, com tanta publicidade na rádio e TV, que ao som do tambor, uma voz se ouvia em uníssono com outras – Angola é nossa- , não era semelhante, não só no aspecto cultural, que deve ser respeitado, mas sobretudo nos valores humanos. Que poderia entender de tudo isso ?
As mulheres de Portugal, que pouco antes dos anos 60, usavam saia até aos pés, blusa de manga comprida, e lenço na cabeça, usando de preferência cor preta, como se a vida fosse um eterno velório, nada tinham de comum com a mulher Africana.
Perante tal cenário, não podia deixar de admitir que se tratava de outra gente, de outro país, que não Portugal, que não era nada nosso, que alguém nos fez crer que nos pertencia.
Mostrar o tornozelo em Portugal, nessa época era condenável, e o estar a falar com um homem, ou ter um sorriso mais aberto era sinal de leviandade, em perfeito contraste com aquele outro Portugal, que mesmo ali ao lado, em África, nos mostrava como tudo era diferente.
Algumas coisas eram semelhantes, como a polícia política, que infiltrada na intimidade das nossas gentes, de cá e de lá, por não gostar do corte de cabelo, porque tinha de ser curto e bem aparado, era sinal de rebeldia para com um Estado míope e careca.
Passados uns meses de estadia em terras de África, tudo nos parecia natural e normal, e só éramos despertados por algum seio, que se impunha aos demais pela sua beleza, o que convenhamos é absolutamente natural que se observe os diferentes.
Como pertencia ao servico de saúde do exército Português, virou rotina ver corpos negros nus, e os diferentes vinham de corpos dilacerados pelos estilhacos das granadas.
Como não sou diferente dos demais, dei por mim a pensar, se os homens não teriam inventado a guerra, para não atormentar as pobres coitadas das mulheres com sua tesão desregrada ?
As coisas que um homem pensa ?
Mas o fato, é que quando aquela mulher africana, que de tão gorda, mais parecia um tanque de guerra, subia o rio Geba a bordo da barca da marinha, e se fazia transportar até ao meio do mato, onde a minha companhia estava instalada, rodeada de arame farpado, para saciar aqueles bravos soldados, nesse dia meus amigos, não havia guerra que fizesse colocar aqueles meninos na ordem.
Aquela mulher que estava ali de pernas para o ar o dia todo, fazia mais pela paz, que todos os governos de Estado do mundo.
Apesar da santa aliança da Igreja com o Estado, tinha abundante material anticoncepcional para distribuir aqueles insaciáveis.
Como os tempos mudam meu Deus, mediante as vontades.
Insaciáveis é o termo, porque alguns acabavam de se servirem, e voltavam para o fim da fila, á espera de mais uma vez, que nunca se sabia se era a última.
Mas o que acontece em casa de cada um quando as coisas não rolam ?
Há logo barraco na capoeira.
Parece até, que onde não existe sexo, emerge a guerra.
Aguarde os próximos capítulos de testemunhos de guerra e sexo, de fatos reais vividos pelo o autor em terras de África.
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