sábado, 3 de setembro de 2011
Os marcianos da psicanálise
Desde há algum tempo assisto à invasão de marcianos no espaço psicanalítico, que trazem de Marte a teoria do condicionamento, que contraria a essência da teoria Freudiana.
Porque desejam vestir a pele do cordeiro só a eles diz respeito.
Por mim, não estou disposto a vestir a pele do lobo, por isso, evito a confrontação, sem, no entanto, deixar de ser firme quanto às minhas idéias.
Afirmam alguns, que a escola do futuro será a mistura de todas as disciplinas, como se não fosse possível distinguir o trigo do joio, colocando tudo no mesmo saco, seguindo o exemplo da globalização, que tende a acabar com a individualidade, cuja finalidade será eleger um projeto comum.
Continuamos, de forma inconsciente, a defender a uniformidade, excluindo a diversidade, as diferenças, para que tudo possa ter um corpo comum, em que retornamos ao tempo das cruzadas, da inquisição e da ditadura, embora numa versão ¨ light ¨, que alguns dizem ser democracia.
Falemos claro, quem deseja estar no mundo da psicanálise deve abandonar o mundo do condicionamento animal, dado, que de acordo com as leis da física um corpo não pode ocupar dois espaços ao mesmo tempo.
Falar em psicanálise, ou em nome dela, e ter uma atitude proibitiva perante a realidade exterior, tentando vergar a vontade dos outros á sua vontade, afirmando o que deve ser, tentando eliminar o que todos enxergam, só pode ser levado ao campo da neurose obsessiva compulsiva, com uma componente narcisista exacerbada.
Se assim entendermos as coisas, já não é apenas a sociedade que está doente, mas também alguns profissionais da área, que se deixaram invadir pelo distúrbio psíquico da era pós modernidade.
Claro, que a psicanálise vai resistir a essa invasão, porque não está localizada num espaço determinado, percebendo-se como um radical livre, que se associa a um corpo compatível, seguindo seu próprio caminho indiferente aos desmandos psicológicos de uma sociedade em decadência.
E por ser livre, alguns a pretendem aprisionar.
Em termos de relações humanas continuamos posicionados na idade da pedra.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário