segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Felicidade
Felicidade
• O que ela não é.
Até hoje ninguém deu resposta definitiva do que é a felicidade, ou possa ser, talvez, porque seja um estado transitório entre a alegria e a tristeza, a satisfação e insatisfação, a dor e o sofrimento.
Portanto, felicidade não é um estado absoluto de alegria e satisfação, dado que de vez em quando é contrariado por estados de tristeza, de dor e sofrimento.
Assim, devemos considerar que a felicidade depende muito mais da existência de conflitos emocionais, do que da procura em qualquer lugar, aliás, inexistente, dado resultar de um rácio entre satisfação e insatisfação.
Desse modo, a felicidade eterna não pode existir, e quem a promete, mesmo que seja uma questão de fé, não passa de uma possibilidade por cumprir, uma ilusão.
Trabalhamos sob a influência de uma ilusão de felicidade, que conseguimos por momentos, mas não a tempo inteiro, para apaziguar nossas angústias e tristezas, que não se encontrando neste lugar encontra-se no além.
Se ela não existe, pelo menos não é visível, há que procurá-la, dizem alguns.
O problema é que quanto mais a procuramos mais ela nos parece fugir, dado que existe uma teoria para a prática do bem estar que o ser humano não quer, ou não sabe enxergar, porque isso exigiria dele uma transformação real.
Não a procurar parece ser a primeira condição, não para a encontrar, mas para refletir, como, e o que fazer, para que possa ser possível retornar a um estado de felicidade então perdido, que impõe a tristeza, a dor e o sofrimento.
Se a procuramos é porque se transformou em desejo, devido a um outro desejo que não deseja sentir a tristeza e insatisfação, o que nos leva a estudar com maior cuidado os princípios básicos da psicanálise Freudiana, no que é referido ao princípio do prazer.
Felicidade, por isso, não é sentimento a que tenhamos acesso de forma direta, que só se revela por intermédio de outras realizações, como sejam, as relações entre seres humanos, que devem ter em conta o respeito e consideração entre os semelhantes, sejam eles quais forem.
Assim, a felicidade depende em primeiro lugar da forma como o ser humano se relaciona com o outro, e o mundo à sua volta, que tem seu aprendizado na formação infantil.
Freud – A realização de um desejo infantil é o único capaz de proporcionar a felicidade.
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