Se existe a probabilidade de encontrar no além
alguma explicação do que está a acontecer aqui e agora, como resultante de um
passado imediato, ou mais ou menos longínquo, além não será muito diferente.
Ao existirem algumas diferenças elas tendem a
refletir-se nos fenómenos.
Se existe a probabilidade de encontrar no além
alguma figura viva, ser animado, então o universo será feito de matéria, o que
contraria os mais recentes estudos da Física Quântica, que diz ser o universo
uma enorme sopa energética.
Mas a questão não é bem essa, dado que aquilo
que designamos por matéria, é a resultante de uma complexidade energética, será
possível encontrar outros corpos idênticos numa outra galáxia, desde que as
condições o permitam.
Se assim é, ou se assim pode ser, as
diferentes dimensões cósmicas, tem sua função própria, tal como se fossem os
diversos órgãos que constituem um corpo.
O que é invisível parece tornar-se visível
através de uma densidade atómica, que podemos traduzir por associação de uma
quantidade determinada de átomos, que constituem um tecido celular.
Serão as diferentes densidades, o que
designamos por outra dimensão ?
Apontamos agora para uma diversidade
universal, de pequenos universos, que constituem o que designamos por universo.
Quanto mais dispersa for essa rede, menos
visível será para o ser humano esse tecido celular, como se abrisse buracos
entre as células, que uma vez o ser humano aí posicionado apresenta uma visão
limitada de seu espaço, campo de atividade.
Nos dá a sensação, que estamos num lugar,
dentro de uma bolsa, considerada uma outra dimensão, que é diferente do além,
quando no fundo será apenas parte do todo.
A dissociação garante ao ser humano a
visibilidade uniforme, porque circunscrita a uma parte de um todo.
A associação permite incorporar algo que é
diverso, que apresenta a particularidade de destruir a sensação de completude,
do finito, da uniformidade.
Quem se dá por satisfeito quebrou o elo de
compromisso com a diversidade, que está além, que impede o ser humano de
incorporar e associar outros elementos aos já existentes numa cadeia ideativa.
Podemos perceber nisso o princípio de
satisfação.
Mas a pergunta que é sugerida é a seguinte :
- Como tal princípio de satisfação é, ou pode
ser sustentado, alimentado, para que não perca tais características, e entre
numa condição de instabilidade, insatisfação ?
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