sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Em busca de uma verdade inexistente
Como duvidando de tudo, o homem não possa duvidar de seu próprio pensamento.
Isso será no mínimo incompreensível. (Puro pensamento de Descartes )
Voltamos ao eterno problema:
- A busca de uma verdade absoluta.
Os empiristas respondem, que em face das experiências vividas captadas pelos sentidos, as devemos interpretar pela razão.
Mas aqui coloca-se um outro problema:
- Pelos vistos não existe apenas uma razão, mas sim uma multiplicidade.
- Na relação entre corpos também parece existir uma razão.
Neste último caso somos de novo levados de volta aos sentidos.
Um dado novo surge, a crença, que possibilita acreditar em processos, ou idéias, em que outros homens não acreditam, o que nos posiciona na subjetividade, como não aceitação de um valor absoluto.
Se o homem é capaz de conhecer o mundo, muito embora só em parte, é muita presunção o desejo de o controlar, o que seria dominar as forças da natureza, tornando-se ele próprio Deus.
È por aqui, que a filosofia dos tempos modernos tende a enxergar o homem, as coisas, o mundo e o divino, substituindo o objeto Deus pelo objeto Homem, conferindo-lhe poderes que ele de fato não possui.
Nietzsche, na sequência de seu texto ¨Sobre a verdade e mentira em um sentido extra moral ¨, teceu duros golpes ao conhecimento, ao intelecto e à verdade, cujo eterno retorno nos conduz aos instintos.
Neste vai vem têm-se entretido a filosofia, sem que algo de palpável, de absoluto, possa ser extraído, pelo que devemos perceber no diverso, na complexidade e na subjetividade o entrelaço de tudo isso, e a resultante como indicador das possíveis variáveis, bem auxiliada pela frase – Nada será para sempre
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segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Moral e relações objetais
Tudo aponta que a moral provenha de uma relação entre semelhantes, estabelecendo desse modo determinada ordem de conduta, em que as designações mal ou bem não têm lugar, dado que o comportamento deriva dessas relações como consequência.
Por outras palavras, um ser humano não inserido em determinada comunidade, grupo, ou sociedade pode achar certo ou errado os valores morais, costumes estabelecidos, mas os deverá respeitar, dado não lhes pertencer.
A imposição de valores morais a uma outra comunidade, grupo, ou sociedade, queiramos ou não, falta ao respeito e consideração por outras culturas, desejando com sua postura uma uniformização de princípios e conceitos, que obviamente não serão admitidos.
Com a globalização, ou seja, com o acesso à diversidade cultural provocada pela evolução tecnológica, em vez do ser humano estudar e investigar as diferenças, tentando compreender porque são assim, que não de outra forma qualquer, opta de maneira grosseira e repressiva pela condenação desses valores, e imposição de seus próprios valores.
A tentativa de conversão conduz o ser humano à confrontação, à guerra e destruição de formas culturais milenares, em que tenta-se discutir o bem e o mal, como se fossemos dono da verdade, em que a resultante será o apego a essas formas culturais de forma exagerada, por entenderem tratar-se de um roubo.
Não estamos a falar de valores materiais, mas de uma perda de identidade provocada por imposição, que o ser humano tenta negar, ganhando resistência e ódio contra o invasor.
A moral, os costumes estão enraizados no inconsciente, pelo que, qualquer afronta a esses valores estabelecidos, apresenta uma resposta instintiva, animal, porque toca razões emocionais, de sobrevivência de sua própria cultura e identidade.
David Hume, refere que a moral está ligada à paixão e não à razão.
O filósofo defende que a experiência (empírica) promove o entendimento humano, o que nos leva de volta a uma cultura construída através das relações objetais primevas, que naturalmente pode evoluir, mas que não se afasta muito do vivenciado em sua comunidade, grupo, ou sociedade.
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sábado, 22 de setembro de 2012
Imperfeitos
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domingo, 16 de setembro de 2012
Seminário - O pulsar da psicanálise na contemporaneidade
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