terça-feira, 24 de julho de 2012
Auto erotismo
Sentir no corpo uma sensação de satisfação e prazer através das mucosas e zonas erógenas, em psicanálise é considerado auto erotismo.
Significa, que tal denominação não considera o objeto exterior, mas apenas, e tão só, o ato de satisfação e o prazer daí decorrente sentido no corpo.
Estamos perante o campo da biologia, em que o fisiológico desempenha o papel de receptor de sentidos, que se restringe à matéria, a qual possui uma organização própria, e não carece de uma forma pensada, ou do pensamento.
Se assim o entendermos, trata-se de uma forma rudimentar, primária, de todo e qualquer ser vivo, que não será perdida durante a sua própria existência.
Posteriormente, damos conta de uma associação psíquica, que estabelece a ponte entre a satisfação sentida e o objeto exterior responsável por esse sentido, que no caso do bebê, será o seio, percebido por ele mais á frente, como pertença de um corpo facilitador, a mãe.
Será no campo das experiências repetidas, que parece surgir as sucessivas associações psíquicas, que permite aos poucos associar fatos posteriores a outros anteriores, como se a princípio existisse uma imagem incompleta, que aos poucos tende à completude, em que o conhecimento do meio envolvente tende a evoluir derivado de uma associação.
A fronteira que separa o biológico e o psíquico, será a mesma que separa o auto erotismo e o narcisismo, cujo foco principal será o objeto exterior. Porém, enquanto não existir o reconhecimento do objeto exterior facilitador por parte do indivíduo receptor, ele não será identificado como tal, o que significa, que deve existir um outro sentido adquirido para além da própria satisfação e prazer, que provoca a associação da energia da libido ao objeto exterior. Uma vez constituída essa base psicológica, ou seja, o reconhecimento do objeto exterior facilitador, será estabelecido um sentido de posse no indivíduo, que não tem sua origem no biológico, mas sim no psíquico, determinando um grau de valorização para si mesmo, como forma de preservação de sua vida.
O horror ás perdas virá dessa constituição primária do psiquismo, tentando resistir a elas como forma de preservação de sua própria vida, cujo grau de valorização lhe é garantido pelo sustento e proteção, que será tanto maior, quanto maior for a proteção dada ao indivíduo, em que as frustrações são sentidas como sentido de morte.
Como podemos perceber o sentido de morte deriva de um certo sentido de vida, que é proporcionado ao indivíduo por seus formadores, cujas medidas de proteção excessivas não consegue uma relação com as sucessivas perdas no decorrer da vida, que já não podemos considerar de preservação e conservação de sua própria vida, dado que na maioria das vezes tal não acontece.
O sistema psíquico parece ser burro, quando perante o abandono de um amor o indivíduo é levado à maior tristeza e angústia, como causa de uma depressão, que em certos casos pode desembocar em melancolia o levando à morte física. Porém, será bom, que se diga, que a conexão que o sistema psíquico estabelece não será propriamente com o objeto exterior, mas com um sentido de posse relativamente a ele, que estabelece as condições da relação com ele.
O sentimento de posse deriva de uma intimidade corporal, da forma como é fornecido o sustento, e a proteção dada à criança, que sendo excessiva, tende a excluir todos os outros objetos exteriores, por não garantirem o mesmo grau de satisfação e prazer.
E como na vida real, por norma, nenhum outro objeto exterior consegue ser tão zeloso e próximo quanto a mãe, os excessos estabelecem na criança o modelo a procurar fora de portas, o que será difícil de acontecer.
Marcadores:
auto erotismo,
formação,
Psicanálise,
sentidos
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Psicoanalizare: Conversão e sistema nervoso
Psicoanalizare: Conversão e sistema nervoso: Perante uma excitação provocada pela relação do sujeito e os objetos exteriores, o sistema nervoso recebe estímulos carecendo posteriormente...
sábado, 14 de julho de 2012
Fantasia e lógica
Marcadores:
fantasia,
Filosofia Psicanalítica da mente,
imaginário,
Psicanálise
Assinar:
Postagens (Atom)