Retalhos de uma vida - Livro do autor do blog

http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7 Definir um livro pela resenha é um fato que só é possível quando o livro realmente apresenta um conteúdo impar, instigante, sensível, inteligente, técnico e ao mesmo tempo de fácil entendimento....e Retalhos de uma vida, sem sombra de dúvidas é um livro assim. Parabens, o livro está sendo um sucesso. Ricardo Ribeiro - psicanalista

domingo, 31 de julho de 2011

A ética na formação infantil


Conhecem aquele ditado popular – Faz o que eu digo, mas não faças o que eu faço ?Este provérbio popular pode servir para gente adulta, mas não para crianças de tenra idade, dado que elas, no seu desenvolvimento tendem a imitar os pais, como o aprendizado para suas futuras atitudes.

Muito embora existam casos de crianças que não fazem o que observam aos pais, no geral não é isso que se passa.

Assim, a questão será mais fácil de entender, dado que ela está sujeita á formação dos pais, e ás suas atitudes, tantas vezes destemperadas, e repressivas, exigindo um padrão ético recorrendo à agressão física e verbal, o que é contra os princípios éticos, obtendo normalmente resultados contrários.

Desse modo, como nenhum de nós pode conceber, o que de antemão se encontra concebido, nos é vedado o acesso a coisa diferente, em que, no caso da criança, não existe escolha, porque ignorante e frágil.
Não existem conceitos éticos, mas apenas princípios, que podem ou não serem éticos, a que falta definir, o que cada um possa entender por atitude ética.
A ética, por isso, é uma atitude, que não uma idéia, que na prática se traduz através do respeito e consideração que os outros nos devem merecer, em que o fazer ético, dispensa as palavras, e o questionamento acerca do que pode ser considerado ético, sendo uma prática, que não uma teoria.
O princípio teórico está definido à priori, o respeito e consideração pelo o outro, que advém de um desejo, não de ser ético, mas de uma relação, que se pretende tranquila e harmoniosa, em que os conflitos são meros obstáculos de percurso, que na paz devem ser ultrapassados.
Não é por acaso, que ao observar a lei, ela pauta suas normas por um fazer ético, em que o não ético é punido.
Serão estas normas, uma vez experimentadas por quem possui a responsabilidade de formar seus rebentos, que pode levar a criança a um fazer ético, e, por conseguinte, a uma identidade ética.
Desejar que o ser humano quando adulto tenha uma postura ética, quando não lhe foi passado o testemunho desses princípios, através de uma prática ética, é desejar aquilo que não é possível.
Se acreditamos na transmissão de conhecimentos de pais para filhos, não pode ser levada a responsabilidade à sociedade, como algo que possa distorcer o que se encontra torto à nascença, ou, se o quisermos, torcer o que julgamos estar direito.
O fato é que estamos inseridos numa sociedade, que basta olhar quem nos comanda para perceber um não fazer ético, que, curiosamente é exigida ao Zé pagante, mas que eles próprios não observam, em que a lei é vesga, só tem um olho.
Assim sendo, nunca foi tão necessário cada um tomar conta de si, conhecer-se a si mesmo, em que a questão da autonomia, não se restringe meramente a ser adulto, trabalhador, possuir bens materiais, mas passa sobretudo por um poder de adaptação á sua própria realidade, em que a atitude ética passa em primeiro lugar em não desejar o que parece impossível, ou não está ao alcance do indivíduo.
Quando isso não acontece, o desejo de possuir a qualquer custo, provoca por norma uma atitude não ética.
Quando o ser humano está possuído por uma ordem mental obsessiva, em que o dinheiro parece ser a sua salvação, de todo é capaz para o conseguir, em que a palavra ética pode ecoar pelos corredores da justiça, mas que na realidade não consegue impor-se na prática.
 
 



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