Perante a observação de um sintoma de frieza, ou indiferença, nos vemos incapazes de definir sua origem, dado contrariar o descrito por neurocientistas, (António Damásio) que nos fazem saber que só existe vida psíquica a partir de um certo quantum de energia. Devo acrescentar que as leis da física e química que se faz sentir num corpo, até ao momento, não conduzem a conclusões diferentes. Se a neurociência nos faz saber, que tais pessoas não possuem registros emocionais em determinadas áreas do cérebro, ou apenas possuem registros mínimos, em relação a outras pessoas consideradas normais, devemos levar em conta que se trata de um processo secundário, que devido à sua complexidade relacional inicial alterou profundamente o primário.
Ou talvez, e isso merece um estudo aprofundado, foi criado pelo próprio corpo um mecanização resultante de uma relação inicial, que pode coexistir em paralelo com todas as outras tendências.
Não consigo observar em bebés uma frieza à partida, todos eles respondem aos estímulos de proteção e cuidado, pelo que devemos excluir a hipótese genética, dado que ela não se revela nessa altura, mas sim muito mais tarde.
Quando catalogamos, classificamos a esquizofrenia, ou a psicopatia, por exemplo, como doenças derivadas da genética, impõe à partida o finito do estudo e investigação, o que nos leva, quer queiramos ou não, a uma repressão mental de todos aqueles que duvidam dessa hipótese.